terça-feira, 15 de março de 2011

235 - Um barco = 200 caminhões

Milhares de containers saem diariamente do Vale do Caí para Rio Grande, congestionando a BR-116 e a ponte do Guaíba
Quem passa junto à fábrica Oderich, no Cai, fica impressionado com a quantidade de caminhões que estão estacionados em torno dela. São dezenas de grandes caminhões, cada um levando um grande e pesado container.
E não é só na Oderich que isso acontece. O mesmo se observa na Doux, na Kappesberg e em tantas outras indústrias do Vale do Caí e região serrana (Caxias, Farroupilha, Garibaldi, Bento Gonçalves ...). Não seria exagero imaginar que mil containers (ou mais) partam diariamente das fábricas da região. Grande parte deles para o porto de Rio Grande. 
Imagine só o enorme desperdício que isso representa.
Com o retorno da navegação ao rio Caí, barcos com capacidade para transportar 200 containers farão o transporte dessas cargas.  Como os barcos não pagam pedágio, só aí há uma economia de R$ 400,00 por container. O custo do seguro cairá drasticamente, pois quase não existe acidente ou roubo de navios. A mão de obra necessária, insumo que se torna cada vez mais raro e caro, diminuirá tremendamente, pois um barco precisa de muito menos tripulantes do que 200 caminhões precisam de motoristas e ajudantes. O consumo de combustível também diminui muito, assim como os danos ao meio-ambiente e o desgaste dos veiculos e o das estradas. São tantas as vantagens que a não implantação da navegação no rio Caí não é nada mais nada menos que um completo absurdo.
Com menos caminhões, o trânsito na BR-116 (de São Leopoldo a Porto Alegre) vai ser muito aliviado, protelando a necessidade de mais obras nessa rodovia. E só essa economia já cobrirá os custos que o governo terá para remover o entrave que ele mesmo criou para a navegação no rio Caí cem anos atrás: a ponte da estrada de ferro sobre o rio Caí, perto da cidade de Canoas.

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