domingo, 31 de janeiro de 2010

133 - Geração de energia

Com barragens e biodigestores, o Vale do Caí poderá se tornar fornecedor de energia para o estado

É apenas uma idéia inicial, que precisa ser submetida a quem realmente entende do assunto.
Se forem consturídas uma ou mais barragens no rio Caí, possibilitando a geração de energia, e se além disto forem implantados vários grandes biodigestores (que também irão gerar energia), não seria possível implantar um sistema próprio de geração e fornecimento de energia elétrica do Vale do Caí?
Atualmente três empresas distribuidoras operam no Vale do Caí: a AES Sul, a CEEE e a Certel (esta última sediada em Teutônia e dirigida por Egon Hoerle, que é natural da localidade de Matiel (município de Pareci Novo). Egon talvez tenha uma atenção especial para o projeto de implantar uma hidroelétrica na sua terra natal, no rio em que ele tomou banho quando menino.

132 - Hidroelétrica


O rio Caí já conta com uma grande barragem, no município de São Francisco de Paula

O rio Caí nasce no município de São Francisco de Paula. Lá ele tem o nome de rio Santa Cruz.
E, embora o volume de água do rio seja muito menor ele serve para movimentar uma usina hidroelétrica. Embora que a usina não esteja localizada na barragem.
A usina, chamada de Toca, está loclizada no rio Paranhana e conta também com águas do rio Santa Cruz, desviado por um túnel de 2.080 metros de comprimento e 2,2 metros dediâmetro desde a Barragem do Salto, em São Francisco de Paula.
A barragem construída no Rio Santa Cruz (Caí) é conhecida como Barragem do Salto. Sobre ela vale a pena conhecer material contido no excelente site www.popa.com.br.
Na altura de São Sebastião do Caí e Montenegro, o rio Caí não corre tão rapidamente, pois o terreno é mais plano. Mas, mesmo assim, caso seja feita uma barragem com a finalidade de melhorar as condições de navegabilidade do rio, será viável a implantação de uma usina hidroelétrica nesta baragem. A geração de energia elétrica, mesmo não sendo tão expressiva, ajudará a cobrir os custos da construção desta barragem.

131 - Barragem

A barragem de Barra Bonita, no rio Tietê, além de permitir a navegação, também gera energia

Para que a navegação comercial se torne viável no rio Caí, é necessário, basicamente, que seja resolvido o problema da ponte ferroviária que existe sobre o rio Caí na divisa entre os municípios de Canoas e Triunfo.
Com isto e mais o natural trabalho de dragagem do rio e outras providências simples, será possível a navegação da Lagoa dos Patos (Porto Alegre) até o município de Pareci Novo. Sendo concretizado este objetivo, o desenvolvimento do Vale do Caí ganhará um extraordinário impulso e a própria navegação fluvial do Rio Grande do Sul será muito favorecida. Os municípios de Montenegro, Capela de Santana e Pareci Novo poderão contar com terminais hidrorodoviários e isto contribuirá muitíssimo para o crescimento das atividades industriais, agropecuárias e de serviços nestes municípios.
Mesmo municípios como Caí, Harmonia, Bom Princípio, Tupandi, Feliz, Hortêncio, Salvador e outros, serão beneficiados pela sua proximidade com estes terminais, que diminuirão muito o custo do frete entre as suas empresas e o porto de Rio Grande.
Mas existe também a possibilidade de construção de uma barragem, nas proximidades da cidade de Pareci Novo, que eleve o nível do rio a montante (rio acima), permitindo a navegação até São Sebastião do Caí ou além. Isto já foi feito há cem anos atrás, com a construção da Barragem Rio Branco, apesar das parcas condições técnicas e econômicas da época (ver no blog Histórias do Vale do Caí, usando a ferramenta de busca contida no mesmo). Hoje, certamente, isto poderá ser feito com muito mais facilidade e eficácia.
Além de permitir a franca navegação até São Sebastião do Caí em qualquer época do ano, mesmo nos períodos de estiagem, a barragem poderá trazer uma outra vantagem: a geração de energia.
A barragem mostrada na foto é a de Barra Bonita, no rio Tietê (São Paulo). Ela serve para permitir a navegação de barcos maiores no trecho do rio que fica a montante (rio a cima) e ainda gera energia elétrica. A eclusa (à direita, na foto) permite que os barcos passem do nível mais baixo (a jusante da barrragem) para o mais alto (a montante).
Existem no Brasil inúmeras usinas hidroelétricas instaladas em barragens não muito altas. Um exemplo disto ocorre no próprio rio Caí. No município de São Francisco de Paula, onde o Caí tem suas nascentes e é conhecido como rio Santa Cruz, existe a barragem da Toca, em plena atividade.


130 - O gargalo


Ponte ferroviária sobre o rio Caí precisa ser reformada, para permitir a passagem de grandes barcos cargueiros

Os principais dirigentes da navegação fluvial no Rio Grande do Sul consideram que a navegação fluvial no rio Caí é altamente viável. Mais do que isto. Tanto Ático Scherer, da Navegação Aliança, como João Difini, da Petrosul, dizem que o Caí é o rio gaúcho com melhores condições para ser utilizado como hidrovia. Isto devido à grande disponibilidade de cargas apropriadas para o transporte naval. Começando por empresas tradicionais como a Doux, Oderich e Tanac.
Segundo eles, existe apenas um problema que atualmente impede a navegação comercial no rio Caí: uma ponte ferroviária sobre o rio, situada próxima ao Polo Petroquímico.
A ponte é muito baixa e não permite a passagem de barcos de maior porte, capazes de levar grande volume de carga (a Navegação Aliança, por exemplo, está concluindo a construção de um barco capaz de levar 204 containers). E a navegação comercial só se torna economicamente viável com a utilização de barcos grandes.
A solução do problema está em fazer uma reforma na ponte, tornando-a levadiça (como a ponte rodoviária do Guaíba).
No site Google Earth é possível ver a ponte que atualmente impede a navegação comercial no rio Caí. Basta localizar o Polo Petroquímico e seguir os trilhos da estrada de ferro, que passam logo ao sul do Polo. Logo se chega ao rio Caí e se vê a ponte.
Ainda pelo Google Earth, pode se prosseguir no traçado da mesma ferrovia (que pertence à América Latina Logística) e se verá, adiante, uma segunda ponte. Esta sobre o Rio dos Sinos. Neste caso, existem no Google Earth fotos da ponte, que é praticamente igual à do rio Caí. Naturalmente, nesta ponte também poderia ser muito útil a mesma adaptação para torná-la levadiça.
No Google Earth (ou no site Pontes e Viadutos Ferroviários Brasileiros, facilmente encontrável pelo Google) pode se ver um exemplo de ponte ferroviária levadiça. Ela existe no Canal de São Gonçalo), próxima à cidade de Pelotas, RS.



129 - Vantagens da navegação

O rio Caí, com melhorias, permite a navegação com barcos capazes de transportar mais de 200 containers

A Navegação Aliança, grande empresa de navegação fluvial sediada no vizinho município de Taquari, divulga as vantagens da navegação no seu site na internet, com os seguintes argumentos:
"Economia pela capacidade física das embarcações, muito superiores aos demais modais, e pela agilidade do transporte hidroviário. E segurança porque, além de evitar riscos de roubo de carga ou acidentes, os barcos da Navegação Aliança dispõem de equipamentos de última geração, incluindo navegação por satélite."
O transporte hidroviário exige muito menos mão de obra e combustível. Não desgasta pneus e não paga pedágio. Além disto, é muito mais seguro e, portanto, não dispende com os pesados custos do seguro que é cobrado no caso das cargas rodoviárias. Por aí se tem uma idéia da enorme redução de custos proporcionada pelo transporte naval. Empresas que possam contar com este recurso têm extraordinárias vantagens competitivas.
É muito mais vantajoso, também, para os governos, pois um rio exige menos manutenção e controles do que uma rodovia. Acidentes com navios são muito menos frequentes do que com caminhões e, portanto, precisa menos bombeiros, socorro médico, policiamento.
Diante destes fatos, a não utilização de um rio como o Caí para o transporte de containers e granéis é um verdadeiro absurdo. A navegação no Caí deve ser considerada, portanto, ação prioritárias para empresas e governos.



sábado, 30 de janeiro de 2010

128 - 204 containers numa viagem só

O custo do transporte de containers até o porto de Rio Grande vai diminuir drasticamente com o uso da navegação

A Navegação Aliança Ltda é uma das maiores empresas gaúchas de navegação. Sua sede fica no município de Taquari, vizinho ao Vale do Caí e ela tem estaleiro próprio. Está concluindo agora o barco Germano Becker, que será o maior barco de navegação interior auto-propulsado do Brasil.
No site da empresa, encontramos informações interessantes sobre este barco que poderá ser também utilizado no rio Caí, se este rio receber algum beneficiamento. O maior impecílio para isto é uma ponte ferroviária que, por ser muito baixa, impede a passagem de barcos deste porte. A solução é uma adaptação na ponte, tornando-a levadiça.

O Germano Becker é resultado do investimento de cerca de R$ 15 milhões, dos quais metade financiados pelo BNDES. Classificado pela Bureau Veritas, o navio será equipado com três motores fornecidos pela norte-americana Cummins, de 660 HP cada e servidos por três caixas ZF e por três conjuntos de eixo e hélice fornecidos pela fabricante nacional Navalsul Equipamentos Navais do Sul. Também da Navalsul são o guincho de proa e o cabrestante de popa, além dos três lemes e das três máquinas de lemes.

Construída com características específicas para operação na Lagoa dos Patos e seus afluentes, a embarcação tem condições de operar de Rio Grande até os portos de Estrela e Cachoeira do Sul (RS). Poderá, também, operar no rio Caí, caso sejam removidos alguns gargalos que ainda prejudicam a sua navegabilidade.

Destinado ao transporte de granéis sólidos e contêineres, o Germano Becker foi construído no estaleiro da empresa, na cidade de Taquari (RS). Tem capacidade para 5,4 mil toneladas de granéis e 204 TEUs. As dimensões são de 110 metros de comprimento, 16,2 metros de largura, calado máximo de 4,6 metros e velocidade programada para 11 nós.

Maiores informações e fotos no site http://www.navegacaoalianca.com.br/alianca6.htm

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

127 - Créditos de carbono

O uso de biodigestores contribui para a redução dos níveis de gás carbônico na atmosfera

O programa de créditos de carbono é um mecanismo que permite a empresas (na sua maior parte situadas em países do primeiro mundo), continuar suas atividades emitindo gases poluentes na atmosfera. Elas compensam o mal que estão causando mediante o pagamento de valores proporcionais à poluição que causam. Estes valores são empregados em iniciativas que compensam a poluição causada pela empresa pagadora dos créditos.
Este dinheiro é aplicado, preferencialmente, em países pobres, em programas que causam redução na emissão de gases tóxicos, compensando a poluição ocasionada pela empresa que paga os créditos.
A implantação de biodigestores em regiões produtoras de suínos é uma maravilhosa oportunidade de utilização do sistema de créditos. A suinocultura ocasiona enorme emissão de gases a partir da fermentação dos escrementos dos porcos. Expostas ao tempo, os escermentos passam por um processo de fermentação no qual liberam gases na atmosfera.
No biodigestor este processo ocorre dentro de ambiente fechado. Então os gases podem ser aproveitados para a geração de energia. Com isto, não poluem e até substituem outras formas de geração de eletricidade que são poluidoras, como as proporcionadas pelo uso do carvão ou do petróleo.
O programa de créditos de carbono tem um enorme potencial de aproveitamento no Vale do Caí, onde já existe grande concentração de pocilgas (criatórios de suínos). A oportunidade é maior ainda considerando-se que a Doux, sendo uma empresa francesa, poderia facilitar muito os contatos com a Europa, onde é mais viável fazer a captação dos créditos.

126 - A Sadia dá exemplo

A empresa já utiliza a captação de créditos de carbono para favorecer os produtores integrados

A Sadia está desenvolvendo um programa denominado Suinocultura Sustentável Sadia (3S). O objetivo é incentivar a utilização de biodigestores nas granjas mediante a captação de créditos de carbono. A opção da Sadia é pela implantação de pequenos biodigestores nas propriedades. Diferente do projeto que está sendo proposto pelo Consórcio Intermunicipal do Vale do Rio Caí, que prevê a construção de grandes biodigestores capazes de gerar energia elétrica em grande volume.
A Sadia descreve assim o seu programa.

"Funcionamento do programa 3s

Os suinocultores, ao serem apresentados ao Programa pelos técnicos da SADIA, decidem se participarão voluntariamente. Ao aderir ao Programa, o Suinocultor deve preencher a Folha de Dados (Checklist) e o Contrato de Adesão.

A partir da Folha de Dados é realizado o cálculo das emissões reduzidas com a instalação do biodigestor e obtém-se uma estimativa de quantos Créditos de Carbono o suinocultor poderá receber (Potencial de Redução de Emissões).

O Instituto Sadia de Sustentabilidade irá captar, junto ao mercado, recursos para a instalação dos biodigestores e irá instalá-los nas granjas participantes. O suinocultor operará o biodigestor em regime de comodato e poderá abater o investimento da instalação dos biodigestores através dos Créditos de Carbono.

O Instituto negociará os Créditos de Carbono dos suinocultores no mercado. O montante recebido será distribuído entre os suinocultores (de acordo com o Potencial de Redução de Emissões de cada um), abatido o investimento realizado nos biodigestores e os custos de execução e operação do programa.

O Instituto realizará auditorias periódicas junto aos participantes para assegurar o bom andamento do Programa."

domingo, 10 de janeiro de 2010

125 - Polo logístico

A estrutura de transportes prevista para o cluster vai fortalecer todos os segmentos da economia local

O desenvolvimento do Cluster Agroindustrial de Alimentos não vai incentivar apenas o setor de produtos alimentícios.
O projeto do clutser prevê implantação da navegação no rio Caí diminuindo fretes até o superporto de Rio Grande, asfaltamento das rodovias, implantação de ramal ferroviáro, geração de energia elétrica e gás combustível, cursos técnicos de segundo e terceiro grau voltados para as necessidades do setor produtivo, aeroporto para transporte de cargas, cobertura eficiente de telefonia e internet banda larga de alta capacidade, apoio intenso e eficaz das prefeituras, forte estrutura bancária apoiando desde a produção rural até as indústrias e facilitando as exportações etc.
Todo este suporte vai servir, também, para outros setores produtivos (floricultura, citricultura, indústia moveleira, indústrias do vestuário, metalúrgicas, comércio e serviços, entre outros).
Pela presença, numa mesma região, de aeroporto de cargas, ferrovia, importantes rodovias e navegação fluvial), o Vale do Caí se tornará local ideal para a implantação de um polo logístico, no qual empresas transportadoras poderão instalar suas bases de operação.
As facilidades no setor de logística serão fundamentais para o desenvolvimento das mais diversas atividades industriais, agropetcuárias e comerciais. Inclusive a produção e exportação de flores e peixes frescos e o turismo.

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

124 - Nosso frango atravessa a fronteira do Uruguai

O país vizinho não mais rejeita o frango brasileiro

O Uruguai é um país pequeno, mas inteligente. Já foi, no passado, considerado a Suíça Sul-Americana. Passou, depois, por maus momentos, mas hoje está novamente bem. Recente pesquisa o apontou como país da América Latina com melhor qualidade de vida.
Os uruguaios vivem bem, comem bem e têm boa saúde. Por isto, não importam produtos de má qualidade e que possam oferecer risco a quem os consome. São exigentes.
E eles não aceitavam importar frango brasileiro, por razões de sanidade. Agora, finalmente, esta barreira foi vencida e o produto brasileiro teve a sua venda liberada no pequeno país vizinho.
O mercado uruguaio não é muito grande. Mas a liberação é significativa porque indica a melhoria de qualidade do produto brasileiro e que outros mercados ainda fechados para nós poderão ser abertos.
O Vale do Caí, dentro do projeto Cluster Agroindustrial do Vale do Caí, precisa construir uma imagem própria. Ele deve afirmar-se e ser reconhecido como a região mais desenvolvida do país: um paraíso ecológico, turístico e social. Um lugar bonito, sem favelas, sem violência, com os mais elevados índices de educação e saúde. Vale do Cai deve se tornar uma marca de excelência, assim como já acontece com Gramado e com muitas micro-regiões do exterior (como Paris e a Cotê d'Azur, lembrando dois exemplos franceses).
Ao tornar-se primeiro mundo, o Vale do Caí precisa criar uma identidade própria, diferenciando-se do restante do país e servindo de exemplo a ser seguido por outras regiões. O Cluster Agroindustrial será a fonte de recursos para chegar a este objetivo. E o Cluster terá retorno com isto, na medida em que os produtos do Vale do Caí sejam reconhecidos como sendo originários de uma região excepcional.
Há mais de um século, a Alemanha criou a imagem de que os seus produtos são os de melhor qualidade. O slogan "deutsch ist gut" tornou-se mundialmente famoso. Por isto a Alemanha, apesar do seu pequeno tamanho e população foi, ao longo de muitas décadas, o maior exportador do mundo (até 2008, ela ainda mantinha esta marca), superando países muito maiores e mais populosos, como a China e os Estados Unidos. Em 2009, provavelmente, as exportações chinesas superaram as alemãs. Mas, considerando as exportações per capita, os alemães ainda são, de longe, muito mais exportadores que os chineses.
O Vale do Caí terá de se tornar famoso como um lugar excepcional, onde se vive com qualidade e saúde se produz com qualidade e salubridade.

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

123 - Os russos vão querer nosso frango

Os russos chegaram à conclusão de que o frango brasileiro é mais saudável do que o norte-americano

A Rússia é a maior importador de carnes do mundo. E a maior parte das suas importações vinham sendo feitas dos Estados Unidos. Mas agora esta situação vai mudar, porque os russos decidiram não importar mais aves cujas carcaças tenham passado por higienização com cloro. A Europa já rejeita a carne tratada com cloro há mais de dez anos.
Em países de clima frio, como os Estados Unidos, os produtores são obrigados a usar cloro para evitar doenças como a gripe aviária.
O Brasil, segundo o presidente da Associação Brasileira de Produtores e Exportadores de Frangos, Francisco Turra, tem tudo para ser o substituto dos americanos no fornecimento de carne de frango aos russos. Isto porque somente o Brasil tem capacidade para atender a esta demanda.

122 - Nasce um gigante

A Vompar amplia seus investimentos dentro do segmento de alimentos

O grupo Vonpar, de Caxias do Sul, está desenvolvendo uma nova área de negócios. Sua atividade básica é a produção e distribuição dos produtos Coca-Cola no Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná. Como a competência do grupo tem se mostrado superior a estes limites, e ele não pode atuar com a Coca-Cola em outros estados, a Vonpar tem adquirido novas empresas dentro do ramo de alimentos. Começou com a Mu-Mu, também de Caxias; depois adquiriu a Wallerius, de Arroio do Meio e agora acaba de comprar também a Neugebauer. Estas três unidades, somadas, formam Divisão Alimentos da Vompar, com administração independente da sua Divisão Bebidas.
Está se formando, assim, um novo gigante do setor de alimentos. E ele nasce bem perto do Vale do Caí. Na verdade, em torno dele: Caxias, Porto Alegre, Arroio do Meio.
É muito provável que a Vonpar, cedo ou tarde, se interesse em investir no Vale do Caí. Ainda mais que ela tem interesse na exportação. No Vale do Caí ela poderá desenvolver a produção de leite com alta tecnologia (com apoio das prefeituras para incentivar produtores e os benefícios proporcionados pelas escolas e laboratórios voltados para a produção de alimentos). A navegação fluvial até o superporto de Rio Grande, a disponibilidade de rodovias asfaltadas no interior dos municípios e outras vantagens proporcionadas pelo Cluster Agroindustrial de Alimentos farão do Vale do Caí o local mais apropriado para a Vonpar fazer seus futuros investimentos.