sábado, 17 de novembro de 2012

335 - China abre seu mercado para a carne suína gaúcha

Produtores do Vale do Caí também deverão se beneficiar da abertura do mercado chinês

O jornal Zero Hora, na sua edição de hoje, divulgou notícia importante para a região: a de que, pela primeira vez, um frigorífico gaúcho conseguiu vender seus produtos no mercado chinês. A machete, com subtítulo, foi:
RS começa a vender carne suína à China
País que consome metade da produção mundial autoriza, pela primeira vez, a importação a partir de um frigorífico gaúcho, da Cotrijuí de São Luiz Gonzaga.
O site G1 noticiou o fato da seguinte forma:
"Um frigorífico de São Luiz Gonzaga, na Região das Missões, foi credenciado para exportar carne suína para a China. É o primeiro do Rio Grande do Sul e o quarto abatedouro do país a receber a certificação, conforme a reportagem do RBS Notícias.
O frigorífico, que pertence à empresa Cotrijui, são abatidos por dia mais de 1,7 mil animais. Para receber a certificação, a cooperativa teve que cumprir várias exigências, do campo até a indústria.
“Representa muito não só para o produtor de suíno, mas também para o produtor de soja, de milho. É a transformação desses produtos em carne e a conquista de um mercado novo”, diz o diretor-secretário da empresa, Osmildo Bieleski.
O mês de outubro foi o melhor do ano para exportação da carne suína brasileira. Só neste ano, 4,9 mil toneladas do produto já foram vendidas para outros países.
“Se abrindo novos mercados, vai haver uma demanda maior, e havendo uma demanda maior o preço deve melhorar também. Hoje o preço está bom. Hoje ele bate os custos e ainda sobra alguma coisa”, comemora o produtorSuinocultor em Santa Rosa, Edson Kist conta que, depois de anos difíceis, já percebe a reação dos preços pagos ao produtor nos últimos dois meses."

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

334 - Banda larga é insumo fundamental

A região precisa de ligação rápida com o mundo

A jornalista Carolina Bahia, na sua coluna em Zero Hora, deu uma dica preciosa para os prefeitos gaúchos. Eles precisam se mobilizar para tornar a banda larga acessível a todos.
Já é possível tornar a banda larga acessível a todos. Isso já está acontecendo na região de Passo Fundo. Lá foi feita uma parceria com a empresa Coprel Telecom e Telebras.
Com isso, está sendo oferecido acesso à internet a, no máximo, R$ 35,00 o megabyte. 
Quem está promovendo isso é o Programa Nacional de Banda Larga e, segundo o seu presidente Caio Bonilha, o próximo passo será implantar o mesmo sistema na região metropolitana de Porto Alegre. Montenegro, Capela e Portão, portanto, já poderão entrar nessa.
A banda larga de internet está se tornando um insumo básico para empresas, escolas e qualquer outro tipo de atividade. No futuro, terá mais influência para o desenvolvimento do que o abastecimento de energia elétrica.

terça-feira, 9 de outubro de 2012

333 - Consórcio Sicredi

Implantar aviários pode ser mais fácil com o sistema de consórcio
O Sicredi é uma instituição financeira que tem as suas raízes no Vale do Caí e no meio rural. Recentemente, ele passou a operar planos de consórcio e seria muito natural que oferecesse financiasse, dessa forma, a construção de aviários. O que, no entanto, ainda não está acontecendo.
Mas seria de estudar esta possibilidade, pois a grande dificuldade para os agricultores que desejam ter um aviário, ou pocilga, é o alto investimento inicial para a implantação de uma dessas instalações.
Juntamente com financiamento do Pronaf e com os incentivos oferecidos pelas prefeituras, o consórcio poderiam ajudar a viabilização desse investimento para o produtor rural. Assim, até mesmo um produtor muito modesto poderia ingressar nesse ramo tão lucrativo e que favorece tanto o desenvolvimento econômico no meio rural.
O consórcio não precisaria cobrir o valor total a ser investido.
Podem ocorrer, por exemplo, casos como o de um caminhoneiro que deseje mudar para uma vida mais pacata instalando um aviário na propriedade da família.  Ele poderá vender o caminhão e obter, com isso, uma parte do valor do investimento.
No pequeno município de Tupandi foram implantados mais de 500 aviários e esta é a principal explicação para esse município ter alcançado nível de renda equivalente à dos países do primeiro mundo. Outros municípios da região poderiam, também, contar com centenas de aviários e com situação tão boa quanto a de Tupandi. Para isso é preciso encontrar meios de viabilizar a implantação das instalações. 

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

332 - Empreguismo e falta de plano estratégico caracteriza os municípios com baixo desenvolvimento

O Caí foi o município da região que menos se desenvolveu nos últimos 20 anos
A primeira conclusão que se tira ao estudar o fenômeno ocorrido em Tupandi é a de que o desenvolvimento do município depende, fundamentalmente, da ação governamental. E não se fala aqui de governos nacional ou estadual, mas sim do muncipal. No caso Tupandi percebe-se claramente que a política econômica seguida pelo seu governo foi a verdadeira causa do crescimento fabuloso ali observado. Nos demais municípios que se destacam na tabela (aqueles que seguiram o modelo de Tupandi), o fato de imitar o modelo que deu certo no município vizinho mostrou ser uma excelente estratégia de desenvolvimento. 
Outra lição que se pode tirar do levantamento realizado pelo Fato Novo é de que dá muito certo incentivar fortemente a implantação de aviários e pocilgas. Todos os municípios que fizeram isso se deram bem. Tupandi tem mais de 500 dessas instalações no seu pequeno território e Pareci Novo deve o seu grande desenvolvimento recente ao forte investimento nesse setor. 
Não se pode esquecer a noção mais básica para o desenvolvimento (de uma família, de um país, de uma empresa ou de um município). É necessário poupar e, com o capital acumulado, fazer investimentos produtivos. Toda família, empresa e governo precisa poupar para poder investir. E sem investimento não há crescimento. No caso de governos é preciso ter especial cuidado para evitar gastos com o empreguismo. Esse aspecto fica bem demonstrado na matéria publicada pelo Fato Novo em 26 de setembro de 2012, que pode ser facilmente acessada clicando no google:
quanto as prefeituras gastam fato novo
A forma como a situação de todos os municípios foi exposta, lado a lado numa tabela, contribui muito para que cada município tire suas conclusões e descubra o caminho que deve seguir para gerar progresso e melhorar as condições de vida do povo.
A ciência econômica ajudou a motivar e apoiar o fenômeno ocorrido em Tupandi. O trabalho científico, realizado pelo professor Luis Roque Klering, da PUC, revelou à sociedade o extraordinário caso de desenvolvimento de um município, ocorrido aqui no Vale do Caí. Algo, talvez, sem paralelo na história econômica mundial. 
O Fato Novo desempenhou um papel importante na divulgação do caso Tupandi, ajudando outros prefeitos da região a seguir esse modelo de desenvolvimento (baseado na administração municipal enxuta e concentrada na execução de um projeto de desenvolvimento adequado às características e potencialidades do município). Vários municípios da região adotaram o mesmo modelo, oferecendo fortes incentivos para os produtores rurais que implantam aviários ou pocilgas nas suas propriedades. São esses os municípios que mais cresceram nos últimos 15 anos. E é por isso que o Vale do Caí se destaca, hoje, como a região mais desenvolvida do país. 
Esperamos que, expondo e analizando a realidade regional, possamos continuar contribuindo para o desenvolvimento dos municípios da região.

331 - Prefeituras são fundametais para o desenvolvimento

A prefeitura de Tupandi é um exemplo a ser estudado e seguido

Nos últimos séculos, o que mais contribuiu para o progresso da humanidade foi o conhecimento científico. Um tipo de conhecimento baseado na pesquisa, ou seja, na observação da realidade de forma metódica e cuidadosa.
Uma das formas de conhecimento científico mais importantes é a Ciência Econômica. Ela contribui para o progresso econômico, que é fundamental para o progresso como um todo. A medicina, por exemplo, não se sustenta se não houver um suporte econômico capaz de ampará-la. Assim acontece com o progresso cultural e social. Ele é maior nos países que constroem, antes, uma boa base de progresso econômico.
EXEMPLO A SER SEGUIDO
Por outro lado se observa que o progresso econômico pode ser obtido a nível local ou regional. Um município que adote um plano estratégico de desenvolvimento bem fundamentado conegue progredir muito mais do que municípios vizinhos que não desenvolveram um plano semelhante.
Este foi o caso de Tupandi, que conseguiu um progresso extraordinário nos últimos 15 anos. Conforme matéria já publicada pelo Fato Novo, o valor adicionado do município (equivalente ao PIB) foi multiplicado 25 vezes entre os anos de 1997 e 2011. Desempenho espetacular, considerando-se que no Caí, no mesmo período, o aumento foi de apenas três vezes. Desde que se emancipou (há pouco mais de 20 anos), Tupandi deixou de ser o município mais pobre da região e tornou-se o mais rico.
Em edições recentes, o Fato Novo divulgou matéria que é uma  importante contribuição para a ciência econômica na região. Fez um inédito levantamento do progresso econômico obtido pelos diversos municípios nos anos mais recentes (desde 1997, pois não se dispõe de dados confiáveis para os anos anteriores.
Minucioso, o levantamento mostra o crescimento econômico de todos os municípios ano a ano, permitindo que o caso de cada município seja examinado e se tire conclusões quanto ao que deu certo e ao que não deu resultado nas políticas de desenvolvimento adotadas pelos municipios.
Os dados dessa pesquisa podem ser encontrados no site do Fato Novo, em edições anteriores (a de 7 de agosto de 2012. O nome da matéria é “Saiba como vai a economia no seu município” Pode ser mais fácil a localização usando o google. Digite: 
saiba como vai a economia no seu município Fato Novo
Clique sobre a tabela para ver melhor.

terça-feira, 25 de setembro de 2012

330 - Bons ventos para a navegação

Rios gaúchos poderão imitar o Reno
Com o título "Frete menor, competição maior", a colunista Maria Isabel Hammes, abordou em Zero Hora a questão da retomada da navegação fluvial no estado.
O título não é de compreensão óbvia. O que ela pretendeu dizer é que, melhorando a navegação fluvial no Rio Grande do Sul, o custo dos fretes no estado vão diminuir e a nossa produção se tornará mais competitiva a nível nacional e internacional. O óbvio, finalmente, está sendo reconhecido.
A novidade é que o governo federal está preparando a descentralização da gestão das hidrovias. Ou seja, a administração do setor será feita pelos estados. Uma providência extremamente necessária. Para se ter uma idéia, atualmente, quem administra o porto de Estrela é a Companhia Docas do Maranhão. Pode dar certo uma coisa dessas?
O Rio Grande do Sul tem a mais notável rede de hidrovias naturais no país. São mais de 1.000 quilômetros de águas navegáveis, nos rios Jacuí, Gravataí, Sinos Taquari e Caí, terminando na Lagoa dos Patos e no superporto de Rio Grande. Um tesouro ainda inexplorado.
O rio Caí tem enorme potencial para o transporte rodoviário, pois ele corta a região mais industrializada e mais exportadora do estado. Um terminal situado próximo ao Polo Petroquímico de Triunfo seria extremamente viável e daria significativo impulso às exportações gaúchas devido à diminuição no custo do frete. Ali situado, ele se conectaria com a Ferrovia do Trigo: a fantástica estrada de ferro que já existe e se estende de Passo Fundo até Canoas passando sobre os rios Taquari, Caí e Sinos. Um investimento formidável, feito pelos governos militares, na década de 70, que é muito pouco aproveitado atualmente. Conjuntamente com um terminal ferroviário na sua transposição sobre o rio Caí, seria criada (com baixíssimo custo) um sistema rodo-ferro-hidroviário que alavancaria a economia gaúcha de forma decisiva e impressionante.

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

329 - China abre as portas para carnes brasileiras

Importações chinesas começarão pela carne de suínos

As exportações de carnes brasileiras poderão ter grande impulso, com a liberação do mercado chinês. O tamanho desse mercado (mais de um bilhão de consumidores) torna a notícia extremamente positiva para os produtores brasileiros. Notícia do portal Ig expõe o assunto.
http://tvig.ig.com.br/noticias/economia/dilma+na+china+pais+abre+mercado+da+carne+suina-8a4980262f1d56bf012f46f9a4c60edc.html

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

328 - Um novo milagre no Vale do Caí

Seguindo o modelo de Tupandi, Pareci Novo consegue crescimento econômico record

Quando o atual prefeito de Pareci Novo, Oregino Francisco, assumiu o governo, em janeiro de 1995, tinha um plano estratégico para o desenvolvimento do município. Ele iria incentivar a implantação de aviários e pocilgas, seguindo o modelo vitorioso do município de Tupandi.
No começo não foi fácil. Não havia luz trifásica no interior do município - o que é necessário para o funcionamento de um moderno aviário - e foi primeiro necessário enfrentar essa carência.
O que foi excelente para o município porque, além de possibilitar a implantação dos aviários e pocilgas, também deu condições para a instalação de câmeras frias para guardar frutas cítricas na época de safra e vendê-las na entresafra, com melhor preço.
Depois de suprida a carência de energia, dezenas de aviários foram instalados ainda no seu primeiro mandato. Mas os resultados custaram um pouco mais para chegar. Devido aos altos custos do incentivo aos aviários, sobrava pouco dinheiro para investir em obras e benefícios que agradar à população e, talvez, Oregino nem conseguiria a sua reeleição. Ele só conseguiu isso devido ao grande esforço e habilidade em conseguir verbas em Brasília. Foram milhões de reais captados e convertidos em obras, inclusive a de asfaltamento da estrada Transcitrus.
No segundo mandato a implantação de aviários teve prosseguimento. Novos obstáculos tiveram de ser superados, mas o avanço foi grande. A cada ano, dezenas de novos aviários eram instalados e o valor adicionado (produção) do município crescia em ritmo muito forte (em torno de 20 % ao ano). Em 2010, o crescimento foi menor (9,4 %) em virtude de normas que dificultavam a instalação de novos aviários. Além disso houveram alguns problemas com doenças, e outros, que frearam o crescimento da avicultura e suinocultura naquele ano, freando o crescimento do município. Mas não parou o incentivo à implantação de novos galpões  e, no ano seguinte, que foi um ano de menores problemas, os aviários e pocilgas produziram mais, proporcionando o extraordinários crescimento de 60% na comparação com 2011.
O prefeito de Pareci Novo não tem a menor dúvida de que o extraordinário sucesso econômico do município se deve, fundamentalmente, à riqueza gerada pela criação de frangos e suínos em regime de integração.

domingo, 29 de julho de 2012

327 - A mão do estado

A demora nas obras da ferrovia norte sul mostram a falta de eficiência do governo brasileiro na promoção do progresso
Na matéria "A mão que não embala o PIB", a revista Veja faz uma interessante síntese da atual situação política e econômica do país. O tema principal da reportagem é o poder que o governo tem para estimular o desenvolvimento. O trecho a seguir contém informações muito reveladoras:


"A desaceleração da economia mostra que não basta baixar os juros e elevar o câmbio. É preciso devolver a confiança ao investidor de que o cenário benigno vai se manter", diz o economista Felipe Salto, da Tendências Consultoria. A mão pesada do estado brasileiro poderia ser acionada para cortar gastos públicos e fazer as reformas que tragam o custo do país a padrões compatíveis com o crescimento rápido e sustentável. Em entrevista recente, Carlos Ghosn, presidente mundial da Renault-Nissan, revelou que é mais barato importar aço sul-coreano feito com minério brasileiro para fabricar seus automóveis do que comprar diretamente das siderúrgicas brasileiras.

A produtividade média da economia, medida pela quantidade que cada trabalhador produz, ficou estagnada na última década. A exceção é a agropecuária, cuja produtividade tem avançado a um ritmo médio superior a 4% ao ano. Boa parte desse ganho se deve às pesquisas da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, a estatal Embrapa, um caso exemplar, mas tristemente único, de como o governo pode incentivar o desenvolvimento.

A agropecuária brasileira sofre com a logística deficiente, mas mesmo assim resiste e avança. São inúmeros os exemplos de problemas clamando pela mão salvadora do estado. Um deles: o custo para transportar o algodão produzido na Bahia até o Porto de Santos é o dobro do que se cobra pelo frete marítimo de Santos até a China. A Ferrovia Norte-Sul poderia derrubar o custo de escoamento. As obras estão a cargo da estatal Valec, cujos ex-dirigentes respondem por crimes de superfaturamento e corrupção. Cadê a mão do estado forte para tirar a ferrovia do papel? Nessa hora a mão do estado fica fraca e trêmula
.."

326 - Embrapa Suínos e Aves

Uma unidade da Embrapa no Vale do Caí poderia resultar em grande progresso para a região e o país
A Embrapa é considerada, mesmo pelos maiores críticos da ineficiência dos órgãos estatais, como uma rara excessão. Ela teve papel importante no desenvolvimento da agropecuária e agroindústria brasileiras. Seria importante que ela desenvolvesse uma unidade no Vale do Caí, para ajudar a desenvolver a atividade no estado.
O Vale do Caí é um local privilegiado para isso, pois já desenvolve a agropecuária de alto desempenho no setor de aves e suínos e outros setores da produção de alimentos. Além disso, o Vale se encontra em local atraente para pesquisadores, pela proximidade com grandes centros e importantes universidades. Os principais municípios da região já integram a Grande Porto Alegre e a região é contígua ao município de Caxias do Sul.
A Embrapa já tem uma história de sucesso no terreno da suinocultura e avicultura e poderia facilmente desenvolver um novo núcleo neste sentido.
A seguir dados sobre a unidade da Embrapa situada no município de Concórdia, Santa Catarina:



"A Embrapa Suínos e Aves é uma unidade descentralizada da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, e tem como missão"viabilizar soluções de pesquisa, desenvolvimento e inovação para a sustentabilidade da suinocultura e avicultura em benefício da sociedade brasileira". 

Vários fatores explicam o sucesso das cadeias produtivas de suínos e aves. A excelência das agroindústrias, a capacidade dos produtores e o apoio do poder público são alguns deles. Há ainda a participação imprescindível da pesquisa agropecuária. Dos laboratórios da Embrapa Suínos e Aves surgiram conhecimentos que mudaram a trajetória das duas atividades.

A expansão da suinocultura e da avicultura nos anos 60 e 70 justificou a criação em 13 de junho de 1975 do Centro Nacional de Pesquisa de Suínos, destinado à pesquisa em suinocultura. Três anos depois, em 1978, o Centro recebeu também a incumbência da pesquisa em aves, passando a se chamar Centro Nacional de Pesquisa de Suínos e Aves, hoje denominado Embrapa Suínos e Aves. A partir de 1982, ela passou a ocupar a área de 210 hectares no distrito de Tamanduá, que oferece laboratórios de sanidade animal e de análises físico-químicas, sistemas de produção, campos experimentais, estação meteorológica, fábrica de ração, prédio para administração e pesquisa e biblioteca especializada em suínos e aves.

A Unidade teve papel fundamental no controle de doenças, aperfeiçoamento de rações, melhoria da qualidade genética dos animais, preservação do meio ambiente e desenvolvimento de equipamentos para a suinocultura e avicultura. Fez ainda um trabalho imprescindível em conjunto com outros órgãos do governo, da indústria e dos produtores para superar as restrições às exportações de carne suína e de frango.

Para continuar sendo importante na evolução da suinocultura e da avicultura, a Embrapa Suínos e Aves mantém um constante realinhamento das suas metas de trabalho. Essa preocupação é visível especialmente em documentos como a quarta versão do Plano Diretor da Unidade. O PDU, montado a partir de consultas aos representantes de todos os segmentos da cadeia produtiva de suínos e aves, atualiza o trabalho da Unidade em relação às necessidades do mercado e aos programas do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e do governo federal.

Tudo o que é produzido pela Embrapa Suínos e Aves é transferido para as cadeias produtivas por meio de publicações, dias de campo, cursos, unidades demonstrativas, eventos e outras iniciativas. A transferência de tecnologia e a comunicação praticadas pela Unidade influenciam na competitividade do agronegócio. Outra maneira da Embrapa Suínos e Aves influenciar a produção de suínos e aves é por meio do Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC)."

No Vale do Caí, a unidade da Embrapa poderia ser denominada Embrapa Alimentos e uma boa justificativa para a sua implantação nesse momento é a construção do superaeroporto 20 de Setembro, que permitirá a exportação de alimentos frescos como, por exemplo, peixes e cortes de carnes.

quarta-feira, 18 de julho de 2012

325 - Bioland: sucesso na produção de ovos orgânicos


Jovens empresários trouxeram ideia de intercâmbio realizado na Nova Zelândia

Desde 2008, a Fazenda Bioland, situada às margens da RSC 470 em São José do Sul, dedica-se à produção de ovos orgânicos. As aves ficam soltas em áreas pré-determinadas isoladas, evitando a exposição a predadores ou qualquer elemento nocivo a qualidade de vida do animal, atendendo os princípios de produção orgânica, fora dos aviários.
O empreendimento é uma iniciativa do casal Diego de Vargas, 28 anos, e Nicole Lenhardt, 25 anos, que conheceu essa forma de produção, considerada mais saudável, durante um intercâmbio de um ano na Nova Zelândia. Hoje, no seu segmento, a Bioland é maior empresa do Estado e a terceira maior do país.
Os ovos produzidos na fazenda de São José, que são recolhidos sem a necessidade de acesso ao aviário visando inibir o estresse dos animais, são certificados pelo Ministério da Agricultura. O modelo de produção já é utilizado há cerca de 25 anos na Nova Zelândia, mas é novidade no Brasil. “Inicialmente, a intenção era morar definitivamente no país estrangeiro, mas acabamos tendo que voltar após um ano, e resolvemos implantar o que aprendemos aqui”, explica Vargas.
A Fazenda Bioland tem, atualmente, seis mil aves, com uma produção mensal de 1,3 mil dúzias de ovos in natura. Todo o processo é automatizado, com tecnologia de ponta. Parte da produção da avícola é destinada a grandes empresas do setor, como a Naturovos, de Salvador do Sul, e a Native Alimentos, de São Paulo. Seus ovos também podem ser encontrados em grandes redes de supermercados.
São duas unidades de produção em São José do Sul e uma terceira em processo de abertura. “Queremos trabalhar com a linha pet, inicialmente sem a produção orgânica. Mas queremos produzir a ração para animais orgânica, um projeto pioneiro”, projeta Diego Vargas.
Além dos ovos orgânicos, a Fazenda Bioland produz rações e núcleos orgânicos para animais como caprinos, suínos, bovinos, peixes e até camarões, sendo que essa abastece uma empresa cearense. (CMM).
Texto de Cleo Meurer

segunda-feira, 16 de julho de 2012

324 - Asfaltar as estradas do interior é necessidade

Estrada de chão impossibilita exportação para países mais exigentes
A duplicação da Agrosul e o asfaltamento do Condomínio Empresarial deverão dar grande impulso no desenvolvimento caiense.
Há alguns anos, a administração municipal tomou a iniciativa de reservar uma área de 200 hectares para a finalidade de implantação de empresas.
Lá já se encontram as unidades industriais da Agrosul e da Leitz e o Condomínio Empresarial.
O condomínio foi criado há dez anos, mas não teve o desenvolvimento esperado devido a falta de pavimentação nas suas avenidas. Problema que, agora, está sendo resolvido.
As obras de asfaltamento das vias internas do Condomínio já estão sendo realizadas. É uma obra da prefeitura, que está sendo feita com financiamento do Banco de Desenvolvimento do Estado do Rio Grande do Sul (BADESUL).
O financiamento é no valor de R$ 1 milhão que, com mais R$ 300 da prefeitura, será possível finalizar a obra de infraestrutura do Condomínio.
O Condomínio Empresarial tem frente para a RS-122, rodovia mais movimentada do interior do estado. Isto representa muito para as empresas ali localizadas e o prefeito Darci Lauermann acredita que rapidamente os lotes que ainda estão disponíveis no local estarão ocupado por novas empresas. 
O condomínio, com suas largas avenidas, servirá também como um magnífico portal de entrada para todo o Distrito Empresarial, facilitando a atração de mais empresas para a grande área que o município reservou para elas.

323 - Agrosul investe para duplicar a sua produção

A empresa comemora empréstimo do Badesul que permitirá ampliação
A duplicação da Agrosul e o asfaltamento do Condomínio Empresarial deverão dar grande impulso no desenvolvimento caiense.
Há alguns anos, a administração municipal tomou a iniciativa de reservar uma área de 200 hectares para a finalidade de implantação de empresas.
Lá já se encontram as unidades industriais da Agrosul e da Leitz e o Condomínio Empresarial.
O condomínio foi criado há dez anos, mas não teve o desenvolvimento esperado devido a falta de pavimentação nas suas avenidas. Problema que, agora, está sendo resolvido.
As obras de asfaltamento das vias internas do Condomínio já estão sendo realizadas. É uma obra da prefeitura, que está sendo feita com financiamento do Banco de Desenvolvimento do Estado do Rio Grande do Sul (BADESUL).
O financiamento é no valor de R$ 1 milhão que, com mais R$ 300 da prefeitura, será possível finalizar a obra de infraestrutura do Condomínio.
O Condomínio Empresarial tem frente para a RS-122, rodovia mais movimentada do interior do estado. Isto representa muito para as empresas ali localizadas e o prefeito Darci Lauermann acredita que rapidamente os lotes que ainda estão disponíveis no local estarão ocupado por novas empresas.
O condomínio, com suas largas avenidas, servirá também como um magnífico portal de entrada para todo o Distrito Empresarial, facilitando a atração de mais empresas para a grande área que o município reservou para elas.

322 - Distrito empresarial ganha forte impulso

Prefeitura do Caí investe forte no apoio às empresas
A duplicação da Agrosul e o asfaltamento do Condomínio Empresarial deverão dar grande impulso no desenvolvimento caiense.
Há alguns anos, a administração municipal tomou a iniciativa de reservar uma área de 200 hectares para a finalidade de implantação de empresas.
Lá já se encontram as unidades industriais da Agrosul e da Leitz e o Condomínio Empresarial.
O condomínio foi criado há dez anos, mas não teve o desenvolvimento esperado devido a falta de pavimentação nas suas avenidas. Problema que, agora, está sendo resolvido.
As obras de asfaltamento das vias internas do Condomínio já estão sendo realizadas. É uma obra da prefeitura, que está sendo feita com financiamento do Banco de Desenvolvimento do Estado do Rio Grande do Sul (BADESUL).
O financiamento é no valor de R$ 1 milhão que, com mais R$ 300 da prefeitura, será possível finalizar a obra de infraestrutura do Condomínio.
O Condomínio Empresarial tem frente para a RS-122, rodovia mais movimentada do interior do estado. Isto representa muito para as empresas ali localizadas e o prefeito Darci Lauermann acredita que rapidamente os lotes que ainda estão disponíveis no local estarão ocupado por novas empresas.
O condomínio, com suas largas avenidas, servirá também como um magnífico portal de entrada para todo o Distrito Empresarial, facilitando a atração de mais empresas para a grande área que o município reservou para elas.

domingo, 15 de julho de 2012

321 - Pronaf mais alimentos


A avicultura e suinocultura são atividades extremamente produtivas. Exportar a carne ao invés do milho e soja, representa um importante acréscimo no valor adicionado dos produtos, com vantagem para os produtores e para os governos municipal, estadual e federal, que obtêm maior retorno de impostos. Portanto, é muito viável a obtenção de empréstimos subsidiados pelo programa Pronaf mais alimentos. Com 130 mil reais emprestados, o produtor consegue cobrir parte significativa dos custos de implantação de um moderno aviário ou pocilga. Como o retorno na avicultura e suinocultura é muito rápido, até que vença o prazo de carência do empréstimo, o produtor estará perfeitamente apto a cumprir com o pagamento do empréstimo.
Entidades dos produtores rurais, prefeituras, bancos e as integradoras devem unir suas forças e criar incentivos para que os produtores rurais dêm um grande passo para o seu progresso e o bem estar das suas famílias.
O Pronaf Mais Alimentos destina recursos para investimentos em infraestrutura da propriedade rural e, assim, cria as condições necessárias para o aumento da produção e da produtividade da agricultura familiar. O limite de crédito é de R$ 130 mil, que podem ser pagos em até dez anos, com até três anos de carência e juro de 2% ao ano.
Mais Alimentos é uma ação estruturante que permite ao agricultor familiar investir em modernização e aquisição de máquinas e de novos equipamentos, correção e recuperação de solos, resfriadores de leite, melhoria genética, irrigação, implantação de pomares e estufas e armazenagem.
Esta linha de financiamento contempla também projetos associados à apicultura, aquicultura, avicultura, bovinocultura de corte, bovinocultura de leite, caprinocultura, fruticultura, olericultura, ovinocultura, pesca e suinocultura e a produção de açafrão, arroz, centeio, feijão, mandioca, milho, sorgo,trigo, cana-de-açúcar e palmácea para produção de palmito.

quinta-feira, 28 de junho de 2012

320 - Frango chinês


A bilionária população da China está cada vez mais rica e comendo melhor: há grande interesse pela carne de frango que o Brasil tem para vender

A China vem crescendo a uma média de 11% ao ano na última década. Por isso causa preocupação entre os analistas internacionais a perspectiva de que o país cresça apenas 7% em 2012. Um dos motivos disso é a diminuição da rentabilidade das empresas em decorrência do aumento rápido dos salários do povo chinês.
Isso tem sido assustador para a indústria mas cria grandes expectativas para os produtores agrícolas. Isso porque, com o aumento da renda, os chineses terão mais poder de consumo e, consequentemente, se alimentarão melhor.
A revista Veja publicou na edição da última semana, uma matéria que revela esses números. Francisco Turra, presidente da União Brasileira de Avicultura diz que hoje 24 fábricas estão habilitadas a vender frango para o mercado do país asiático e em breve outras 41 deverão se juntar a elas.
Mas o mais supreendente é que em 2008 os chineses comiam apenas 4 quilos de frango por ano. Hoje eles já saltaram para 10 quilos.
Para se ter uma comparação, o brasileiro consome 47 quilos de frango por ano. O que significa que existe muito campo para o setor crescer por lá. Quem sai ganhando são as regiões que exploram a avicultura. É o caso do Vale do Caí. O horizonte é muito promissor, afinal, a maior população do planeta com mais de 1 bilhão e 300 milhões de habitantes está ávida para consumir e nós temos que nos prepara para suprir essa demanda.
Texto de Daniel Fuchs Klein

terça-feira, 19 de junho de 2012

319 - UCS Vale do Caí terá curso de engenharia de produção

Núcleo Vale do Cai será elevado a Campus, terá mais prédios e cursos
Em cerimônia a ser realizada na noite da próxima sexta-feira, o reitor da Universidade de Caxias do Sul, Isidoro Zorzi, vai oficializar a elevação do núcleo universitário Vale do Caí para a categoria de campus universitário.Os planos, com relação ao campus caiense, são ambiciosos e as obras começam já neste ano, com a construção de um prédio aos fundos do edifício atualmente existente. No próximo ano deverá ser construído outro edifício, com dimensões iguais às do atual. A construção a ser erguida ainda neste ano fará a conexão entre os dois prédios, formando um desenho semelhante à letra H. O prédio da conexão contará com área de convivência, elevador (que servirá aos dois prédios: o atual e o futuro) e duas grandes salas de aula.Com isso, as instalações propiciarão a criação de um novo curso na universidade: o de engenharia de produção.  Curso que já deverá ser oferecido no primeiro semestre do ano que vem.Com a construção do novo edifício, no próximo ano, a UCS Vale do Caí terá a possibilidade de oferecer ainda mais cursos. As possibilidades para isso são grandes, porque o Campus Universitário do Vale do Caí tem o propósito de atrair estudantes da Região Metropolitana de Porto Alegre, cuja população é de 4 milhões de habitantes. O Caí, como se sabe, está sendo integrado à área metropolitana de Porto Alegre. O que vai favorecer esse projeto.Poderá, com isso, ocorrer a inversão de uma tendência que parecia ser uma fatalidade histórica: os jovens do Caí e da região, no passado, iam a São Leopoldo, Novo Hamburgo e Porto Alegre para estudar. No futuro, os 44 hectares do Campus da UCS poderão se transformar num centro educacional capaz de criar o fluxo inverso, fazendo com que os estudantes da Grande Porto Alegre venham estudar na região.Em vista disso, a cerimônia de criação do Campus Universitário do Vale do Caí, que ocorrerá às sete e meia da noite, terá dimensões históricas.Somente a criação do curso de engenharia de produção já deverá representar um passo enorme para o desenvolvimento econômico da região, pelos ganhos de produtividade que poderá trazer para as empresas da região.Em sequência, outros cursos de engenharia serão implantados, como o de engenharia civil, pois sendo criada a estrutura básica para ensinar uma engenharia, fica mais fácil ensinar também as outras.Com a construção de mais prédios e a criação de outros cursos, o Campus Universitário da UCS Vale do Caí poderá se tornar um dos mais importantes centros de ensino superior do estados. Tanto a UCS quanto o Vale do Caí têm potencial para isso.

quarta-feira, 30 de maio de 2012

318 - O país monomodal


O Brasil já foi país da monocultura (da cana, do café). Depois tornou-se um país monomodal, conforme salienta a jornalista Ataneia Feijó. Desprezando os modais ferroviário e hidroviário, o Brasil, há 50 anos, investe apenas em rodovias. 

O comentário foi reproduzido na coluna de Ricardo Noblat.


"Automóvel e caminhão no Brasil são fetiches? 

por Ateneia Feijó

Há brasileiros que embarcam em avião com destino a um país distante, em busca de um lugar “primitivo” para viver uma grande aventura. Geralmente são jovens de férias ou turistas a fim de emoções fortes. Ah... Se viajassem pelas bandas deste Brasil de ônibus, trem ou barco descobririam que os caminhos temerários estão aqui.
Não, não é brincadeira. Nosso sistema de transporte é absurdamente desconfortável e perigoso para a maioria dos viajantes.
No último domingo (27/05) O Globo publicou a primeira reportagem da série “O Brasil que não viaja de avião” realizada por duas duplas: Henrique Gomes Batista e Liane Thedim; e Domingos Peixoto e Márcia Foletto.
De cara fica explícito que além de investir pouco, o governo investe mal em infraestrutura. Afetando a competitividade do país e a qualidade de vida das pessoas.
Essa história, entretanto, começa bem antes: em meados do século passado. Ou melhor, desde a “era” Juscelino Kubitschek. Afinal, o presidente que construiu Brasília também impulsionou a implantação definitiva da indústria automotiva no Brasil. Inaugurou, em 1956, a primeira fábrica de caminhões (Mercedes-Benz) com motor nacional!
Onde? Em São Bernardo do Campo, no ABC Paulista. Foi daí que surgiu o maior parque industrial da América Latina, no Estado de São Paulo. Quer dizer, uma vantagem e uma desvantagem para os brasileiros.
A partir dele, o sistema de transporte neste país se tornou irracional. Por quê? Porque não houve um plano para integrar as estradas de rodagem a ferrovias e hidrovias. Elas simplesmente passaram por cima do que já existia e funcionava até direitinho.
Ou seja, todos os investimentos e incentivos foram direcionados à cadeia industrial automobilística, deixando a estrutura ferroviária ao léu.
Sem manutenção e renovação, trens descarrilharam e cidadezinhas que existiam em torno das estações acabaram morrendo junto com elas.
Se tivesse sido diferente talvez hoje fossem médias cidades. E as linhas férreas, modernizadas, um meio de transporte bacana beneficiando pessoas e empresas, facilitando crescimento com sustentabilidade etc.
Não dá para ficar no se, se... Mas nestes tempos ecológicos não daria para mudar a situação surrealista do transporte brasileiro?
Seria a indústria automotiva um fetiche?
Por que os técnicos do governo e a sociedade civil não se conscientizam de que é importante fabricar trens, barcos e navios? Construir linhas férreas, portos, eclusas. Metrô! Sem corrupção."


O Vale do Caí dispõe de uma hidrovia pronta, através do rio Cai e da Lagoa dos Patos, que possibilita o transporte de cargas dos municípios de Montenegro e Capela de Santana até o porto de Rio Grande. Sem necessidade de grande investimento. Com pequeno investimento, a hidrovia poderia chegar até as cidades de Montenegro, Pareci Novo e São Sebastião do Cai. No entanto, este potencial não é aproveitado.
Existe, também, uma magnífica ferrovia que liga o Vale do Caí ao norte do estado, que está sendo subaproveitada. Houvesse um terminal hidroferroviário no rio Caí (nas imediações do Polo Petroquímico, as cargas de soja, trigo e outros produtos, vindas do noroeste gaúcho, chegariam ao porto de Rio Grande com grande economia.

sábado, 5 de maio de 2012

317 - JBS assume a Doux Frangosul

O presidente da JBS, Wesley Batista, anunciou  
que a  empresa assume  as operações 
da Frangosul e pagará  suas dívidas
O anúncio da JBS Friboi, ontem, sexta-feira, na Associação da Doux Frangosul, foi bastante comemorado por funcionários, produtores e por toda a comunidade. A JBS, uma empresa brasileira que é hoje o maior frigorífico do mundo, anunciou o aluguel da Doux Frangosul por dez anos, com a possibilidade de compra de todo o grupo no Brasil. "Estamos assumindo todos os funcionários e o pagamento dos atrasados com os produtores integrados e fornecedores", declarou o presidente da JBS, Wesley Batista. A cerimônia de anúncio, ontem, contou também com a presença de demais diretores da JBS e Doux, do presidente da Câmara Federal, deputado Marco Maia, de secretários estaduais da agricultura, Luis Fernando Mainardi, e de desenvolvimento rural, Ivar Pavan, prefeitos da região e demais autoridades.

O valor do aluguel da Doux Frangosul, incluindo os frigorífico de Montenegro, Passo Fundo e no Mato Grosso, não foi revelado. Mas segundo Wesley Batista serão investidos cerca de R$ 300 milhões em seis meses, incluindo pagamentos das dívidas e capital de giro para a retomada da produção. A projeção é de que na próxima semana, com o início do pagamento dos produtores, voltem a ser alojados frangos nos aviários. "A retomada dos abates será entre 15 e 20 de junho", cita o empresário. Ele garante que os salários dos cerca de 2.700 funcionários serão mantidos em dia e que em 60 dias deverão ser pagos todos os atrasados com produtores, que não recebem desde agosto do ano passado. "É uma excelente empresa para se trabalhar", destaca Aristides Vogt, diretor da Doux, que esteve na França tratando do negócio. Muito elogiado por Wesley Batista, Aristides deverá continuar na empresa durante a fase de transição.

O presidente da JBS revelou que a intenção é comprar todo o grupo Doux Frangosul no Brasil, mas não existe interesse nas unidades da França e da Europa. Sobre a opção pelo aluguel (arrendamento), diz que não havia tempo para negociar a compra. Segundo Batista, se esperasse mais uma semana a Doux Frangosul entraria em colapso e dificilmente seria recuperada. A meta é no primeiro mês abater cerca de 840 mil aves por dia e até setembro alcançar a capacidade máxima de um milhão e cem mil abates.

Anúncio muito comemorado
Prefeitos, representantes dos produtores e dos funcionários, comemoraram muito o anúncio da chegada da JBS e a retomada da produção. Conforme Elton Weber, presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura (Fetag), uma reunião com a JBS deve acontecer na próxima segunda-feira, para definir o cronograma de pagamentos. Rigoberto Kniest, da Associação dos Produtores Integrados dos Vales do Caí e Taquari, cita que a intenção é começar a alojar frangos já a partir da próxima semana e em questão de trinta dias devem sair os primeiros lotes. “É o melhor presente no aniversário de Montenegro”, comemorou o prefeito Percival de Oliveira, lembrando os 139 anos do município completados neste sábado, 5 de maio. Ele lembrou que a Doux Frangosul, além do grande número de trabalhadores na indústria e na zona rural, é a maior empresa do município e do Vale do Caí. Só em Montenegro responde por 30% do retorno de ICMS do município. Em torno da Doux Frangosul, agora JBS, gira grande parte da economia da região. A empresa foi a principal responsável pelo crescimento da avicultura, que tanto aumentou a renda dos produtores e dos município.

A comemoração se deve também a chegada em Montenegro e da região de uma grande empresa como a JBS, com capacidade de produção de 9 milhões de aves ao dia. Além disso, a JBS possui unidades em diversos estados brasileiros e também nos Estados Unidos, México e Porto Rico, o que demonstra o seu enorme potencial de crescimento. O número de funcionários, agora somados os da Doux Frangosul, chega a 60 mil no país. Só da Doux Frangosul são seis mil trabalhadores com empregos garantidos e mais os 1.500 produtores integrados, além dos prestadores de serviços, comércio e toda a economia.

Para a gestão da Doux Frangosul, foi criada a JBS Aves Brasil, tendo como presidente James Cleary, um executivo de 47 anos com larga experiência no setor de carnes. Irlandês, ele garantiu que os nomes tradicionais das marcas Frangosul, Doux e Lebon serão mantidos. E a expectativa é de mais investimentos em Montenegro e na região. 

Uma grande notícia para a região
A Frangosul, inicialmente, depois a Doux, tiveram enorme influência no desenvolvimento de Montenegro e da região. Numa época em que indústrias de calçado fechavam, essas empresas foram providenciais ao gerar milhares de empregos diretos e indiretos.

A Doux foi, também, a maior geradora do retorno de impostos para o município de Montenegro, ajudando a prefeitura no custeio da educação e da saúde para a população.

Montenegro deve muito a essas empresas. Mas, mesmo assim, não foi este o município que mais se beneficiou. Mais proveito ainda tiveram municípios como Tupandi, Harmonia, Maratá, São José do Sul e Pareci Novo, que incentivaram a implantação dos aviários que abasteciam a grande empresa montenegrina.

316 - Coopermonte voltará à atividade

Em 2009, a cooperativa montenegrina havia suspendido as suas atividades
No setor rural do Vale do Caí, o tipo de propriedade que predomina é o minifúndio. Uma situação favorável para a produção de leite. Muito próxima de grandes centros consumidores, o Vale tem tudo para se dar bem nesta atividade, como já acontece atualmente com a Cooperativa Piá, de Nova Petrópolis. A boa notícia é que a tradicional Coopermonte, de Montenegro, que havia encerrado suas atividades há três anos, está para votar à atividade. Mais um reforço para o Cluster Agroindustrial do Vale do Cai.
Assim informou o Fato Novo:

Fechada desde 2009, a Cooperativa Mista de Leite e Derivados de Montenegro - a Coopermonte, poderá reabrir em questão de 30 ou 60 dias. A informação é da presidente da cooperativa, Sirlei Francisco, lembrando que já foi realizada uma assembleia com produtores, no último dia 16 de abril, na própria Coopermonte. Na ocasião, foi informado sobre a possibilidade de parceria com outra empresa do ramo de laticínios, que não teve o seu nome divulgado.

A Coopermonte funcionou por cerca de 18 anos, estando sediada na rua Bruno de Andrade do bairro Timbaúva, entre o Presídio (albergue) e a creche do Lar do Menor. Sirlei diz que os equipamentos estão em boas condições e a retomada da produção depende apenas da contratação de pessoal. Atualmente o leite dos produtores da região estaria sendo levado para Paverama e antes era para Nova Petrópolis. 

A presidente acredita que cerca de 115 mil litros por dia podem ser fornecidos para a Coopermonte voltar a produzir o Leite Ibiá, além de creme de leite e bebida láctea. “Em breve estaremos reabrindo”, aposta Sirlei, citando que as dívidas estão sendo sanadas.

Reunião na Câmara
Um encontro para discutir a reabertura da Coopermonte deverá ocorrer na próxima quinta-feira, dia 10, na Câmara de Vereadores. O pedido para a reunião foi aprovado na sessão de quinta-feira passada, através do requerimento do vereador Marcos Gehlen, o Tuco (PT). 

O presidente do legislativo diz que o encontro deverá ter a participação de representantes da Prefeitura e da cooperativa. A expectativa, conforme Sirlei, é de que a Prefeitura e a Câmara de Vereadores possam apoiar a reabertura da Cooperativa através de incentivos, já que se trata de uma grande empresa e que também fomenta a produção agrícola no setor da bacia leiteira
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Saiba porque a cooperativa esteve paralizada:


http://www.fatonovo.com.br/ler.php?id=1749

sexta-feira, 4 de maio de 2012

315 - Fim da crise da Doux

A empresa está inativa há um mês

O Canal Rural veiculou notícia que, sendo confirmada, deverá representar o fim para a penosa crise enfrentada pela Doux, maior empresa gaúcha na produção e exportação de carnes. Sediada em Montenegro e filial do grupo francês Doux, a empresa vinha padecendo de crônico problema financeiro e enterrompeu suas atividades há um mês. Eis a notícia:


Após um longo período de crise da Doux Frangosul no Brasil, a companhia tem um novo controlador. O grupo JBS comprou as operações da indústria de aves e suínos do Sul do país. A empresa está assumindo os ativos e também os passivos da Doux. Os detalhes da operação devem ser apresentados nesta sexta, dia 4.

Além do comunicado formal ao mercado, deve haver um anúncio na cidade de Montenegro, no Rio Grandedo Sul, onde está a sede da Doux.

De acordo com a Associação Gaúcha de Avicultura, a maior parte das aves abatidas pela Doux Frangosul é destinada ao exterior, para cerca de cem países. No Rio Grande do Sul, além de Montenegro, a empresa possui uma unidade em Passo Fundo e conta com mais de 2,5 mil criadores integrados.

Histórico da crise

A crise que atinge os negócios da Doux Frangosul teve início entre 2004 e 2005. No período, a companhia enviava produção para a matriz, na França, mas não recebia o pagamento.  No final de 2008 a situação foi agravada por perdas da Doux relacionadas à disparada do dólar e à continuidade da política da controladora, ainda mais debilitada pela crise global.

Com atrasos nos pagamentos, que chegaram a até seis meses no início de 2012, produtores integrados de aves e suínos do Sul do país, principalmente do Rio Grande do Sul, foram os principais prejudicados pela crise na companhia. Eles chegaram a suspender o alojamento de animais até que a empresa cumprisse promessas feitas para pagamentos dos débitos. Segundo levantamento obtido pelo jornal Zero Hora, as dívidas da empresa somariam R$ 466 milhões.
Conforme fontes que acompanham a situação da empresa, para a retomada a pleno dos negócios seriam necessários cerca de R$ 140 milhões – R$ 37,4 milhões para os produtores, R$ 17 milhões para insumos, R$ 34 milhões para ração, R$ 40,8 milhões para transporte e R$ 10,2 milhões para pagar salários.

No início do ano produtores integrados do Rio Grande do Sul realizaram diversas manifestações, pedindo a normalização nos repasses dos pagamentos.  Em janeiro, pecuaristas chegaram a pedir a interferência do governo do Estado na negociação. O Ministério Público também chegou a intermediar conversas entre produtores e a empresa.

Em fevereiro, o presidente mundial da companhia, Charles Doux, fez uma visita sigilosa ao Estado na tentativa de buscar uma solução para a crise na empresa.  As especulações sobre a venda dos negócios de aves da empresa para o grupo JBS começaram em março. Em abril, a Doux Frangosul suspendeu as atividades no Estado.

JBS
A nova proprietária da Doux Frangosul é o exemplo de uma empresa brasileira que se transformou em multinacional. Foram diversas aquisições nos últimos anos. A empresa começou em 1953 e se transformou numa gigante do setor de carnes. Uma das grandes compras do grupo foi a da Swift Foods, em 2007, em uma operação de US$ 1,4 bilhão. Em 2009, o JBS adquiriu o grupo Bertin, formando a maior rede de frigoríficos do Brasil. Também em 2009, a companhia passou a controlar a Pilgrims Pride, que era a segunda maior produtora de aves dos Estados Unidos, e se transformou na maior processadora de proteína animal do mundo. Hoje o grupo JBS conta com 140 unidades de produção no mundo. Só em 2011 a companhia faturou cerca de US$ 40 bilhões.


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