sábado, 28 de novembro de 2009

102 - O que é bom tem que continuar

O retorno de impostos proporcionado pela avicultura e suinocultura deu a Tupandi características de primeiro mundo

A região do Vale do Caí já é reconhecida hoje como uma das mais desenvolvidas do país. Instituições de destaque, como a Confederação Nacional dos Municípios, o Sebrae e a Fundação Getúlio Vargas atestam esta realidade. A revista Veja chegou a fazer uma grande reportagem de oito páginas mostrando como o Vale do Caí se distinguia do resto do país, mostrando características de primeiro mundo.
E os estudos feitos até aqui apontam também para o fato de que a avicultura e suinocultura em regime de integração é o principal fator que distingue a economia da região. Várias das principais empresas do Vale do Caí (Doux, Naturovos, Agrogen, Agrosul, Cooperativa de Harmonia) são do ramo. Mas é principalmente na produção primária dos frangos, perus, suínos e ovos, que a região mais se distingue. É pela força econômica deste setor e pelo retorno de impostos que proporciona, que as prefeituras têm conseguido mais recurso para melhorar as condições de vida da população, proporcionando serviços de primeiro mundo, inclusive na saúde e educação.

101 - Novos passos para o projeto

Municípios unidos estão criando a estrutura necessária para o desenvolvimento

No Vale do Caí, muito foi feito nas últimas décadas, mas as possibilidades de desenvolvimento da produção de alimentos em regime de integração pode ir ainda muito além.
Já está formado na região um cluster voltado para a produção de alimentos. Ele já tem até uma nome: Cluster Agroindustrial de Alimentos do Vale do Caí.
Cluster é uma aglomeração de empresas que atuam dentro de um mesmo ramo de atividade, numa mesma região. Esta aglomeração favorece estas empresas no que diz respeito à sua capacidade de competir no mercado. Exemplos de cluster são o polo calçadista do Vale do Sinos, o moveleiro de Bento Gonçalves e o turístico de Gramado.
Em Novo Hamburgo, por exemplo, existe fartura de mão de obra com aptidão para trabalhar com o calçado, cursos técnicos e universitários voltados para as necessidades da indústria calçadista e até uma feira (a FENAC) para divulgar e estimular as vendas. Lá existem agências bancárias e transportadoras preparadas para atuar no comércio internacional e toda uma grande estrutura de apoio à atividade dos calçadistas. O projeto do Cluster Agroindustrial do Vale do Caí visa implantar na região condições estruturais para que a produção primária de aves, suínos e outros alimentos e a indústria de beneficiamento dos mesmos se tornem mais competitivas e se desenvolvam mais.
Para tanto, é necessário que as empresas, as prefeituras e outras forças da região (sindicatos, ACIs e CDLs etc) se unam em torno da conquista de benefícios que venham a aumentar a capacidade produtiva da região. É perfeitamente possível, por exemplo, fazer com que a navegação comercial retorne no Vale do Caí, o que resultaria em redução de custos no transporte de mercadorias até o porto de Rio Grande.
É possível, também, implantar biodigestores na região, que aumentariam a renda dos produtores, produziriam adubo e energia elétrica (ou gás).
É possível, ainda, implantar um ramal da ferrovia Ferrosul para tornar mais barato o frete dos grãos componentes da ração animal.
E poderão ser implantados cursos universitários e escolas técnicas de nível médio voltadas para a produção de alimentos.
Fazendo negociação conjunta, os municípios poderão asfaltar suas estradas com custos menores.
Estes são apenas alguns exemplos de benefícios que poderão ser alcançados se houver união e organização em torno desse propósito. E tudo isto fará com que a produção de alimentos no Vale do Caí se torne menos onerosa. E, com isto, os produtos do Vale serão mais competitivos.
Com o cluster, o Vale do Caí poderá progredir ainda muito mais e se tornar um exemplo para o mundo.

100 - Tupandi continua dando o exemplo

As lições do "professor" Hilário Junges deveriam ser aproveitadas por todos os prefeitos

Uma boa idéia seria criar, em Tupandi, uma Escola Superior de Administração Pública.
Tupandi é um fenômeno mundial. E, numa prova de que é verdadeira a máxima de que ninguém é insubstituível, mesmo com a saída de Hilário Junges, o município continua sendo excelentemente administrado. Pelo que se vê, este município, que já é o mais rico da região, continua evoluindo fortemente e a tendência é que a diferença entre ele e os demais aumente, ao invés de diminuir.
Apesar de ser um município pequeno, Tupandi tem um número incomparavelmente maior de aviários, pocilgas e instalações semelhantes do que os demais municípios da região. Por isto, quando este blog estipulou metas para o número de instalações de cada município, levou em consideração que Tupandi já estava bem servido e moderou no estabelecimento da sua meta: 500 aviários no prazo de 10 anos.
Os produtores e a administração de Tupandi, não deram atenção ao nosso blog e, até o mês de novembro, implantaram mais 24 aviários e 9 pocilgas. Neste ritmo, a meta estabelecida será atingida em menos de três anos.
Enquanto isto, outros municípios continuam marcando passo.
Segundo levantamento feito pela prefeitura de Tupandi em novembro de 2009, o município contava então com 329 aviários, 130 pocilgas, e dois galpões para cunicultura (criação de coelhos). Portanto, sem contar os modernos e tecnificados tambos de leite e criação de gado em confinamento, Tupandi conta hoje com 461 instalações dedicadas à pecuária em regime de integração.
Por isso, o valor da produção primária de Tupandi duas vezes maior do que a da indústria. E o seu peso vem aumentando. Considerando-se ainda que o retorno de impostos proporcionado pela produção primária é muito maior que o do setor industrial, pode se ter uma idéia do enorme benefício que este setor vem proporcionando para o município.
Hoje Tupandi é, disparadamente, o município mais rico da região (foi um dos dois mais pobres, há 20 anos). E, no futuro, a diferença entre Tupandi e os demais será ainda maior.

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

99 - Grandes projetos

A antiga ponte da RS-124 é estreita e se torna necessária a construção de uma nova ponte

O prefeito de Pareci Novo, Oregino Francisco, foi reeleito presidente do Consórcio dos Municípios do Vale do Caí. Não é para menos. Ele tem conseguido grandes benefícios para a região, inclusive a rodovia Transcitrus, que já está bem adiantada e vai ligar Poço das Antas e o Vale do Taquari a Pareci Novo.
Na sua nova gestão ele pretende trabalhar, entre outras coisas, pela retomada da navegação comercial no rio Caí, por uma usina de asfalto que permita aos municípios asfaltar suas estradas municipais, pela implantação de biodigestores e por uma nova ponte ligando Pareci Novo ao Caí.
São grandes objetivos que mostram a ousadia e visão de futuro do prefeito Oregino. E ninguém duvida da sua capacidade de concretizar tais projetos.
As três obras, se concretizadas, darão grande impulso ao progresso da região.

98 - Cisternas

A construção de cisternas é recomendável, como modo de aproveitar melhor a água da chuva

O prefeito de Harmonia Sílvio Specht foi quem trouxe para a região a idéia da implantação de grandes biodigestores para resolver o problema ecológico e permitir a expansão da produção de suínos no seu município e nos vizinhos. Agora ele traz uma outra proposta, também muito correta do ponto de vista ecológico para resolver o problema da falta d'água nos períodos de estiagem.
Como os aviários e pocilgas precisam de muita água, podem ocorrer problemas sérios devido à sua falta.
Por isto Sílvio Specht está preocupado em alertar os produtores para a construção de cisternas, para armazenar água nas épocas de chuva e garantir, assim, que ela não vá faltar nos tempos de seca. Pode ser uma ótima idéia e seria muito interessante que as administrações municipais incentivassem as primeiras iniciativas neste sentido. Principalmente nas localidades e propriedades que ficam mais sujeitas ao problema.
São providências como estas que, através de um constante aperfeiçoamento dos recursos usados na produção, vão garantir a competitividade e o vigor da avicultura e suinocultura na região.

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

97 - Onde os biodigestores?

Um dos grandes biodigestores da região deverá localizar-se no município de Feliz

Os biodigestores são peça fundamental para o sucesso do Cluster Agroindustrial do Vale do Caí.
O projeto prevê a implantação de cinco grandes instalações, de modo que todos os 10 mil aviários, pocilgas e estádulos previstos no projeto fiquem a pequena distância de uma das cinco instalações.
Embora isto deva ser ainda melhor estudado, em princípio a localização dos biodigestores poderia ser a seguinte:
1. Em Montenegro, atendendo aos aviários, pocilgas etc de Montenegro, Brochier e Maratá, num total de 2.600 potenciais instalações.
2. Em Harmonia, atendendo Harmonia, Tupandi, São José do Sul e Pareci Novo, com 2.150 potenciais instalações.
3. No Caí, atendendo Portão, Capela de Santana, Caí e São José do Hortêncio, com 2.150 instalações.
4. Na Feliz (foto), atendendo Feliz, Bom Princípio, Alto Feliz, Vale Real, São Vendelino e Linha Nova, com 1.900 instalações.
5. Em São Pedro da Serra, atendendo também Salvador do Sul e Barão, com 1.550 instalações.

96 - Energia e sustentabilidade

Os biodigestores evitam poluição local e aquecimento global, além de produzirem energia e adubo

O fato de uma região, como o vale do Caí, concentrar grande número de aviários e pocilgas torna viável a o funcionamento econômico de grandes biodigestores. Estas instalações são capazes de gerar energia em grande escala (tanto na forma de energia elétrica como na de biogás). Com isto haverá uma sensível diminuição na emissão de gás carbônico na atmosfera, ajudando a enfrentar o problema do aquecimento global.
Uma barragem construída entre os municípios de Pareci Novo e Capela de Santana, além de permitir a navegação fluvial até São Sebastião do Caí, também funcionaria como hidroelétrica, gerando mais energia. Outra forma de energia limpa.
O biodigestor tem outra vantagem adicional. Depois do processo de fermentação, os excrementos das aves e suínos transformam-se em adubo orgânico de excelente qualidade, permitindo uma intensa e qualificada produção de alimentos vegetais orgânicos de alta qualidade, a preço muito competitivo. O mesmo adubo serve para a produzir o plancton, que alimenta os peixes em açudes.
O projeto do Cluster Agroindustrial do Vale do Caí, concentrando mais de 10 mil aviários, pocilgas e açudes em um território pequeno, sem problemas de poluição, vai ajudar a eliminar o problema da fome no mundo, além de contribuir para o equilíbrio ecológico no planeta. Por isso deverá merecer atenção e apoio dos governos e demais organismos nacionais e internacionais.
Uma vez implantado com sucesso no Vale do Caí, o modelo poderá ser copiado em outras regiões do Brasil e do mundo.

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

95 - Navegação Aliança

Empresa do município de Taquari produz grandes barcos apropriados para a navegação no rio Caí

Sediada em Taquari, cidade banhada pelo rio de mesmo nome, a Navegação Aliança é uma das maiores empresas do setor no estado. Além de trabalhar com transporte de cargas pelas hidrovias do estado, a empresa tem estaleiro próprio e fabrica grandes barcos. Atualmente está construindo o Frederico Madörin, um investimento de R$ 16,5 milhões. Este barco deverá começar a operar no próximo mês de março. A previsão da empresa é de crescimento de 20 % no volume de cargas movimentadas pela navegação fluvial gaúcha, em 2010.
Seu diretor, Ático Scherer, considera que o Caí é o rio gaúcho que oferece melhores perspectivas para o desenvolvimento da navegação. Bastando, para isso, que seja solucionado o problema da ponte baixa construída para a estrada de ferro que passa pelo Polo Petroquímico em direção a Canoas.
O Frederico Madörim é o segundo barco de uma série de três cujos nomes homenageiam os fundadores da empresa. O primeiro, chamado Germano Becker, já está em operação e o próximo a ser construído deverá chamar-se João Mallmann. Cada um desses barcos mede um pouco mais de 100 metros de comprimento e tem capacidade para transportar em torno de 5 mil quilos de carga.
Segundo Ático Scherer, sendo feita a adaptação necessária na ponte ferroviária próxima ao Polo, a navegação fluvial no rio Caí se tornará possível até o ponto em que existia a Barragem Rio Branco, no município de Pareci Novo.

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

94 - Camargo Corrêa


O município de Capela de Santana está na expectativa de receber uma nova indústria

A Essencis, empresa ligada ao grupo Camargo Corrêa, adquiriu uma grande área de terras junto à RS-240, na qual deverá ser implantada, brevemente, uma unidade dessa empresa. A Essencis já opera em vários estados brasileiros e processa resíduos industriais que poderiam causar poluição do meio ambiete, transformando-os em produtos úteis.

Com isso, a Camargo Corrêa, que é uma das maiores empresas construtoras do país (e do mundo) passa a integrar-se mais ao Vale do Caí. Isso poderá ajudar na realização de algumas obras importantes, como a reforma na ponte ferroviária sobre o rio Caí (próxima ao Polo Petroquímico), que atualmente impede a navegação comercial de porte pelo mesmo rio.

Esta obra, como já foi exposto neste blog, terá enorme repercussão econômica, pois o rio Caí é o mais propício do estado para o desenvolvimento da navegação comercial de alto rendimento. Isso porque os produtos das empresas da região (especialmente a Doux) são muito apropriados para o transporte fluvial.

É de lembrar que grandes empresas, como a Camargo Corrêa, têm capacidade para conseguir até mesmo os recursos para uma obra como esssa. E ela opera também como concessionária no setor de transportes (com rodovias pedagiadas, por exemplo).
Na foto, a usina hidroelétrica de Porto Primavera, em São Paulo. Obra realizada com a participação da empresa.

sábado, 14 de novembro de 2009

93 - Setor primário com alta produtividade

As pessoas pensam que grandes indústrias trazem desenvolvimento, mas o setor primário pode ter efeito ainda mais positivo

O retorno de ICMS é a principal fonte de receita para as prefeituras. Ele se baseia no valor da produção dentro do município e a produção primária é a que mais contribui para o aumento da receita municipal. Prefeitos da região calculam que o retorno aos cofres municipais proporcionado por um aviário equivale ao obtido com uma indústria com 100 funcionários.
Sendo assim, o retorno obtido pela prefeitura de Tupandi (com seus 400 aviários e pocilgas) equivale ao que obteria caso tivesse indústrias com 40 mil funcionários. O que é fantástico, pois Tupandi, na verdade, tem apenas 4.000 habitantes.
Por isto, a situação do município de Tupandi (que foi um dia um pobre distrito montenegrino) hoje é muito melhor do que a da sua ex-sede municipal. Tupandi ganhou mais tendo os aviários do que Montenegro com a Doux/Frangosul instalada no seu território.
Vários outros municípios do Vale do Caí, seguindo o exemplo de Tupandi, já descobriram as vantagens de incentivar a implantação de aviários e, com isto, progrediram significativamente. Harmonia, São José do Sul, Pareci Novo e Maratá são bons exemplos disto.
O município do Caí, que conta agora com uma integradora, a Agrosul, planeja incentivar a implantação de aviários. Mas precisará implantar muitos aviários para alcançar a renda percapita de um país de primeiro mundo (acima de US$ 20 mil). No Vale do Caí, a produção de aves e suínos é a única atividade econômica capaz de elevar a renda per capita a este nível. O que é fácil de compreender. Um único trabalhador é capaz de cuidar de dois aviários. Imagine-se o que produz este trabalhador e a diferença que existe entre a sua produção e a de um operário ou de um comerciário.

92 - Quantidade

Se não fosse pela grande quantidade de aviários e pocilgas no município, Tupandi não teria chegado onde chegou

A qualidade é sempre muito importante. Mas a quantidade também é fundamental num projeto econômico. É ela que proporciona as economias de escala.
Como sempre, é o município de Tupandi que nos ensina esta lição. Nos anos de 1993 e 1994, o prefeito Hilário Junges - com o seu forte plano de incentivo aos produtores - conseguiu que fossem instalados 198 aviários e pocilgas no município. Para os padrões de hoje, eram instalações pequenas e precárias. Para a época, no entanto, eram modernas e altamente produtivas. A produção destas 198 unidades teve um impacto tão violento na economia do município que o PIB chegou a crescer 93 % em apenas um ano (1994). E foi com aviários e pocilgas, cada vez maiores, mais modernos e mais produtivos, que Tupandi cresceu economicamente, passando de uma situação de desenvolvimento africana para a outra de primeiro mundo. A renda per capita, que era de US$ 776,16 em 1989, subiu para US$ 22.239,26 em 2006. Proeza que, possivelmente, nenhum município no mundo conseguiu alcançar por esforço próprio. Sem a contribuição de um fato exógeno como, por exemplo, a implantação de um polo petroquímico ou de uma usina hidroelétrica.
O projeto do Cluster Agroindustrial do Vale do Caí pretende, basicamente, dar maior amplitude e continuidade à fantástica experiência administrativa ocorrida no pequeno município de Tupandi, aproveitando suas lições. É algo que já está ocorrendo e que precisa ser melhor orientado, para ganhar ainda maior amplitude.
Com a união dos 20 municípios do Vale do Caí, se pretende criar as condições para implantar a infraestrutura física e intelectual necessária para um desenvolvimento muito maior. Os municípios do Vale do Caí terão força para construir estradas (como já está acontecendo no caso da rodovia Transcitrus) e restaurar a navegação no rio Caí, que tornará o produto local muito mais competitivo.
Para tanto, se propõe, que o número de aviários e pocilgas instalados na região passe a ser de 10 mil e que toda uma estrutura esteja montada na região para tornar a produção local mais qualificada, mais segura e feita com menores custos. Em síntese, maior e mais competitiva.

91 - Instalações por município

Mais de dez mil aviários e pocilgas podem ser instalados no pequeno Vale do Caí

Numa estimativa modesta, estabelecemos como meta que Tupandi passe das atuais 400 instalações para 500. O que, na verdade, está muito aquém das suas possibilidades.
Para os outros municípios as metas são ainda mais modestas (considerando-se as suas disponibilidades de área e quantidade de propriedades rurais). Levou-se em conta outros fatores, como o interesse maior ou menor das administrações municipais no projeto e o fato de que os outros municípios não atingiram o grau de eficiência de Tupandi na implementação de instalações agropecuárias.

Ficam estabelecidas, assim, as metas para cada município da região. O prazo é de dez anos.
O primeiro número após o nome do município corresponde ao número de propriedades rurais existentes no mesmo.
A letra revela a sua situação quanto à distância das empresas integradoras (Doux, Agrosul, Naturovos, Cooperativa de Harmonia), sendo que a letra A representa a menor distância e C a maior.
O número seguinte indica a área do município em quilômetros quadrados.
E o último número (grifado) respresenta a meta de instalações para o município.

Montenegro 2.408 A 416 1.400
São Sebastião do Caí 1.171 A 111 800
Pareci Novo 517 A 58 550
São José do Sul 477 A 67 550
Harmonia 549 A 48 550
Maratá 628 B 78 500
Brochier 1.175 B 113 700
São José do Hortêncio 522 B 56 350
Tupandi 493 B 59 500
Salvador do Sul 911 B 90 700
Capela de Santana 467 B 182 300
Feliz 979 B 182 600
Bom Princípio 870 B 90 500
Linha Nova 442 B 66 250
Vale Real 492 B 53 250
Alto Feliz 564 C 81 200
São Vendelino 250 C 39 100
São Pedro da Serra 330 C 35 150
Barão 1097 C 118 700
Portão 1054 C 157 700

Total da região 10.350

Trata-se aqui de uma estimativa, que pode ser muito alterada de acordo com a vontade política das administrações municipais.
Tupandi, certamente, vai superar em muito a meta estabelecida, pois no ano de 2009 foram instalados em torno de 40 novos aviários e pocilgas. A continuar neste ritmo, a meta estabelecida para o município (500) será atingjda em 2010.



90 - Dióxido de carbono

O Cluster Vale do Caí poderá dar significativa contribuição para a diminuição da poluição e do efeito estufa

O dióxido de carbono, ou anidrido carbônico, ou gás carbônico é um composto químico constituído por dois átomos de oxigénio e um átomo de carbono. O dióxido de carbono foi descoberto pelo escocês Joseph Black em 1754 e a sua representação química é CO2

Estruturalmente o dióxido de carbono é constituído por moléculas de geometria linear e de carácter apolar. Por isso as atracções intermoleculares são muito fracas, tornando-o, nas condições ambientais, um gás. Daí o seu nome comercial gás carbônico.

O dióxido de carbono é essencial à vida no planeta, pois é um dos compostos necessários para a realização da fotosíntese. Mas a sua excessiva presença na atmosfera vem causando um sério problema, que é o aquecimento global. Fenômeno que se estima ser capaz de causar grandes transtornos para a humanidade.

Por isto existe uma mobilização cada vez maior no sentido de evitar a liberação de CO2 na atmosfera.

O Cluster Agroindustrial de Alimentos do Vale do Caí dará uma enorme contribuição para a redução deste tipo de emissão, pois ele prevê a implantação de 10 mil aviários e pocilgas produzindo carnes para o mundo, com alta eficiência, economia e apuro tecnológico. E uma das características marcantes do projeto é o total aproveitamento dos escrementos dos animais (e outros resíduos orgânicos) para a produção de adubo e energia através de biodigestores. Devido à grande escala, torna-se perfeitamente viável a produção de energia elétrica ou de biogás em escala comercial. Assim, os detritos que poderiam representar grave problema ecológico (com a contaminação do lençol freático) passam a ser úteis e rentáveis.

Outro grande problema dos detritos animais é a liberação do CO2. Deixado ao tempo, os escrementos dos animais liberam o gás carbônico para a atlmosfera e isto ocorre em milhões de pocilgas e aviários existentes pelo mundo afora.

A produção racional e ecologicamente correta dentro do Cluster Agorindustrial do Vale do Caí irá substituir a produção feita de modo danoso.

Os consumidores vão preferir o produto que tem esta vantagem e organismos internacionais preocupados com a preservação do meio ambiente irão apoiar a implantação do projeto.

Com o tempo, a tecnologia desenvolvida no Cluster do Vale do Caí será usada em outros países e as conseqüências benéficas para a preservação do planeta serão significativas.



89 - 500 visitantes

Através deste blog, as idéias do Cluster Vale do Caí chegam a estudiosos do mundo inteiro

O interesse pelo Cluster Vale do Caí aumenta dia a dia. Chegamos agora a mais de 20 postagens em um só dia. O que não é pouco, quando se trata de um assunto tão especializado. Hoje, digitando-se no google as palavras cluster agroindustrial, a primeira opção apresentada é o nosso Cluster Vale do Caí.
Isto mostra a força da idéia que aqui é defendida.
Mestres em economia têm recomendado o nosso endereço nos seus blogs e, com isto, ele vem ganhando mais visitantes, inclusive no exterior.
Falta, talvez, que mais pessoas se liguem a esta idéia no Rio Grande do Sul e na própria região do Vale do Caí.
Mas, de qualquer forma, a semente está lançada e vinga vigorosamente. Foram necessários quase meio ano de trabalho, com 88 postagens, para chegarmos ao atual número de 500 visitantes. Muitos dos nossos visitantes se tornaram assíduos e isso tem garantido uma média superior a 30 visitas diárias.
Isto significará que a idéia do Cluster Agroindustrial do Vale do Caí já é uma idéia fervilhante no meio daqueles que pensam, e planejam, o desenvolvimento econômico sustentável.
O próximo passo será fazer com que os principais agentes de planejamento (prefeituras, governos estadual e federal, associações de municípios, universidades, empresas, entidades de classes...) se engagem na idéia e ela passe para a fase de execução. Mas tudo tem de acontecer ao seu tempo e pode se dizer que o processo já começa a ganhar aceleração.

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

88 - O aspecto ecológico

A riqueza proporcionada pelo cluster ajudará a preservar a exuberante natureza que ainda se encontra intacta na região

O Cluster Agroindustrial do Vale do Caí, uma vez que chegue a ser completamente implantado, trará enormes vantagens. E não apenas para o desenvolvimento da região e para a melhoria das condições de vida do povo local.
Usando de todos os recursos possíveis para aumentar a produtividade, reduzir custos e garantir qualidade, o Cluster estará, em primeiro lugar, proporcionando bons alimentos a preços acessíveis, com condições de atender as necessidades de qualquer país do mundo.
Mas é muito interessante notar que o cluster também trará grande benefício do ponto de vista ecológico.
A produção de carnes no Vale do Caí, com o Cluster na sua plenitude, não causará dano ao meio-ambiente. Pelo contrário: irá proporcionar um grande benefício. Em muitos países do mundo a carne é produzida de forma precária e os escrementos dos animais (especialmente os dos suínos), quando deixados ao ar livre, liberam enorme volume de gás carbônico para a atmosfera. No Cluster isto não irá acontecer devido à utilização de biodigestores. Com eles o gás é queimado para transformar-se em energia. Uma energia, por sinal, muito mais limpa que a gerada pela queima do carvão ou do petróleo.
Utilizando ferrovias para trazer o milho, soja e outros componentes da ração animal para a região do cluster e a navegação para transportar a carne aos seus locais de consumo, também se estará usando meios de transportes muito mais corretos, do ponto de vista ecológico, do que os caminhões que geralmente são empregados nos atuais processos de produção.
A produção de carnes nos 10 mil aviários e pocilgas que deverão, um dia, fazer parte do Cluster do Vale do Caí, substituirão muitas outras instalações que, ao redor do mundo, produzem de forma precária e danosa ao meio-ambiente.
Além disto, com o grande lucro proporcionado pela produção de carnes dentro do sistema do cluster, será possível cuidar bem da belíssima região do Vale do Caí e do seu magnífico rio. Situada junto a grandes áreas metropolitanas (Grande Porto Alegre e Caxias do Sul) o Vale do Caí poderá ser conservado como um verdadeiro parque. A produção de carnes em aviários, pocilgas, açudes e estábulos não exige muito espaço e também não faz uso intensivo de mão de obra.
O cluster poderá possibilitar, portanto, que o Vale do Caí continue com população relativamente escassa e a natureza seja zelosamente preservada.

sábado, 7 de novembro de 2009

87 - Distâncias

O Vale do Caí é pequeno e os municípios que o compõem estão, cada vez mais, conectados por uma moderna rede rodoviária

Não existem fontes totalmente confiáveis sobre as distâncias entre as sedes municipais da região.As informações atualmente encontradas na internet não são coerentes. Visando suprir esta carência, começamos aqui uma pesquisa, para a qual pedimos a colaboração dos nossos leitores no sentido de corrigir e complementar.
Caí - Porto Alegre: 66 km
Bom Princípio - Caí: 10 km (Bom Princípio - Porto Alegre: 76 km)
Bom Princípio - São Vendelino: 11 km (São Vendelino - PA: 87 km)
Bom Princípio - Feliz: 6 km (Feliz - Porto Alegre: 82 km)
Feliz - Alto Feliz: 11 km (Alto Feliz - Porto Alegre: 93 km)
Feliz - Vale Real: 13 (Vale Real - Porto Alegre: 95km)
Feliz - Linha Nova: 12 km (Linha Nova - Porto Alegre: 94 km).
São José do Hortêncio - Caí: 17 km (São José do Hortêncio - PA, via Caí: 83 km)
Harmonia - Caí: 8 km (Harmonia - Porto Alegre: 74 km)
Pareci Novo - Caí: 8 km (Pareci Novo - Porto Alegre: 74 km, pelo Caí)
Tupandi - Bom Princípio: 8 km (Tupandi - Porto Alegre: 84 km)
Tupandi - Harmonia: 4 km (Tupandi - Porto Alegre: 78 km, pelo Caí)
Montenegro - Porto Alegre: 66 km
Montenegro - Brochier: 25 km (Brochier - Porto Alegre, via Montenegro: 91 km)
Brochier - Maratá: 6 km (Maratá - Porto Alegre, via Montenegro: 97 km)
Salvador do Sul - Montenegro: 36 km ( Salvador - PA via Montenegro: 102 km)
Salvador do Sul - Tupandi: 11 km (Salvador - Porto Alegre via Bom Princípio: 95 km
Salvador do Sul - Harmonia: 14 km via São José do Sul e 15 km via Tupandi.
Salvador do Sul - Caí, via São José do Sul: 22 km (Salvador do Sul - PA, via Caí: 88 km)
São Pedro da Serra - Salvador do Sul: 2 km
Barão - Salvador do Sul: 9 km
Tupandi - Salvador do Sul: 11 km
Tupandi - Harmonia: 4 km
Tupandi - Bom Princípio: 8 km
São José do Sul - Harmonia: 7 km
São José do Sul - Montenegro: 29 km
São José do Sul - Salvador: 7 km
Caí - São Leopoldo: 33 km.
Portão - Porto Alegre: 48 km
Portão - Caí: 17 km
Portão - São Leopoldo: 16 km
Pareci Novo - Caí: 8 km (Pareci Novo - PA, via Caí: 74 km)
Pareci Novo - Montenegro: 8 km (Pareci Novo - PA, via Montenegro: 74 km)

A distância de Montenegro ou do Caí até o Porto de Rio Grande é de 375 quilômetros (por via rodoviária).

86 - Consórcio dos Muncípios

A construção da estrada Transcitrus é um marco inicial de uma nova era de cooperação dos municípios para a realização de grandes projetos

A união entre os municípios é fundamental para que sejam alcançados alguns objetivos fundamentais para impulsionar o progresso da região e do Cluster Agroindustrial de Alimentos do Vale do Caí. Principalmente naquilo que se refere a empreendimentos de porte, que precisam da participação do governo federal. Exemplo disto, são a retomada das condições de navegabilidade do rio Caí (principalmente com a reforma da ponte da estrada de ferro que impossibilita a navegação comercial com barcos de porte) e a integração da região à projetada ferrovia Ferrosul.
Felizmente, a região do Vale do Caí já deu um grande passo no sentido de integrar os esforços dos municípios no sentido de conseguir benefícios para a região.
O Consórcio Inteermunicipal do Vale do Caí foi criado para unir os municípios nas suas compras de remédios. Adquiridos em grandes quantidades, os remédios custam muito mais baratos. Os preços caem quase à metade. A partir deste sucesso, o Consórcio desenvolveu-se e vem alcançando outros objetivos importantes. Exemplo disto é o asfaltamento da rodovia Transcitrus (de 49 quilômetros, ligando Pareci Novo a Poço das Antas e, dali, ao Vale do Taquari e à região norte do estado - que é produtora dos grãos que compõem a ração das aves e suínos). As obras avançam rapidamente e há a expectativa de ficarem prontas no próximo ano.
O prefeito de Pareci Novo, Oregino Francisco, atual presidente do Consórcio Intermunicipal, destaca outras conquistas obtidas pela região graças ao consórcio, como o Sistema de Videomonitoramento, que obteve verba federal de R$ 15 milhões e vai aumentar as condições de segurança na região. Outros projetos importantes já estão em andamento, como o dos biodigestores, para o aproveitamento dos dejetos das criações de suínos, gerando energia e adubo. E também o da Usina Verde, que vai fazer o reaproveitamento do lixo sólido. Com estes projetos, tanto o lixo como os dejetos animais vão ser transformado em riqueza para a região.
Contar com este eficiente Consórcio Municipal é mais um diferencial em favor da região do Vale do Caí e uma importante ferramenta para fazer o Cluster Agroindustrial do Vale do Caí à sua plenitude.

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

85- Ferrosul

A ferrovia que ligará o porto de Rio Grande às regiões produtoras de soja deverá passar pelo Vale do Caí

O projeto da Ferrosul, ferrovia a ser implantada pelos estados do Mato Grosso do Sul, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul poderá ser extremamente benéfico para o desenvolvimento do Cluster Vale do Caí.
Conforme tem sido divulgado, a Ferrosul ingressaria no Rio Grande do Sul por Nonoai, no extremo norte do estado, dirigindo-se para Porto Alegre. Ela passaria por grandes regiões produtoras dos grãos (milho e soja) que são a base da ração para aves, suínos, bovinos e peixes que são produzidos no Cluster Vale do Caí.
A ferrovia seria moderna, com bitola dupla, possibilitando velocidades de 120 a 160 quilômetros por hora. Com isto, baixaria o custo de frete dos componentes da ração a ser utilizada nos aviários, pocilgas, tambos e açudes do Vale do Caí. Isso reduziria o custo na produção de carnes, ovos, leite, peixes do Cluster e tornaria estes produtos mais competitivos.

84 - Histórias do Vale

A história do Vale do Caí é exposta de forma ampla e dinâmica no blog Histórias do Vale do Caí

Neste blog é discutido, principalmente, o progresso futuro do Vale do Caí.
Caso você se interesse também em conhecer o passado da região (o que é fundamental para compreendê-la melhor), visite o blog Histórias do Vale do Caí (facilmente acessável pelo Google).

83 - Ciência é diferencial de produtividade

Universidades ligadas ao Vale do Caí já desenvolvem pesquisas importantes, que contribuem para o aprimoramento da produção de alimentos

A coordenadora do Laboratório de Ornitologia da Unisinos, doutora Maria Virgínia Petry, apresentou recentemente pesquisa realizada a respeito da passagem de aves migratórias pela região do Vale do Caí e os riscos que isto representa quanto à contaminação da gripe aviária. O estudo ajuda a prevenir contra estes riscos, dando mais segurança para a região neste aspecto.
É uma amostra do quanto a ciência pode ser útil para o desenvolvimento econômico da região.
Imagine-se a vantagem competitiva que tem uma regiao produtora de frangos que, através do apoio científico, consegue manter-se livre de um problema tão sério como é a gripe aviária.
Quando houver crise numa outra região afetada, a produção da região protegida ganhará mercado.
O Vale do Caí está cercado de Universidades, algumas delas com núcleos instalados na própria região. E começa a tirar proveito disto. Pesquisas destinadas diretamente a desenvolver as pesquisas visando impulsionar a produção local já estão sendo realizadas no núcleo regional da UCS. Assim, a possibilidade de desenvolvimento de tecnologia própria começa a se tornar um diferencial a mais em favor dos produtores da região. Nossas universidades estão acordando para a necessidade de desenvolver pesquisas que favoreçam a produção. Está passando o tempo em que o ensino superior era apenas livresco e teórico.