quarta-feira, 29 de junho de 2011

283 - Vale do Caí tem a melhor distribuição de renda no país

São Vendelino foi o primeiro entre os sete municípios da região que figuram entre os 50 melhores do país

Está até ficando monótono. Foi divulgada ontem, no jornal Zero Hora, mais uma estatística do IBGE que visa avaliar o grau de desenvolvimento humano nos municípios brasileiros. E o Vale do Caí, como sempre acontece em estatísticas deste tipo, brilhou mais uma vez.
Entre 5.568 municípios brasileiros, os municípios da região mostraram estar entre os que têm maior número de famílias nas classes alta e média (A, B e C e menos nas classes mais pobres (D e E, com renda familiar abaixo de R$ 1.200,00).
Dos 50 municípios que mais se destacaram na pesquisa, 29 são do Rio Grande do Sul, 19 de Santa Catarina e dois de São Paulo.
Nota-se perfeitamente que os municípios melhor classificados são aqueles que contam com produção de carnes (aves e suínos) ou de leite e seus derivados em regime de integração com grandes empresas integradoras.
No Vale do Caí, foram  sete os municípios que figuraram entre os 50 menos pobres do país. Como sempre, brilharam mais aqueles municípios que contam com mais aviários e pocilgas (aqueles que seguiram o modelo de crescimento criado em Tupandi, com forte incentivo da prefeitura à criação de aves e suínos). O caso de São Vendelino e Tupandi, que ficaram entre os dez melhores do país. O mesmo se pode dizer de Harmonia. Mas destacaram-se, também, alguns municípios do Vale do Caí que não se destacam tanto pela produção integrada de aves e suínos. É o caso de Vale Real e Feliz, cuja população se dedica mais ao trabalho na indústria e na prestação de serviços (comércio etc). Isto mostra que as indústrias que pagam bons salários também ajudam a tirar a população da pobreza.
Um aspecto interessante da pesquisa é a constatação de que nenhum município do Vale do Caí se destacou por contar com muitas famílias das classes mais ricas (A e B, com renda familiar acima de R$ 5.174,00). Talvez porque municípios como São Vendelino, Tupandi e Harmonia se emanciparam há pouco tempo e sua população, antes muito pobre, não teve tempo ainda de chegar à riqueza. Criando aves e suínos, centenas de famílias da região saíram da pobreza, mas não ficaram ricas.
De qualquer forma, essa é mais uma pesquisa a confirmar aquilo que fica cada vez mais evidente: na maioria dos aspectos, o Vale do Caí é a região mais desenvolvida do país.
Como sempre acontece, não foram os municípios maiores, Montenegro  e Caí que se destacaram na pesquisa. Eles contam com considerável população pobre, ao contrário do que acontece nos municípios destacados na pesquisa.

sexta-feira, 24 de junho de 2011

282 - Polo Tecnológico Agroindustrial de Alimentos do Vale do Caí (PoloTec Alimentos)

Empresas, como a Cooperativa Ouro do Sul, terão o seu desenvolvimento incentivado pelo PoloTec Alimentos

O secretário municipal do desenvolvimento, Alzir Bach, teve muito contato com a prefeitura de Campo Bom no tempo em que o atual deputado Giovane Feltes era prefeito daquele município. Tomou contato, então, com um projeto lá desenvolvido com grande sucesso: o do parque tecnológico do Vale do Sinos, VALETEC.
Com apoio do prefeito Darci Lauermann, Alzir está empenhado em desenvolver projeto semelhante no Vale do Caí e, para tanto, conta com a colaboração da AMVARC e CORED, entidades que reúnem os municípios da região. E, assim como a FEEVALE engajou-se no projeto da VALETEC, a UNISC E A UCS estão contribuindo para o desenvolvimento do projeto semelhante que está sendo planejado para a região, que poderá chamar-se Polo Tecnológico Agroindustrial de Alimentos do Vale do Caí. Isto porque a produção de alimentos, tanto no plano agropecuário como no industrial, já é hoje a principal fonte de riqueza do Vale do Caí. Aqui já existem milhares de aviários e pocilgas, além de empresas como a Doux, Oderich,  Agrosul, Naturovos, Ouro do Sul, Ecocitrus e outras   do mesmo setor.
Juntamente com Jacob Selbach, que presta assessoria a estas entidades, Alzir elaborou um pré-projeto do Parque Tecnológico do Vale do Caí.
O objetivo é prestar apoio ao desenvolvimento de empresas na região. No caso da VALETEC, isso inclui a criação de distritos industriais e de grandes incubadoras de empresas. Tudo com apoio do Governo Federal, que dispõe de verbas para financiar projetos deste tipo.
A produção de alimentos no Vale do Caí já tem expressão mundial, pois suas empresas exportam para mais de cem países.
Por isso, o projeto que está sendo elaborado não é para coisa pequena. Pensam os seus articuladores não na criação de um distrito industrial, mas sim de uma cidade industrial, seguindo modelo já concretizado em Curitiba. Além, é claro, do desenvolvimento maior da produção de alimentos nas pequenas propriedades rurais. Tudo com o uso de tecnologias de ponta, que tornarão a produção do polo ainda mais competitiva a nível mundial.

quinta-feira, 23 de junho de 2011

281 - Dias melhores para os produtores de alimentos

O ministro da Agricultura da França, Bruno Le Maire, recebe  e o presidente do Banco Mundial, Robert Zoellick, participaram das negociações
Veja.com deu destaque a um acordo firmado entre as principais economias mundiais no sentido de aumentar a produção de alimentos no planeta. Um meio de evitar a escassez de alimentos. O acordo poderá ser muito proveitoso para o Vale do Caí, uma das regiões do mundo com melhores condições para produzir carnes e outros alimentos.


"O governo brasileiro viu com bons olhos o acordo aprovado pelo G20 nesta quinta-feira para tentar conter a expressiva volatilidade dos preços das commodities agrícolas. De acordo com nota divulgada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), as novas diretrizes não significam controle de preços – possibilidade que chegou a ser cogitada no passado por alguns integrantes do bloco, sobretudo os europeus –, mas sim melhores condições para ampliar a oferta de alimentos.
“Isso (o novo acordo) não significa que venhamos a controlar os preços”, disse o ministro da agricultura, Wagner Rossi. “O único mecanismo que existe para reduzir os preços é ampliar a oferta de alimentos”. Rossi desembarcou em Paris nesta terça-feira para participar das reuniões do G20 – a primeira com titulares das pastas de agricultura de todos os países do grupo, que respondem por 85% da produção agrícola mundial.
A decisão coincide com a posição do governo brasileiro, que é favorável à criação de instrumentos que ajudem a garantir a segurança alimentar “Estamos dispostos a ampliar a nossa participação na oferta de alimentos, em condições justas, mas sem imposição de barreiras”, argumentou Rossi.
Para o ministro, a especulação é uma das grandes vilãs do alto preço das commodities. “Não se deve deixar  pontas soltas porque uma financeirização das commodities pode gerar especulação”, admitiu.
O Brasil tem se destacado pela defesa de uma regulação mais eficiente das transações financeiras que têm como base contratos que envolvem produtos agrícolas, pois estes tendem a aprofundar tendências de alta ou de baixa das cotações que são intrínsecas a esta atividade – em suma, essas operações ampliam a volatilidade dospreços. Da mesma forma, o país é ferrenho opositor de propostas para o controle de preço, como imposição de limites e formação de estoques reguladores, pois esses instrumentos, em última instância, poderiam inibir a produção. Ampliar a oferta é tida pelo governo brasileiro como fator crucial para solucionar a crise existente hoje no segmento.
Outro fator benéfico do acordo ao Brasil é o fato de que o país é um dos poucos do mundo com condições de ampliar a oferta de produtos agrícolas para abastecer o mercado interno e também garantir suprimento a outros mercados. Atualmente, o Brasil destina parte do seu excedente agrícola a 180 países. “Quando há competição justa, o país ganha nove em cada dez disputas”, apontou Rossi."

280 - Vinho gaúcho ganha o mundo

A vinícola Don Guerino, em Alto Feliz, é a principal produtora de vinhos no Vale do Caí
Conforme informa Maria Isabel Hammes, no Informe Econômico de Zero Hora, o vinho produzido na Serra Gaúcha está ganhando cada vez mais compradores no exterior. Na recente feira Vinexpo 2011, realizada em Bordoux, França, muitos novos clientes foram conquistados. No primeiro trimestre desse ano, as exportações brasileiras de vinhos engarrafados cresceram 144 % em comparação com o ano passado. Os vinhos brasileiros já são exportados para 29 paises.
A produção de vinho se enquadra no Cluster Agroindustrial de Alimentos do Vale do Cai. A principal vinícola da região é a Don Guerino

domingo, 19 de junho de 2011

279 - 10 mil visitantes de 60 países

Até em Liechtenstein, internautas se interessaram em conhecer o Cluster Vale do  Caí
No dia de hoje nosso blog recebeu o seu visitante n° 10.000. Internautas de 60 países do mundo se interessaram em fazer contato com o nosso blog.
Considerando-se que o assunto aqui abordado é muito específico e de pouca popularidade (o plano estratégico de desenvolvimento para o Vale do Caí), pode se considerar que tal aceitação é um sucesso notável.
Iniciado pouco mais de dois anos, em 23 de maio de 2009 já deu grandes passos no sentido da formulação do plano de desenvolvimento e hoje começa a criar condições para que, da fase de planejamento, se evolua para a fase de execução.

278 - Um produtor apenas, produzirá 1,8 milhão de quilos de frango por ano

O prefeito e representantes do Sicredi e Granja Pinheiro visitaram o local dos futuros  aviários de  Rudinei  Brandão
A prefeitura do Caí está interessada em desenvolver a avicultura no município. Segue o exemplo de Tupandi, que tornou-se o município mais desenvolvido da região (e do pais) graças à receita extraordinária que os aviários proporcionam para os produtores e, também, para as prefeituras.
A política de incentivo à avicultura e suinocultura já está dando resultados. E não são pequenos.
Um único produtor caiense vai produzir 1,8 milhões de quilos de frango por ano. Dono de uma pequena propriedade rural na localidade de Campestre de Santa Terezinha, Rudinei Brandão já é experiente na produção de frangos.
Há três anos ele construiu dois aviários, nos quais ficam alojados 30 mil frangos.
Agora ele construirá quatro aviários novos - maiores e mais modernos - nos quais irá alojar mais 120 mil frangos.
Assim Rudinei, que tem 36 anos de idade, irá se tornar o maior produtor de frangos do município. O que não é pouca coisa, pois a produção de frangos é uma das atividades mais importantes na região.
Ao longo do ano, a produção de frangos de Rudinei alcançará o valor de R$ 3 milhões. E o retorno de impostos que a prefeitura terá, só com esse produtor, será equivalente ao de grandes empresas do município. A produção nos quatro novos aviários de Rudinei deve começar em janeiro e, com isso, no próximo ano os seus seis aviários terão uma produção tão grande (1,8 milhões de quilos de frango por ano) que a sua propriedade figurará entre os cinco maiores geradores de impostos para a prefeitura (atrás apenas da Oderich, Agrosul e poucas outras empresas). Os benefícios, portanto, se estenderão a toda a população caiense através das obras e serviços da prefeitura.
O investimento que está sendo feito por Rudinei é muito elevado e ele se tornou possível graças ao apoio financeiro do Sicredi e da Granja Pinheiro, empresa integradora sediada no município de Presidente Lucena, para a qual Rudinei fornece frangos há três anos.
O apoio da prefeitura foi, também, fundamental e este sucesso demonstra que ele se tornou mais eficiente depois que foi contratada a assessoria de Walmor Sicorra (ex-secretário da agricultura de Tupandi). Com estes, já são cinco os grandes aviários encaminhados desde a contratação de Sicorra. E outros já estão em andamento.

277 - Custo Brasil não é só transporte

Gastos com burocracia são componentes importantes dos custos da produção
O Vale do Caí já é a região mais desenvolvida do país. Seus habitantes têm de se conscientizar disso para que pensem grande e se animem a empreender novas conquistas. Para que ousem invar de forma pioneira e, desta forma, ajudem a região a destacar-se mais ainda. Fazer aquilo que os outros consideram impossível é a essência do progresso.
Jã há um início de trabalho visando a implantação da navegação até o porto de Rio Grande. Projeto que, se for bem sucedido, fortalecerá em muito a competitividade das empresas e produtores rurais da região. 
Mas não é só a falta de boa infraestrutura de transportes que tem atrapalbado o progresso econômico do país. É o que sugere o seguinte artigo que resumimos de matéria publicada no Veja.com, baseada em conteúdo produzido por o Estado de São Paulo:





"Custo Brasil não deixa PIB dobrar, diz estudo

Por Márcia De Chiara



São Paulo - O Brasil poderia mais que dobrar o Produto Interno Bruto (PIB) por habitante, dos atuais US$ 10 mil para US$ 21,6 mil, e atingir níveis de países como Coreia do Sul e Portugal, se reduzisse as ineficiências que tiram a competitividade do País, aponta estudo da LCA Consultores.
"Falta de infraestrutura e complexidade do sistema tributário, que exige 2.600 horas por ano das empresas só para pagar impostos, dividem o primeiro lugar no pódio dos principais obstáculos para ampliar a competitividade", diz o economista responsável pelo estudo, Bráulio Borges.
Além da conhecida falta de infraestrutura, estão nesse rol o tempo gasto pelas empresas para pagar impostos, a carga tributária sobre o lucro das companhias, o tempo para fazer valer o cumprimento dos contratos, o custo para exportar e o tempo para lidar com licenças em geral, sejam elas de ordem ambiental ou um simplesmente um "habite-se" para que a moradia.
O economista explica que, para calcular o PIB per capita "perdido" pelo Brasil, levou em conta informações disponíveis do Banco Mundial, do Fundo Monetário Internacional e do Fórum Econômico Mundial para um grupo de 131 países. Concluiu que, se o Brasil tivesse indicadores para esses seis quesitos equivalente à média desse grupo de países, conseguiria agregar US$ 11,6 mil ao PIB per capita anual.
Tempo
As 2.600 horas por ano que as empresas brasileiras gastam para cumprir o rito da burocracia no pagamento de impostos faz do País o campeão mundial nesse quesito, ante uma média 284 horas para esse grupo de 131 países. Essa ineficiência reduz em US$ 8,1 mil o PIB per capita do Brasil em relação à média dos 131 países, destaca Borges.
Apesar de não ter essa ineficiência traduzida em números, as empresas sentem na prática o impacto da burocracia. 
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo."
Diminuir este custo burocrático é um desafio, não só para as empresas como também para os escritórios contábeis da região. E o Vale do Caí tem excelentes escritórios de contabilidade e consultoria, como a EZA, de Zenon Koch da Silva. Primeira do ramo, no estado, a contar com a certificação ISO 9001.
Se os custos com a burocracia são tão elevados, oferecer soluções para a diminuição dos mesmos é uma ótima oportunidade de negócios. E, se o Vale do Caí se destacar também nisso, será mais um diferencial a nosso favor.

sábado, 18 de junho de 2011

276 - Aeropoto Internacional no Portão



Com área de 1.600 hectares, o novo aeroporto poderá ter pistas longas, com capacidade para receber os maiores cargueiros do mundo, como o Antonov 
An-225 Mriya

O futuro aeroporto poderá ter pistas com capacidade para receber aviões como o Airbus 380, maior avião de passageiros do mundo
O município de Portão, que faz parte do Vale do Caí (limítrofe com Capela de Santana e São Sebastião do Cai) pretende tornar-se a principal porta de entrada (e saída) do Rio Grande do Sul. Para tanto, lideranças políticas e empresariais do municipio estão propondo a construção de um grande aeroporto no interior do município (junto à divisa com Capela de Santana). 
Para tanto, está sendo oferecida uma área de 1.600 hectares. Espaço mais do que suficiente para a construção de um aeroporto com pistas longas e largas, capazes de receber os maiores aviões do mundo. Situado bem perto de Nova Santa Rita e do Velopark, o aeroporto ficará muito próximo de Porto Alegre, com acesso pela futura Rodovia do Parque (em contrução). O lugar é ideal, por estar situado dentro da área metropolitana de Porto Alegre e próximo às principais rodovias do estado: BR-116 (ligação de Porto Alegre com o Vale do Sinos), RS-122 (que liga Porto Alegre a Caxias do Sul) e BR-386 (a Tabaí-Canoas, que liga a capital ao centro e norte do estado).
O aeroporto terá capacidade para receber os maiores aviões do mundo, devido à extensão e largura das suas pistas e será ideal, portanto, para o transporte de cargas.
A implantação deste aeroporto será um diferencial a mais para o Vale do Caí, diminuindo o custo do transporte das suas mercadorias exportáveis.
Um grande aeroporto (com pista longa e larga) é como um grande porto. São os únicos capazes de receber aviões de grande porte e com carga mais pesada. Estes aviões gigantes, assim como os grandes navios, proporcionam redução no custo do transporte de cargas.
A existência deste aeroporto fará com que a região tenha maior competividade nas suas exportações. A distância do aeroporto ao Caí é de 20 km, em linha reta. Montenegro fica a 15 km e Capela de Santana a 10 km (até a sede do município). Porto Alegre ficará a 22 km do local.
O aeroporto Salgado Filho enfrenta  problemas para a sua expansão e não pode receber os maiores aviões (ainda mais se estiverem com a carga máxima). Além disso, o aeroporto de Porto Alegre tem muitos problemas devidos aos  nevoeiros frequentes, que se devem à proximidade com o Guaíba.

quinta-feira, 16 de junho de 2011

275 - Dilma vem ao Rio Grande para a posse de Heitor Müller

Heitor foi a Brasília para convidar a presidente
Nascido em Tupandi, filho de importante comerciante e líder local, Heitor Müller desenvolveu suas atividades em Montenegro. Inicialmente, como contabilista, depois como empresário da indústria. Participou da criação da Frangosul e tornou-se seu princpal dirigente. Depois de vender esta empresa para a Doux, Heitor implantou as empresas Agrogen e Novagro, em Montenegro e assumiu o comando de outros grandes negócios fora da região. Presidiu entidades do setor avícola.
Eleito presidente da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul, o tupandiense/montenegrino vai assumir o cargo no próximo dia 14 de julho e hoje se anuncia que a presidente Dilma Rousseff virá ao estado para assistir à sua posse. O que dá uma idéia da grandeza desta instituição e da importância do papel que Heitor Müller tem a desempenhar na história e no desenvolvimento do estado.

terça-feira, 14 de junho de 2011

274 - Dinheiro do PAC para melhorar o porto de Rio Grande

340 milhões serão investidos na melhoria do porto
Após sair da reunião com a ministra do Planejamento, Miriam Belchior, no início da tarde desta terça-feira (14), o secretário de Infraestrutura e Logística, Beto Albuquerque, confirmou direto de Brasília, que está garantido, por meio do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), o repasse de R$ 340 milhões para investimentos no Porto de Rio Grande. A obra ocorrerá em três etapas.
Os recursos serão aplicados na reformulação do Porto Novo, em Rio Grande, que é uma área pública. "Vamos construir 1.125 metros de cais, novo e reforçado, realizar a dragagem, para que possamos ter 16 metros de profundidade do calado como no super porto, além de executarmos uma obra na retroarea do cais em construção."
Beto comemorou a inclusão das obras no PAC que, segundo ele, é essencial para o Rio Grande do Sul, pois agrega uma competitividade ainda maior ao Porto de Rio Grande. O secretário também lembrou a parceria com o Governo Federal que durante a gestão Lula realizou o alongamento dos Molhes, o aprofundamento do calado do Porto e, agora, garante mais investimentos.
O secretário de Infraestrutura também reiterou à ministra Miriam Belchior, a importância dos projetos do Governo gaúcho de balizamento da hidrovia Porto Alegre- Rio Grande para navegação noturna e para construção de cais e terminar turístico no porto de Porto Alegre. "Estamos lutando para incluir essa agenda que, infelizmente, não foi inserida no plano para a Copa do Mundo, definido em 2010", disse. Na avaliação do secretário, com a decisão do Executivo gaúcho de fazer essas obras, o Governo Federal certamente entenderá a importância destes investimentos e aportará os recursos necessários.
Pela manhã, o secretário reuniu-se com o ministro de Portos, Leônidas Cristino, e nesta quarta-feira trata da federalização de algumas rodovias gaúchas com o ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento.

Texto: Tafael Medeiros

sexta-feira, 10 de junho de 2011

273 - O Vale do Caí tem os melhores índices de alfabetização do país

Censo do IBGE mostrou que Feliz é o número um do estado, em alfabetização
Em todos os municípios brasileiros, mesmo naqueles que mais investem na educação, existem analfabetos. 
Algumas dessas pessoas são muito idosas, nascidas numa época em que a educação era menos valorizada. Outras vieram de fora, vindas em municípios mais atrasados. Outras pessoas apresentam deficiências físicas ou mentais que as impedem de aprender a ler e escrever.
Infelizmente, o Brasil é um país ainda bastante atrasado neste aspecto.  Mas, felizmente, o Vale do Caí é uma exceção.  Vários municípios da nossa região estão entre os mais alfabetizados do pais e apresentam números que não fazem feio mesmo na comparação com os países de primeiro mundo. Fato que confirma aquilo que já vem sendo percebido há tempo: o Vale do Caí é uma das regiões mais desenvolvidas do pais. Fato que já vem sendo percebido há mais tempo e que levou a revista Veja a publicar reportagem mostrando o nosso Vale do Caí como sendo o Vale da Felicidade.
Segundo o censo do IBGE realizado em 2010 e agora divulgado, o município de Feliz é o que apresenta menor índice de analfabetismo. É o primeiro colocado entre os 5.560 municípios brasileiros.
Menos de 1% dos felizenses (0,95 %) são analfabetos. Um índice 10 vezes menor do que o do país como um todo.
Mas, no nosso vale, não é apenas Feliz que se destaca pelos baixos índices de analfabetismo.
São Vendelino é o terceiro município brasileiro com menor índice de analfabetismo: 1,17 %
O jornal Zero Hora publicou matéria de página inteira, na sua edição de sábado, mostrando o destaque do Rio Grande do Sul em relação ao restante do país.
Na lista dos 20 municípios melhor classificados no pais (na verdade, 23, pois ocorrem alguns empates), aparecem 14 do  Rio Grande do Sul. O que é notável. 
Mas é mais extraordinário ainda o fato de que  seis destes municípios são do Vale do Caí. 
Além da Feliz, em primeiro lugar, aparecem São Vendelino em terceiro, São José do Hortêncio em sexto e Pareci Novo em décimo. Portanto, dos dez municípios  brasileiros melhor classificados, quatro são do Vale do Caí. E aparecem ainda, entre os vinte primeiros classificados do país o municipio de Tupandi, no 15ª lugar. São, portanto, cinco municípios da região entre os 20 melhores do país.
Ou mais. Três outros municípios que constam entre os vinte primeiros pertencem à bacia hidrográfica do Vale do Caí: Morro Reuter, Ivoti e Santa Maria do Herval.  Estes municípios, por serem próximos a Novo Hamburgo e São Leopoldo, são incluídos (erradamente) na região do Vale do Sinos. Se os incluirmos, são oito municípios do Vale do Caí na relação dos 20 mais alfabetizados do país. Um fato quase inacreditável, se considerarmos que a população da nossa região representa menos de  um milésimo da população brasileira.

terça-feira, 7 de junho de 2011

272 - População dos municípios do Vale


Os números definitivos do censo do IBGE, relativos ao ano de 2010,
foram divulgados ontem. Baseado neles, o Fato Novo fez um
comparativoentre a população de 2010 com a do ano 2000. Ano
em que foi feito o recenseamento anterior.
Constata-se assim (como pode ser visto na tabela anexa), que o
município de Tupandi foi o que teve a sua população mais aumentou
a sua população neste período de dez anos. Depois dele, os que
mais cresceram foram Bom Princípio e São José do Hortêncio.
O crescimento populacional nem sempre é um dado positivo. Existem
países, ou municípios, nos quais a população cresce muito, mas a
riqueza criada por eles não cresce no mesmo ritmo. A conseqüência
disto é que a população se torna mais pobre. Mas este, felizmente,
não é o caso de Tupandi.
Como os leitores do Fato Novo sabem muito bem, passou por um
fantástico processo de desenvolvimento econômico. Caso raro.
Talvez único no mundo. A renda da população, depois da
emancipação do município passou de 700 dólares anuais por
pessoa para mais de 30 mil.
Também de Bom Princípio e São José do Hortêncio se pode
dizer algo semelhante aconteceu. Nenhum dos dois municípios
teve crescimento econômico tão rápido e intenso como o de Tupandi.
Mas ambos tiveram crescimento econômico muito satisfatório e a sua população, evidentemente, desfruta hoje de situação econômica bem
melhor do que no passado.
Salvador do Sul é um caso único de decréscimo populacional. O que
não deve ser encarado como um mau sinal. O que interessa para um município não é que ele cresça em população. O importante mesmo
é que melhore a renda e as condições de vida da população.

sábado, 4 de junho de 2011

271 - Daniel Fink teve papel importante na organização da missão gaúcha à Coréia

Daniel Fink, à esquerda na foto acima, ajudou a organizar a missão  gaúcha à  Coréia
O governador Tarso Genro, liderando grande comitiva de empresários e lideranças gaúchas visitou a Coréia visando atrair investimentos e promover acordos com o governo e empresas coreanas. O caiense Daniel Fink, que estuda aaquele país fazendo cursos de pós graduação teve importante papel na organização desta missão. O jornal Zero Hora registrou o fato, com as seguintes palavras:
"Dois gaúchos que participaram da missão foram fundamentais para a organização: Daniel Fink, da Embaixada do Brasil, e Luiz Felipe Maldaner, do Banco do Brasil. Fink marcou bom parte dos encontros."
Seguindo os passos de Daniel, seu irmão Bruno (na foto `direita) também estuda na Coréia. Eles estão no lugar certo. Conforme disse o reitor da Unisinos, Marcelo Fernandes de Aquino, depois de uma visita ao oriente, "o século 21 está ocorrendo na Coréia e temos de ir lá para ver o que está acontecendo." 
Daniel e Bruno já foram antes.

quarta-feira, 1 de junho de 2011

270 - O que pensa Marcos Oderich

Marcos Oderich: um expert em exportação
Marcos Oderich, um dos principais empresários do Vale do Caí, concedeu entrevista ao site Global 21:

Marcos Oderich: O desafio da ALCA: Brasil já está mapeado pelos Estados Unidos e nós ainda não sabemos nada deles
A cultura exportadora brasileira ainda é amadorista. No fundo, o empresário tem medo de cruzar a fronteira e, por isto, não encara o negócio internacional como uma fonte de renda. As constatações são de quem venceu este desafio. Um bem-sucedido exportador da área de alimentos que, apesar de já vender em dezenas de mercados no exterior, faz questão, até hoje, de ir pessoalmente prospectar os novos clientes seja em lugares como a Coréia, África do Sul ou Jamaica. É o empresário Marcos Oderich, dono das Indústrias Oderich, que produz 70 mil toneladas por ano de 200 tipos diferentes de produtos de frangos, suínos, salsichas e legumes. Ele é também presidente do Sindicato das Indústrias de Alimentação do Estado do Rio Grande do Sul, e revela que o segredo é saber quem são os concorrentes e atender ao grau de exigência do comprador. Nesta entrevista ao Global 21, preocupado com o que vem pela frente com a chegada da ALCA - Área de Livre Comércio das Américas -, Marcos Oderich propõe um levantamento das condições dos competidores norte-americanos. A esta altura, o Brasil já está todo mapeado por eles, garante o empresário.

G21 - Enquanto uns se esforçam para "chegar lá", os produtos da sua empresa já são vendidos em várias partes do mundo. Qual a receita para obter sucesso no exterior?
Marcos Oderich
: É preciso atender às especificidades de cada cliente. O gosto dele é que deve prevalecer. No nosso caso, temos laboratórios de Físico-química e Microbiologia que funcionam de forma permanente dentro das fábricas. É onde promovemos as adequações e lançamentos das novas linhas de produtos. Hoje, vendemos para o Japão, Coréia, Dinamarca, países do Oriente Médio - Jordânia, Arábia Saudita, Egito e Síria -, África do Sul, Rússia, Marrocos, países da América Central - Porto Rico, Costa Rica, Guatemala, Panamá, Jamaica, Barbados -, países do Mercosul, mais Chile e Bolívia e também para a Austrália e Filipinas. Para cada lugar, é um trabalho de produção diferente, de acordo com as preferências locais. Na Coréia, por exemplo, eles tomam sopa de tendão enlatada e então adaptamos o produto. Fazemos testes, vamos até lá, providenciamos a vinda de técnicos deles para cá a fim de facilitar o aprendizado. No caso de Porto Rico, os consumidores não gostam de tanto açúcar e a Jordânia prefere uma maionese de cor mais amarelada. Essa satisfação ao cliente é importante e a qualidade no mercado externo tem de estar em primeiro lugar.

G21 - O senhor costuma dizer que exportar não é fácil mas depois que se aprende vira uma "cachaça". Por quê?
Marcos Oderich
: A exportação deve ser encarada seriamente dentro do negócio de uma empresa e considerada como uma fonte de renda. Ainda existe muito medo de exportar. O empresário brasileiro subestima a sua capacidade e acha que não é para o "bico dele". Mas ele tem de ser provocado. Depois, vira uma cachaça, dá entusiasmo, nos deixa orgulhosos porque é um desafio poder atender às exigências do importador. Agora, é um esforço grande e temos de ser realistas. Não é de um ano para o outro. É trabalho de formiguinha.

G21 - Uma coisa é a empresa, outra o Governo. E aí existem duras queixas. Na sua opinião, no que é mais necessário que ele ajude?
Marcos Oderich
: Olha, levamos muito tempo até adequar nossos produtos ao paladar dos estrangeiros, preparar as embalagens, fazer a formação do preço e isto exige muita paciência. O Governo deve estimular começando por reduzir o peso dos impostos e ampliando as linhas de financiamento das exportações porque, na verdade, a empresa que quiser iniciar um negócio internacional ainda tem muitas dificuldades de encontrar recursos financeiros disponibilizados para isso. Por outro lado, o Governo tem o papel de encorajamento na participação de feiras, no entendimento do be-a-bá da exportação, na profissionalização do empresário. A ida ao exterior em grupo deixa o empresário mais seguro, confiante.

G21 - Como anda a fama da marca brasileira no exterior?
Marcos Oderich
: Nos esforçamos pela seriedade mas o Brasil ainda é sinônimo de samba e carnaval. Precisamos cuidar melhor da nossa imagem junto à opinião pública, os consumidores. Temos grandes potenciais de mercado até sem grande grau de exigência mas nem sabemos direito como acessá-los. Infelizmente, nossa cultura exportadora é amadorista. No segmento de conservas e carnes, temos desenvolvido projetos de prospecção de mercado e difusão da marca de nossos produtos junto com a APEX. A Agência de Promoção de Exportações dá apoio financeiro, organiza e orienta as ações. Encoraja os resultados e facilita nosso trabalho. Quer dizer, não nos sentimos abandonados.

G21 - E por falar em falta de informação, a ALCA vem aí e ainda não há um diagnóstico claro das condições brasileiras para encarar este desafio...
Marcos Oderich
: Certo. Precisamos nos preocupar, com urgência, com este problema para dar tempo de nos adequarmos à concorrência com os americanos. Qual o nível de preço deles? Qual o potencial de tal mercado? Quanto custa um produto x? Não temos inteligência competitiva. Aposto como o Brasil já está mapeado pelos Estados Unidos e nós não sabemos nada sobre eles. Temos que ter muita responsabilidade agora e nos cercarmos de especialistas para sabermos depois negociar, se abrimos ou não tal setor e a hora certa de fazer isso nas respecticas áreas.

G21 - Experiência anterior já temos com a abertura comercial do Mercosul que vem andando em descrédito ultimamente, o senhor concorda?
Marcos Oderich
: O fluxo das importações argentinas do Brasil está aumentando todo dia e isso está preocupando porque eles estão com pouca competitividade. Veja que até milho, um tradicional cereal que compramos da Argentina, que é tradicional da pauta de exportação deles, estamos agora vendendo para lá. A moeda forte argentina encareceu os custos industriais. Não vejo perspectivas de mudanças pelo menos até a sucessão das eleições de outubro. Até lá, eles deverão empurrar essa situação econômica frágil com a barriga e vão se esforçar para segurar a estabilidade de uma forma ou outra para não perder a credibilidade da comunidade internacional.
Publicado em: 28/5/2001