terça-feira, 21 de dezembro de 2010

213 - Abrindo mercados

Brasil obtém vitória contra o protecionismo no agronegócio

Os países se preocupam em defender os seus produtores contra a concorrência de mercadorias melhores vindas do exterior. O que é uma pena, pois o mundo se desenvolveria mais se não houvesse este protecionismo. Por isso foi criada a Organização Mundial do Comércio. Um tribunal que condena atitudes protecionistas dos países e impõe represálias contra elas.
No último dia 20, a OMC codenou os Estados Unidos pelas barreiras que impõe à entrada de suco de laranja vindo do Brasil.
O secretário de relações internacionais do Ministério da Agricultura, Célio Porto, diz que essa vitória deverá estimular outros setores do agronegócio brasileiro a também apelar para a OMC contra atitudes protecionistas semelhantes. Especialmente os casos da venda de frango congelado para a Rússia e de etanol para os Estados Unidos.

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

212 - Reunião dá passo inicial para buscar os portos

Os empresários Marcos Oderich (primeiro à esquerda) e Cláudio Vogel (de braços cruzados) dialogaram com os diretores de Petrosul RS Alberto e João Difini
Alberto e João Difini, juntamente com Ático Scherer, empresários da navegação, vieram dar seu apoio ao projeto de retomada da navegação no rio Caí (foto do site O Progresso)

Na noite da última sexta-feira a idéia de construir um ou mais portos no rio Caí deixou de ser teoria para transformar-se num projeto. Por sinal, um projeto extremamente viável.

A reunião contou com a participação de pessoas importantes. Além de Cláudio Vogel (o promotor do encontro), outros empresários importantes, como Marcos Oderich e Gerson Veit estiveram presentes, demonstrando a importância da navegação para o desenvolvimento da região e de suas empresas.
Foi muito importante a presença de três representantes das empresas de navegação Aliança e Petrosul: Ático Scherer, João e Alberto Difini.
Com o conhecimento prático que têm, Ático, João e Alberto forneceram muitos dados preciosos e se colocaram à disposição para colaborar com o projeto. Segundo eles, a navegação no Caí é extremamente viável, mas é necessário sensibilizar o poder público, que ainda não despertou para a necessidade de investir na navegação. O prefeito Oregino Francisco, de Pareci Novo, e os secretários municipais Alzir Bach e Kellen de Almeida (do Caí e Pareci) representaram o poder público na reunião.
Todos os presentes expressaram a opinião de que se o Brasil não investir em infraestrutura de transporte não terá condições de competir com a China e outros países que fazem isso intensamente.
Embora esta tenha sido uma reunião inicial, ela poderá significar o início de um trabalho capaz de resultar num enorme impulso para a economia regional.

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

211 - Mobilização pelo porto

Empresários e governantes do Vale do Caí discutem a implantação dos portos no rio Caí


Discutida já há alguns anos, a navegação comercial no rio Caí desperta o interesse das administrações municipais e de empresários da região.
A viabilidade da navegação no rio Caí tornou-se evidente quando, há mais de um ano, os diretores das maiores empresas de navegação do estado, Ático Scherer (da Navegação Aliança) e João Difini (da Petrosul) afirmaram que o Caí é o rio com melhores possibilidades aproveitamento para a navegação comercial. Isto devido ao grande potencial de cargas proporcionado pelas empresas da região.
A navegação até Montenegro é fácil, sendo necessário apenas corrigir o problema de uma ponte ferroviária muito baixa, que impede a passagem de barcos grandes.
Mais recentemente ocorreu a manifestação do prefeito de São Leopoldo, Ary Vanazzi, coordenador da campanha de Dilma Rousseff no estado, garantindo a inclusão do projeto de navegação no Caí entre as prioridades do PAC.
Animado pela possibilidade de implantação de portos em Montenegro e no Caí, o empresário Cláudio Vogel convidou outros empresários e lideranças políticas para uma reunião com o objetivo de discutir o assunto. O objetivo é agir para estimular o andamento do projeto.
A reunião está marcada para a próxima sexta-feira, no Caí. 
Segundo o empresário Cláudio Vogel, a implantação de um ou mais portos no rio Caí faria diminuir muito o custo do transporte até o porto de Rio Grande. O que aumentaria a capacidade das empresas da região (e mesmo da Serra Gaúcha) de competir no mercado internacional.

domingo, 5 de dezembro de 2010

210 - Mobilização regional pela Ferrosul

A Ferrosul terá bitola larga, possibilitando o transporte de cargas com mais velocidade, capacidade de carga e segurança


Oregino Francisco, prefeito de Pareci Novo, presidiu o Consórcio Municipal do Vale do Caí, dinamizando muito esta organização. Uma das suas preocupações foi a de mobilizar a região para defender a passagem da futura ferrovia Ferrosul pelo Vale.
O Fato Novo, na sua edição de 28 de abril de 2010, repercutiu a proposta de Oregino na seguinte reportagem assinada por Guilherme Baptista:


Ao longo da história sempre se observou que o fato de contar com um bom sistema de transportes é fundamental para o desenvolvimento de uma região.

Há um século atrás, o Vale do Caí era uma região rica por contar com a navegação no rio Caí, um meio de transporte excelente naquela época em que as estradas eram praticamente inexistentes.

Hoje o Vale do Caí é favorecido pelo fato de estar servido pelas mais importantes estradas de rodagem do estado: a RS-122, que liga Porto Alegre a Caxias e ao centro do país,; e a Tabaí-Canoas, que se estende até o norte do estado e é também chamada de Estrada da Produção.

Mas a situação da região quanto à infraestrutura de transportes poderá melhorar ainda mais se for concretizado o projeto da Ferrosul. 

Esta estrada de ferro deverá ligar o Mato Grosso do Sul ao porto de Rio Grande, passando pelo oeste de São Paulo, Paraná e Santa Catarina.

Há um grande entusiasmo e mobilização em torno desse projeto atualmente. E por bons motivos. A estrada será de bitola larga, permitindo a sua utilização por trens com grande capacidade de transporete e rapidez de deslocamento. O que fará o custo do frete diminuir muito. E o melhor dessa história é que o projeto preliminar da ferrovia prevê que ela passará por Caxias do Sul e Montenegro. 

Provavelmente terá um traçado semelhante ao da ferrovia que já existiu antigamente, ligando essas duas cidades, passando por Barão, São Pedro da Serra, Salvador do Sul e Maratá. De Montenegro, a ferrovia seguia para Porto Alegre passando por Capela de Santana e Portão.

Mobilização
Mas o traçado da Ferrosul não está totalmente definido. Em Lajeado e Estrela existe uma mobilização propondo uma mudança no seu traçado de modo a beneficiar aquela região. Portanto, é bom que o Vale do Caí também se mobilize para garantir que não vai ficar fora do traçado da futura ferrovia. É bom saber que, mesmo que venha a passar por Lajeado, 

Pensando nisso, o prefeito Oregino Francisco, que é presidente do Consórcio Intermunicipal do Vale do Caí pensa em começar a mobilização dos municípios da região visando acompanhar de perto o desenvolvimento desse projeto e garantir que o Vale do Caí não seja prejudicado por alguma alteração no seu traçado.

A Ferrosul, passando pelo Vale do Caí vai proporcionar mais competitividade para as empresas da região. A soja e milho, principais componentes das rações para aves e suínos terão menor custo devido ao frete ferroviário ser mais em conta."




Observação: 
Caso a Ferrosul passe por Caxias do Sul, colocará o Vale do Caí em contato próximo com a região dos Campos de Cima da Serra, onde município como Vacaria, Bom Jesus e São Francisco de Paula estão se transformando em grandes produtores de milho e soja.

sábado, 4 de dezembro de 2010

209 - Navegação no rio Caí pode entrar no PAC

Prefeito de São Leopoldo e importante líder petista, Ary Vanazzi confirma que portos no rio Caí serão incluídos no Plano de Aceleração do Desenvolvimento (PAC)


Na sua edição de 10 de novembro de 2010, o jornal Fato Novo teve a seguinte manchete como principal destaque de capa:
"Portos no Caí e Montenegro estão entre os projetos de Dilma"
Ainda na capa, o jornal destaca que "Caí e Montenegro deverão ganhar portos para incentivar a navegação no rio Caí. A confirmação foi do prefeito de São Leopoldo, Ary Vanazzi, que coordenou a campanha da presidente eleita Dilma Rousseff no estado."
Nas páginas internas do Fato Novo, a reportagem sobre o assunto, escrita por Guilheme Baptista, teve o seguinte teor:
"O prefeito de São Leopoldo, Ary Vanazzi (PT), foi o coordenador no Rio Grande do Sul da campanha da presidente eleita Dilma Rousseff. Em entrevista ao jornal NH ele garantiu que a primeira presidenta do Brasil ira dar sequência as obras e projetos do Governo Lula. E entre estes projetos Vanazzi citou a implantação de portos no Caí e Montenegro, além de São Leopoldo. "É um tema que estamos trabalhando", afirmou Vanazzi, que é um dos interlocutores da presidente eleita.

A declaração agradou muito o prefeito do Caí, Darci Lauermann (PMDB), que foi um dos coordenadores da campanha de Dilma na região. Darci lembra que participou de uma reunião com Vanazzi, em São Leopoldo, onde foi tratado o tema dos portos. No encontro estavam presentes autoridades estaduais e federais, técnicos e empresários interessados em investir no setor da navegação. 

Lauermann acredita que uma nova reunião deverá ocorrer para que o assunto seja tratado com mais detalhes. O prefeito caiense entende que deve ser criada uma estrutura que permitirá revitalizar a navegação no rio Caí, impulsionando o desenvolvimento no município e na região. Ele lembra que o transporte fluvial é bem mais barato e as rodovias estão congestionadas e precárias, além dos problemas com acidentes, pardais e pedágios. "Seria muito promissor", diz, citando que grande empresas, como a Oderich, poderiam utilizar a navegação para transportar seus produtos. Além disso, impulsionaria o turismo na região e também poderia ser utilizado para o transporte de passageiros.

O Fato Novo e também o cluster Vale do Caí (blog na internet) tem destacado a importância da volta da navegação para a região. O prefeito de Pareci Novo Oregino José Francisco (PDT) é outro defensor deste projeto. Como presidente do Consórcio Intermunicipal do Vale do Caí (CIS-Caí), ele lembra que encaminhou junto a Ary Vanazzi, o qual preside o Consórcio do Vale do Sinos, o projeto da navegabilidade no rio Caí. Além de alavancar a economia e o transporte, Oregino ressalta o aproveitamento turístico, a formação de corredores ecológicos, recuperação das margens do rio e repovoamento de peixes. "Vamos buscar a parceria com os Governos Estadual e Federal", diz, pedindo a união dos prefeitos e a mobilização de toda a região. Para Oregino, o maior beneficiário seria as grandes empresas, pois iria baratear o transporte, gerando mais empregos e renda.

O secretário municipal de indústria, comércio e turismo de Montenegro, Dario Colling, informa que o novo plano diretor do município já contempla um porto fluvial. Para Colling, isso irá facilitar a atração de novos investimentos. Um novo porto poderá interligar com outros pontos do Estado e do país, como o porto marítimo de Rio Grande. Ele cita o exemplo do terminal Santa Clara, no rio Jacuí, utilizado por empresas do Pólo Petroquímico de Triunfo desde 1983. 

Dario cita que o atual cais do porto de Montenegro não tem grande estrutura, sendo hoje um patrimônio histórico e utilizado apenas para o transporte de areia. Lembra ainda que uma das dificuldades é a ponte de ferro da rede ferroviária existente em Nova Santa Rita. 

Como é uma ponte muito baixa, impossibilita a passagem de grandes embarcações pelo rio Caí. Já foi encaminhado estudo a Brasília e na Superintendência de Hidrovias do Estado para a instalação de uma ponte móvel, como a existente sobre o Guaíba, em Porto Alegre.

Especialistas destacam que o rio Caí tem as melhores condições no Estado para ser utilizado pela navegação. O custo de transporte, por hidrovia, é considerado cinco vezes menor do que de uma ferrovia (trem) e 22 vezes inferior ao rodoviário (caminhão). Grandes navios permitem o transporte do equivalente a 250 conteineres (carretas) de uma só vez. Isso mostra a economia que pode ser feita através da navegação, um transporte ainda pouco utilizado e que pode representar um grande progresso."

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

208 - Caixa vai financiar pequeno agronegócio

Presidente da Caixa Econômica Federal quer desenvolver financiamento para o agronegócio em pequenas propriedades rurais

Uma porta pode estar se abrindo para o desenvolvimento da avicultura e suinocultura em pequenas propriedades.
Maria Fernanda Coelho, presidente da Caixa Econômica Federal, anuncia o interesse da instituição em financiar as atividades agropecuárias.
"Estamos com um projeto que considera o perfil da Caixa: o trabalhador rural de pequena propriedade", disse ela para Carolina Bahia, de Zero Hora. Queremos toda a cadeia do Pronaf B. Se já trabalhamos com habitação rural, queremos dar condições para esse agricultor se manter no campo."
Projetos pilotos deverão ser lançados no Rio Grande do Sul, Santa Catarina  Oeste do Paraná.
Como se vê, a Caixa quer apoiar os pequenos produtores rurais para desenvolver o agronegócio. Ou seja, atividade rural moderna e produtiva. Projetos de avicultura e suinocultura, como os existentes no Vale do Caí, deverão ser muito bem vistos. Cabe às prefeituras empresas e entidades do setor apoiar os produtores para que eles encaminhem seus projetos.
Até hoje a falta de financiamento para os produtores tem ssido considerada a maior barreira para o desenvolvimento da avicultura e suinocultura.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

207 - Mais 2.000 visitantes em apenas quatro meses

Cresce o interesse pelo Cluster Agroindustrial de Alimentos do Vale do Caí

O blog Cluster Vale do Caí precisou de quase 14 meses para atrair seus primeiros 2.000 visitantes. Depois disso se passaram pouco mais de quatro meses e ele já está chegando à marca de 4.000 visitantes. A cada mês, 500 novos leitores são atraídos para o blog. Um número expressivo, considerando-se que o assunto abordado aqui (estratégia de desenvolvimento da região do Vale do Caí) não é um tema popular.
A idéia de desenvolvimento do Cluster Agroindustrial de Alimentos do Vale do Caí, com isso, vai ganhando força. É, aliás, uma idéia tão forte que pessoas de 47 países já acessaram o blog, mostrando interesse pelo assunto.

sábado, 9 de outubro de 2010

206 - Mano Kercher: o sucessor de Hilário Junges

Mano Kercher: a difícil tarefa de suceder Hilário Junges


Tupandi é o município mais desenvolvido e melhor administrado do Vale do Caí. É o que mais progride e o que maiores benefícios proporciona à sua população. Sendo assim, é muito natural que pessoas desejem ser prefeito do município. E o atual prefeito Vanderlei Kercher não pensa diferente. O seu objetivo é fazer uma excelente administração para, ao final dela, poder candidatar-se à reeleição. 
Mano Kercher, aos 44 anos, tem uma experiência admirável. Aos 20 ele já atuava como secretário na Comissão Emancipadora, participando ativamente da criação do seu município. Logo que esse objetivo foi alcançado, ele candidatou-se a vereador e, aos 22 anos de idade, foi eleito pela primeira vez.
Depois disso, Vanderlei reelegeu-se vereador e foi também vice-prefeito e secretário municipal da educação.
Eleito prefeito em 2008,  ele teve a difícil tarefa de suceder o prestigiado Hilário Junges. Mas ele está levando adiante a administração com competência e dando continuidade ao admirável projeto de desenvolvimento do município.
A população de Tupandi, como não poderia deixar de ser, tornou-se exigente com as suas administrações. Quer sempre mais em matéria de atendimento à saúde, qualidade na educação e pavimentação das ruas. Naquelas em que o asfalto já foi feito há mais tempo, o asfalto velho está sendo substituído por novo.

205 - Biodigestores permitirão expansão da suinocultura

Com biodigestores será possível evitar problemas ambientais e ampliar a suinocultura no município

O problema do mau cheiro provocado pelas inúmeras pocilgas existentes no município está sendo superado com a substituição das antigas esterqueiras abertas pelo uso da compostagem. Com incentivo da prefeitura os suinocultores estão adotando o uso de misturadores, equipamentos que produzem adubo orgânico através da mistura do esterco de suínos com serragem.
Além disso está sendo preparada a construção de um grande biodigestor, que deverá consumir grande quantidade do estrume das pocilgas do município.
Com isso, se torna possível continuar investindo na implantação de mais aviários e, até mesmo, pocilgas. Um enorme empreendimento destinado a criação de leitões (creche) está sendo implantado na localidade de Morro da Manteiga. Um empreendimento que dará tanto retorno de impostos para o município quanto uma grande indústria.
Mas, apesar da riqueza representada pela produção primária, o prefeito Mano Kercher não descuida da diversificação de atividades.
A fábrica Kappesberg está duplicando as suas instalações e deverá ter grande aumento de produção nos próximos anos. E a prefeitura continua com o seu programa de incentivo aos novos empreendedores. Novos empreendimentos, também nas áreas de indústria, comércio e serviços - sejam grandes ou pequenos - sempre recebem apoio do município.
Desta forma, além de prestar bom atendimento à comunidade em todos os aspectos, Tupandi continua semeando, para colher um futuro ainda melhor nos anos que ainda estão por vir.
Mano Kercher assumiu o governo municipal há pouco mais de um ano e meio mas tem confiança de que, ao longo do seu período de governo, poderá mostrar muito trabalho e realizações. Espera, assim, ter condições de competir pela preferência dos eleitores de Tupandi. Mesmo que o seu oponente seja Hilário Junges.
Mano confia que suas realizações, mesmo que num período de governo relativamente curto, sejam suficientes para serem comparadas com as de Hilário, que governou por 16 anos.

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

204 - Setor primário como mola propulsora

Alex Steffen
O alto retorno de impostos proporcionado pela avicultura e suinocultura possibilitou a realização de muitas obras e a melhoria no padrão de vida da população de Tupandi

Lá se ia o ano de 1993 e os produtores rurais de Tupandi cavocavam entre pedras para retirar batatas e algumas raízes de aipim, tendo uma expectativa de vida muito ruim, afinal, sofriam com o trabalho e tinham pouco dinheiro. Foi então que ocorreu a grande reviravolta. O prefeito de então, José Hilário Junges, viu um projeto em funcionamento em Santa Catarina e tratou de aplicá-lo em Tupandi. Iniciava o incentivo aos produtores interessados em criar aves de corte e suínos. Poderia parecer loucura da administração, pois quase nada era feito no município que não terraplenagens para os aviários. O desenvolvimento do jovem município não podia ser percebido e isso deixava o povo assustado, porque, emancipar não tinha valido a pena. Era apenas a falha impressão, pois poucos anos depois já se percebia que havia mais dinheiro na prefeitura e muitas obras eram realizadas.
Segundo a argumentação do prefeito Mano Kercher, os investimentos em aviários e pocilgas seguirão acontecendo, pois representam um aumento considerável na arrecadação e também firmam homens e mulheres em suas propriedades. Além de ter uma renda muito maior do que se trabalhassem em indústrias, os agricultores podem, ainda, ter outras fontes de renda oriundas da propriedade. “Não se pode dizer que é mérito de uma ou duas pessoas, pois o grande responsável por este crescimento são os nossos agricultores. Muitos deles voltaram das cidades, deixando as fábricas, para viver novamente no interior e dele tirar o seu sustento”, cita Mano, dando os parabéns aos produtores rurais de Tupandi.
A prefeitura incentiva as mais diversas iniciativas na agricultura, ainda assim a maioria dos empreendedores é da área de aves e suínos. De acordo com Walmor Sicorra, secretário municipal da Agricultura, novos aviários estão sendo feitos no município, havendo também outros pedidos de agricultores, o que indica que o crescimento do setor é continuado.
Todas as pessoas de Tupandi, interessadas em investir na agricultura no município, podem ir à secretaria de Agricultura recebendo o devido incentivo. A fruticultura é um setor que ainda tem mercado para o desenvolvimento e, a municipalidade está firmando parceria com produtores para aumentar a produção. “Estamos sempre buscando inovações para que os nossos agricultores possam crescer, gerando junto o crescimento de Tupandi”, cita Sicorra.
Para que se tenha uma noção do que representa a agricultura em Tupandi, basta dizer que o município é o que tem maior retorno da produção primária no Rio Grande do Sul. 

203 - Indústria reforça o crescimento de Tupandi

Alex Steffen

A administração municipal foi o elemento fundamental no processo que levou Tupandi da pobreza à riqueza em apenas 15 anos

Quando Tupandi se emancipou não tinha nem ao menos um posto de gasolina ou padaria, agora, o tempo transcorrido por mais de duas décadas, o município é o terceiro com melhor retorno de ICMS do Vale do Caí, perdendo apenas para Montenegro e Portão. Isso é o demonstrativo claro que o município tem uma economia estável e, mais, está em pleno crescimento.
Há poucos anos a agricultura representava mais de 70% da receita de Tupandi, sendo a indústria pouco significativa neste comparativo. Serviços e comércio, então, tinham representatividade baixíssima. Mas, no atual estágio econômico local, a agricultura representa pouco menos de 60%. Ah, quer dizer então que a agricultura de Tupandi está enfraquecida? Não, de forma alguma, pois novos aviários e pocilgas estão em construção. A explicação disso é o crescimento substancial de empresas instaladas em Tupandi. A Kappesberg, que deverá em breve inaugurar a sua gigantesca planta industrial, é exemplo de desenvolvimento. Centenas de funcionários trabalham na moveleira, trazendo um excelente retorno financeiro para os cofres públicos. Não bastasse essa empresa, que tanto cresce, o município atrai novos empreendimentos, como é a caso da Doces Bom Princípio.
A empresa de doces de frutas e leite está em franca ascensão, devendo implantar em breve uma linha de produção de chocolates. Chegada em Tupandi em final de 2008 a empresa ainda é nova no município, mas gera dezenas de empregos e um grande retorno financeiro. Segundo o empresário Alexandre Ledur, diretor da empresa, o que o município investiu para a instalação já retornou em impostos. Assim, com a ampliação da indústria, a prefeitura novamente está incentivando o empreendimento. Motivo para tal é um só: geração de emprego e renda.
Muitas são as empresas de Tupandi, com destaque para o setor moveleiro, que vem, rapidamente, alcançando um lugar evidenciado na região. De acordo com o prefeito Mano Kercher, este surgimento de empresas tem relação direta com o espírito empreendedor local. “Sabemos do potencial dos moradores de Tupandi e, dentro do possível, ajudamos nos investimentos”, cita o prefeito, lembrando que a prefeitura subsidia juros bancários para as empresas que quiserem se instalar ou ampliar sua estrutura.
A criação de um círculo virtuoso pode ser percebido em Tupandi, pois os investimentos retornam à prefeitura e rapidamente são reinvestidos. Como diz o dito popular dinheiro atrai dinheiro.

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

202 - Consenso logístico

Todos concordam quanto à necessidade urgente e incrementar o transporte ferroviário e o hidroviário

O debate dos presidenciáveis realizado pela Rede Globo no dia 30 de setembro, às vésperas da eleição, mostrou o grau de consciência que está se formando no país em torno do desacerto logístico que está acontecendo no país.
Os quatro candidatos falaram exaustivamente da necessidade de utilizar mais intensamente os modais ferroviario e hidroviário, ao invés da concentração que hoje existe no transporte rodoviário.
As ferrovias e hidrovias foram exaltadas pelos quatro candidatos como sendo mais eficientes, econômicas e ecológicas.
É um bom sinal. Isso mostra que já está formado o clima apropriado para o desenvolvimento do projeto logístico defendido para o Cluster Agroindustrial do Vale do Caí.
A idéia básica é o aproveitamento do rio Caí e Lagoa dos Patos para o transporte até o Superporto de Rio Grande e a implantação de ferrovias que diminuam o custo do milho e soja que formam a base da ração dos frangos, suínos, perus, peixes e outros animais criados no Vale do Caí para a produção de carnes.
Com ferrovia, hidrovia e superporto, mais a alta eficiência dos aviários e pocilgas da região se pode formar uma estrutura de produção de alimentos com custos incomparávelmente baixos e altíssima capacidade de competir nos mercados interno e externo.

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

201 - Tupandi supera o Caí em retorno de impostos

O Cai, apesar do seu tamanho e da sua mais do que centenária base industrial e comercial, foi superado economicamente por Tupandi que, há 20 anos, era o mais pobre município da região

Tupandi é um pequeno município, com apenas 3,9 mil habitantes. São Sebastião do Caí é bem maior, com população estimada em 21,1 mil habitates. O Caí, portanto, é praticamente 4,5 vezes maior do que Tupandi.
Mesmo assim, conforme dados recentemente anunciados pelo governo federal, Tupandi acaba de superar o Caí em retorno de ICMS. Isso quer dizer que Tupandi receberá mais deste recurso do que o Caí.
Trata-se de um dado muito importante, pois o retorno de ICMS é a maior fonte de recursos dos municípios. Imagine-se a situação privilegiada em que ficará a população de Tupandi em comparação com a de Caí. Tupandi terá como atender muito melhor à sua pequena população do que a prefeitura do Caí. Não é para menos que, em Tupandi, a prefeitura chega até a garantir o acesso dos jovens locais à universidade, pagando a eles uma cadeira a cada semestre.
O retorno de ICMS que cabe a cada município depende fundamentalmente da produção gerada no município, sendo que a produção primária (do setor rural) tem peso maior do que a dos setores industrial e de serviços.
O fato de Tupandi ter mais de 500 aviários e pocilgas em produção é, portanto, a principal explicação do seu extraordinário retorno de ICMS. Apesar de que o setor industrial também estar se desenvolvendo muito no município, que é sede da grande empresa Kappesberg, do setor moveleiro.
O sucesso de Tupandi é creditado, especialmente, à visão e capacidade administrativa do ex-prefeito Hilário Junges. Prefeitos de outros municípios da região tiveram a humildade e inteligência de aprender com ele e conseguiram dar grande impulso aos seus municípios. Caso, por exemplo de Jair Baumgratz, de São Vendelino; Carlos Alberto (Lico) Fink, de Harmonia; Mário Rohr, de São José do Sul e Oregino Francisco, do Pareci Novo.
Hoje a maioria dos prefeitos do Vale do Caí está consciente das enormes vantagens do incentivo à produção de aves e suínos em regime de integração. Alguns municípios, porém não têm aproveitado a lição dada por Tupandi. Isto tem ocorrido especialmente com os municípios mais industrializados, que apostam na indústria como instrumento do seu desenvolvimento. Mas o que se tem observado é que Tupandi, que era extremamente pobre quando da sua emancipação (há 20 anos), foi passando um por um estes municípios, que antes eram bem mais ricos do que ele: Feliz, Bom Princípio, Salvador do Sul e Caí.
Hoje, além de ser o município mais rico do Vale do Caí (considerando-se a sua população) Tupandi é também o que mais cresce economicamente. Entre os anos de 2010 e 2011, o seu índice de retorno de ICMS subiu 18,8 %. Enquanto isso, os municípios de Montenegro, Feliz, Salvador e Caí tiveram crescimento entre 2,7 % e -2,0 %. Eles fariam bem se, mesmo incentivando a sua industrialização, centrassem os seus esforços no incentivo aos aviários e pocilgas. 

sábado, 28 de agosto de 2010

200 - Cumprindo uma missão

O Vale do Caí já se destaca pelo seu alto grau de desenvolvimento, mas pode chegar muito mais longe

Iniciado em maio de 2009, o blog Cluster Vale do Caí vem cumprindo a sua missão de divulgar o projeto do Cluster Agroindustrial de Alimentos do Vale do Caí.
Até o momento, 2880 visitantes, de 46 países, já visitaram o blog e tiveram contato com a idéia. Considerando-se que o tema aqui tratado (um plano estratégico de desenvolvimento para a região do Vale do Caí) não é um assunto de interesse popular, pode se dizer que o blog está sendo um sucesso. Ainda mais que o número de visitantes diários do blog vem aumentando significativamente.
Esperamos estar dando, assim, para o fortalecimento das idéias que têm dado certo no Vale do Caí (que já é uma das regiões mais desenvolvidas do país) e que podem ir muito mais avante se ouver a união de forças em torno delas.
Com as 200 postagens feitas até aqui, esperamos animar aqueles que trabalham pelo progresso da região. E esperamos que o sucesso do Cluster Agroindustrial de Alimentos do Vale do Caí sirva de exemplo para que outras regiões do país e do mundo alcancem os mesmos resultados.

199 - O biodigestor vem aí

Mano Kerscher (à esquerda) está empenhado em trazer para o Brasil a tecnologia já consagrada na Alemanha

Há muito que se vem falando dos biodigestores como importante ferramenta para o desenvolvimento dos municípios da região. Municípios pequenos, como Tupandi e Harmonia, enfrentam alguma limitação para a implantação de novas pocilgas devido à grande quantidade de pocilgas já existentes. A grande população de suínos numa área pequena pode causar um problema ecológico devido à geração de estrume em excesso, causando poluição ambiental.
O biodigestor, que transforma o estrume em adubo orgânico e biogás, é a solução óbvia para esse problema. Uma solução que nos países europeus, especialmente na Alemanha, já é utilizada há muito tempo.

Há alguns anos o prefeito Sílvio Specht, depois de uma viagem à Alemanha, começou um projeto para a implantação de um grande biodigestor no seu município. Esforços foram realizados para isso, mas o projeto não se concretizou.

Agora o prefeito Carlos Vanderlei (Mano) Kerscher, de Tupandi, abraçou a causa.

Juntamente com o secretário municipal da agricultura Walmor Sicorra, ele participou de um curso sobre aproveitamento de dejetos de suínos para a geração de energia. O curso, realizado em Florianópolis, foi organizado pela Eletrosul e pela GTZ (empresa alemã de tecnologia).

Nos dias 26 e 27 de agosto, representantes da Eletrosul e da GTZ estiveram em Tupandi e Harmonia para avaliar o potencial desses municípios para sediar um projeto piloto de biodigestor. A Eletrosul se propõe a fazer parceria com a prefeitura de Tupandi para a implantação de um biodigestor a ser implantado na localidade de Morro da Manteiga, onde existe notável concentração de pocilgas e aviários.

Morro da Manteiga tem a peculiaridade de estar situada muito perto da RS-122, rodovia de intenso movimento. Não é de se despresar, portanto, a possibilidade de instalação de um posto de abastecimento de biogás na RS-122, que seja diretamente ligada ao biodigestor a ser implantado naquela localidade. O modo mais comum de aproveitamento do gás gerado pelos biodigestores é a produção de energia elétrica, que pode ser vendido para distribuidoras como a AES Sul, RGE e CEEE.

198 - Tupandi se garante na liderança

Implantando cada vez mais aviários, Tupandi garante sua situação privilegiada na comparação com os demais municipios da região

Tupandi é o único município da região que já chegou a uma situação de primeiro mundo. Está muito à frente dos demais e, pelo jeito, não vai perder esta liderança tão facilmente.
Pareci Novo, sob o governo de Oregino Francisco, deu um grande salto à frente e é bem provável que, até o final do seu governo, o município já esteja ocupando a segunda colocação entre os municípios mais desenvolvidos da região. Oregino está muito confiante nos projetos que estão sendo implantados no município, principalmente quanto aos aviários que - como se sabe - é o mais potente instrumento de desenvolvimento dos municípios do Vale do Caí.

Mas alcançar Tupandi não será nada fácil. Hilário Junges cumpriu seu segundo seu terceiro mandato de prefeito (e quarto de governo, considerando-se que ele agiu como supersecretário no primeiro governo do município). Atualmente está fora da vida pública, cuidando de negócios particulares. Mas o seu sucessor, Mano Kerscher, não está deixando a peteca cair. Não se tem levantamentos exatos de todos os municípios, mas tudo indica que Tupandi, além de ser o município que conta com maior número de aviários, é também o que mais está implantando aviários novos. Com isso, o município que já é o mais rico deve ser, também, o que mais está crescendo economicamente.

terça-feira, 17 de agosto de 2010

197 - Bons vereadores

Vereadores de Linha Nova não gastaram um real em diárias no ano de 2009

Mais um escândalo expôs o vizinho município de Triunfo à vergonha nacional. No ano passado a Câmara Municipal daquele município gastou R$ 1,1 milhão com diárias. Dinheiro que poderia ser bem aproveitado em favor do povo do município, foi disperdiçado em “cursos” e “congressos” que (a julgar por recentes reportagens apresentadas pela RBS TV) não foram muito produtivos.
Mas, enquanto o povo de Triunfo tem motivos para se revoltar com parte dos seus vereadores, o habitantes do Vale do Caí podem se orgulhar deles.
Exceto em Portão, praticamente todos os municípios do Vale do Caí apresentaram gastos muito moderados com diárias para os seus vereadores. Em alguns deles, como Linha Nova, São José do Hortêncio, Caí, São Pedro da Serra, Vale Real e Feliz, os gastos foram irrisórios.
O que mostra que, por aqui, não ocorre a roubalheira que se observa em outras câmaras municipais brasileiras.
MELHOR DO BRASIL
Estes dados, revelados por reportagem de Zero Hora publicada na última segunda-feira (16/08/10), reforçam aquilo que tem se observado a cada comparação de dados dos municípios. Os do Vale do Caí destacam-se sempre entre os melhores do Brasil.
Temos, inclusive, o povo mais instruído. O que, certamente, tem ajudado a população a escolher bem os seus prefeitos e vereadores. As administrrações municipais da região são as melhores do país.
A boa qualidade dos seu governos municipais é uma das vantagens competitivas do Vale do Caí. E isso não inclui apenas o poder executivo. Como se vê, também os legislativos da região têm um nível acima da média.
LEI FACILITA
A lei permite que as Câmaras Municipais gastem até 6 % da receita municipal. E muitas Câmaras aproveitam esta permissão para gastos desnecessários com empreguismo, diárias e outros desperdícios.
No Vale do Caí, as câmaras gastam muito menos do que o permitido e, com isso, o executivo municipal pode aplicar o valor poupado em benefícios para a população.

sábado, 14 de agosto de 2010

196 - Atrás do prejuízo

Os melhores portos brasileiros têm metade da capacidade de movimentação de conteineres em comparação com os melhores do exterior

Atualmente 70% das cargas mundiais são transportadas em conteiners. Hoje os maiores navios porta-conteiners levam 15.000. Chegou-se a isso através de um evolução impressionante, pois há duas décadas apenas 20% das cargas eram conduizidas dessa forma. Na década de 1970, os maiores navios porta-conteineres levavam 1.700 conteineres.
Os principais portos internacionais se adaptaram a esta nova realidade, tornando-se capazes de acolher esses navios gigantescos. Para operar eficientemente a carga e descarga de um navio desse porte, o porto precisa dispor de 15 guindastes. No Brasil, no entanto, os portos com maior capacidade recebem apenas navios com 7.000 conteineres.
Existem portos mais modernos e equipados, mas eles são destinados unicamente à movimentação de minérios e petróleo. O que é lamentável, levando-se em conta que essa é a forma de transporte mais usada atualmente. Assim como acontece no abandono das ferrovias e hidrovias, o Brasil está na contramão das tendências mundiais em transportes.
Este é um dos motivos pelos quais o Brasil tem dificuldade de competir com outros países no comércio internacional.
O Brasil precisa acordar, urgentemente, para a necessidade de investir em portos, hidrovias e ferrovias, para não permanecer na situação marginal em que ainda se encontra na economia mundial.

195 - Deu na Veja

As ferrovias crescem, mas não tanto quanto seria necessário

A revista Veja publicou, em 11 de agosto de 2010:
"Faltam maquinistas
Depois de décadas de estagnação, o setor ferroviário voltou a crescer. Nos últimos dez anos, a carga movimentada pelas empresas subiu 54 %. Seu problema agora é aumentar o quadro de pessoal.
Reponsável pelas ferrovias de Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo, o presidente da MRS, Eduardo Parede, resolveu destinar 5,4 milhões de reais para treinar 430 candidatos a maquinistas. Os aprovados ganharao 2.000 reais por mês."

Com a privatização, as ferrovias brasileiras já melhoraram muito. Mas o crescimento de 54 % é ainda muito pequeno. Os governos deveriam incentivar estas, e mais empresas do setor, para que elas cresçam mais rápiodo. O que proporcionaria grande benefício para a economia.

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

194 - Fogaça quer ferrovia e hidrovia

Na cidade de Estrela, já existe um porto, que precisa ser melhor aproveitado

O excesso de utilização de caminhões para o transporte de mercadorias tem levado os candidatos às próximas eleições a defender o uso de meios de transporte alternativos. Em entrevista a Zero Hora, José Fogaça propôs que sejam construídas ferrovias principalmente na região serrana. Defende, também, investimentos no transporte fluvial, de modo a formar um corredor para o transporte de cargas até o superporto de Rio Grande. Sua prioridade seria melhorar as condições de utilização do porto fluvial já existente no município de Estrela.
Mas é bom lembrar, a Fogaça e outros candidatos, que o rio Caí apresenta ainda maior viabilidade econômica para o transporte fluvial do que o rio Taquari. E nem há necessidade de construir um grande porto. O que se precisa do governo, segundo as empresas de navegação, é apenas que se resolva o problema da ponte ferroviária existente perto de Canoas, que impede a passagem de barcos grandes por baixo dela.

domingo, 8 de agosto de 2010

193 - 500 novos visitantes em um mês

O mundo procura por eficientes fornecedores de alimentos ricos em proteinas

É cada vez maior o interesse despertado pelo Cluster Agroindustrial de Alimentos do Vale do Caí. Em apenas um mês, 500 novos visitantes passaram a acessar o blog. Aumentou para 45 o número de países com acesso ao blog. Tal interesse deve servir de estímulo aos que acreditam nesse projeto e querem tocá-lo para frente.

quinta-feira, 29 de julho de 2010

192 - A última do brasileiro

Um alemão contou esta anedota:
- Vocês acreditam que os brasileiros querem competir conosco, mas não utilizam o transporte hidroviário?
A gargalhada foi geral.


Um americano, que estava na roda, aproveitou a deixa e contou mais uma:
- E nem o ferroviário.

Então, um japonês (com QI bem maior do que o nosso) implorou:
- Parem , parem. Por favor. Eu não aguento mais.

Moral da história: Reconhecer as nossas falhas é o primeiro passo para começarmos a corrigi-las.

Pensando assim, os coreanos (que estavam muito atrás dos japoneses) agora estão reagindo e já começam a incomodar os seus poderosos vizinhos.

Em tempo: No Japão, até crianças pequenas sabem que a melhor opção para o transporte de cargas é o modal hidroviário. Depois vem o ferroviário e, por último, o rodoviário, que é o mais dispendioso e mais danoso ao meio ambiente. E é justamente o preferido por nós, brasileiros.

domingo, 25 de julho de 2010

191 - Recapitulando

A produção de carnes (de aves e suínos) em regime de integração é a principal riqueza da região

Este blog trata de um projeto de desenvolvimento para a região, visando levá-la definitivamente a um estágio próximo ao de países como a Alemanha.
O projeto se inspira no case do município de Tupandi. Um sucesso incomparável, até mesmo a nível mundial, pois esse município conseguiu saltar de uma renda per capita de 700 dólares para 24.000 dólares em pouco mais de 15 anos e fez isso com base na produção pecuária (aves e suínos).
Graça ao vigoroso incentivo do seu governo municipal, Tupandi tem hoje mais de 500 modernos aviários e pocilgas. O que é muito, consiederando-se que a população do município é de apenas 4.000 habitantes. Calcula-se que o retorno de impostos proporcionado por um aviário moderno é equivalente ao que resulta de uma indústria com 100 funcionários. Portanto, se o município baseasse a sua economia nas indústrias, elas precisariam ter 50.000 operários par obter o mesmo resultado. Com isso, a prefeitura dispõe de extraordinários recursos para investir na melhoria das condições de vida da população local (lá todos os jovens têm acesso garantido à universidade) e para continuar investindo no apoio à produção.
Tupandi, que era um dos municípios mais pobres do estado (quando foi criado, em 1989), hoje já goza de uma situação econômica e social plenamente caracterizada como de primeiro mundo. E o município continua investindo fortemente na implantação de aviários, o que faz a sua economia continuar crescendo num ritmo muito superior ao chinês. As propostas do blog Cluster Vale do Caí são no sentido de encaminhar toda a região para os mesmos resultados obtidos por Tupandi e ir ainda mais longe.

190 - Hotelaria também é infraestrutura

A rede de hotéis Accor vai construir grande hotel em Montenegro

O grande desenvolvimento que se observa atualmente em Montenegro chama a atenção dos grandes investidores. Tanto que a rede de hotéis Accor decidiu fazer um grande investimento para construir um moderno hotel na cidade.
Além da Accor, também a rede Intercity também já anunciou a construção de um grande hotel na cidade.
Estas iniciativas são bem vindas, pois o Vale do Caí, assim como precisa de estradas, navegabilidade no seu rio e energia, precisa também de hotéis, pois as empresas da região recebem visita de empresários e técnicos de outras cidades, estados e países e essas pessoas precisam dispor de boas condições de acomodação. Hotelaria também é infraestrutura necessária para o desenvolvimento da região.

quinta-feira, 22 de julho de 2010

189 - Tarso Genro também aposta no desenvolvimento por regiões

Tarso pretende favorecer a competividade mundial dos produtos gaúchos

Em evento realizado na Federasul, perante um público formado por empresários, os candidatos a governador do estado expuseram seus planos para o governo. Tarso Genro endossou a mesma idéia que José Fogaça e Yeda Crusius já vinham defendendo: a de desenvolver projetos de desenvolvimento específicos para cada região do estado.
Tarso disse que "Vamos instalar o Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, que irá elaborar políticas que proporcionem ao Estado mais competividade e agressividade no mercado mundial e mais capacidade de crescimento".
Projeto coerente com a proposta de desenvolvimento defendida nesse blog. O mesmo modelo que é defendido aqui para a região do Vale do Caí, pode também ser aplicado nas demais regiões. Adaptado, é claro, para as características específicas de cada região.

sábado, 17 de julho de 2010

188 - PróTurismo-Caí

O Caí se prepara para desenvolver o turismo

A Prefeitura Municipal de São Sebastião do Caí, através da sua Secretaria de Desenvolvimento, está empenhada em implementar o turismo como importante fonte de emprego e renda do município.
Uma idéia desse projeto pode ser obtida através do blog PróTurismo-Caí, que se encontra no endereço http://proturismo-cai.blogspot.com/
O município de São Sebastião do Caí já conta com uma importante integradora, a Agrosul, dedicada ao beneficiamento e comercialização de carnes de frango. Dispõe, também, de grande número de produtores rurais que poderiam implantar aviários e pocilgas em suas propriedades. Portanto, o incentivo à produção de frangos e suínos é a melhor possibilidade ao dispor do município para acelerar o seu desenvolvimento. Entretanto, como a sua população urbana no Caí é grande e os aviários não proporcionam muitos empregos, o turismo é uma complementação interessante para o plano estratégico de desenvolvimento municipal.

terça-feira, 13 de julho de 2010

187 - Ferroeste: mito ou realidade

Novo governador do Paraná afasta Samuel Gomes do comando da Ferroeste
Samuel Gomes, administrador da Ferroeste, no Paraná, e criador da projetada Ferrosul, deixou o seu cargo e, por isso, escreveu carta aberta na qual faz o balanço das suas realizações frente à empresa. Ele conduziu a transformação de uma ferrovia privada numa estatal pertencente ao governo do Paraná. Mudança que é apresentada com entusiasmo pelos seus defensores e motivou o sonho de criar a Ferrosul, toda uma malha ferroviária ligando o interior dos estados de Mato Grosso, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e países vizinhos aos portos de Paranaguá, Itajaí e Rio Grande. A mudança da Ferroeste ocorreu no governo de Roberto Requião, que renunciou ao cargo em abril desse ano, para concorrer ao senado. Em seu lugar, assumiu o vice-governador Orlando Pessuti, que agora afastou Samuel Gomes da direção da estatal, por considerar que a sua administração foi calamitosa.

Conforme o jornalista Fábio Campanna, "O tamanho do rombo na Ferroeste é do tamanho da soberba do Requião. A frase é de um dos auditores da empresa que prepara a posse da nova diretoria.


Em 2003, eram 15 locomotivas em funcionamento. Em 2006, o governo Requião retomou a ferrovia dos concessionários privados. Hoje, são apenas duas locomotivas em atividade.

O transporte de cargas era de 1,8 milhões de toneladas. Caiu para 600 mil em 2009 – um terço do volume inicial. Em 2009, o prejuízo foi de R$ 7 milhões; nos cinco primeiros meses de 2010, de R$ 5,7 milhões.

Por isso mesmo, a nova direção da Ferroeste vai investigar, com ajuda do Ministério Público, a administração de Samuel Gomes à época de Requião.
A carta não contém apenas números, memórias e agradecimentos. Tem, também, poesia:
"Vejo os Estados da região do Codesul, o Brasil e a América do Sul unidos por ferrovias, hidrovias, rodovias, pontes, aeroportos, vôos regulares. Vejo a integração física como pressuposto necessário para a efetiva integração cultural e política. E no coração deste novo sistema logístico sul-americano, vejo a Ferrosul transportando cargas e passageiros, com sua rede de ferrovias eletrificadas, estações, terminais intermodais, centenas de locomotivas, dezenas de milhares de vagões, funcionários altamente capacitados, felizes, bem remunerados e honrados pelo seu trabalho e pelo seu fardamento, em cujas cores o Paraná, Mato Grosso do Sul, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, todo o Brasil e a América do Sul se reconheçam.
Isso tudo eu vejo. E só acredito no que vejo. E só luto pelo que acredito.
E quando, em algum momento, sou acossado pela tentação da descrença, recorro às palavras do gênio alemão Goethe: “Seja qual for o seu sonho, comece. Ousadia possui em si mesma Genialidade, Poder e Magia”. Quando disse isso, Goethe certamente estava pensando na Ferrosul."

186 - Produção de alimentos é a maior oportunidade para o Brasil crescer


O economista Cesar Maia, ex-prefeito do Rio de Janeiro, vê o mundo com visão estratégica. No seu blog, ele destacou trechos de um artigo publicado no jornal Clarin, de Buenos Aires, pelo analista em estratégias e ex-ministro argentino Jorge Castro (foto):

BRASIL: "CRESCIMENTO É ESPELHO DA DEMANDA DA CHINA"! "AGRONEGÓCIO QUADRUPLICA PRODUTIVIDADE"!.

1. O crescimento do Brasil é o espelho da demanda chinesa: mais da metade (56%) do índice de ações Ibovespa é composto por empresas produtoras de commodities, que concentram as suas vendas para o mercado Chinês/Asiático. Somente a Petrobras e a Vale representam mais de 25% do Ibovespa, enquanto a China envolve quase todo o aumento da demanda mundial de petróleo e minério de ferro. No índice Dow Jones (EUA), apenas 15% são ações de empresas exportadoras de produtos primários; no índice Nikkei (Japão), menos de 10%. A equação da inserção internacional do Brasil é a seguinte: crescimento brasileiro/aumento nos preços das commodities no mercado mundial/aumento da demanda chinesa.

2. Há um novo escalão produtivo e tecnológico- salto qualitativo- na produção agro-alimentícia brasileira. A FAO estima que a demanda mundial de alimentos vai duplicar em 20 anos e que o Brasil aumentará sua produção e exportação de alimentos em 40% nos próximos 10 anos. Se essa dupla projeção se confirma, seria a maior mudança no fluxo global de comércio nesse período. Em 2008 o Brasil se tornou o segundo maior exportador de alimentos, depois apenas dos EUA, com base em um esforço de 20 anos de inovação tecnológica nos estados centrais (Mato Grosso, Goiás, Paraná). Mas nos últimos dois anos, o agronegócio foi expandido para o Nordeste (Bahia, Piauí, Maranhão), coração do Cerrado (90 milhões de hectares), a última grande reserva de terras férteis não utilizadas no mundo.

3. Aqui, os principais atores do negócio agrário, são os grandes fundos de investimento, principalmente da Europa e EUA, que utilizam as mais avançadas tecnologias. (transgênicos, máquinas automáticas, sistemas de satélite), em grandes extensões de terra (100.000/300.000 hectares), com técnicos e gerentes de qualificação internacional. A produtividade do agro-negócio brasileiro dobrou nos últimos 20 anos. Agora, em dois anos, o novo agro-negócio brasileiro dobra a produtividade alcançada nas últimas duas décadas. O Brasil, em suma, aprofunda sua capacidade de crescimento potencial em longo prazo e faz isso através de mudanças qualitativas que envolvem aumento do nível de inovação tecnológica e do financiamento. E isso ocorre em um contexto de crescente integração com os países Asiáticos (China), que são a espinha dorsal do novo mecanismo de acumulação global, decorrente da crise global e em resposta a ela.

185 - Viabilidade do porto

Um (ou mais) terminal hidrorodoviário no rio Caí dará grande impulso ao desenvolvimento do estado

Montenegro já é o sexto município com maior volume de exportações do estado. Tendo os frangos cortados em pedaços (produzidos pela Doux) como seu principal produto, esse município do Vale do Caí cresce nas estatísticas ano a ano e está bem perto de superar o quinto colocado (Caxias do Sul ). Se continuar a tendência de crescimento das exportações montenegrinas, isso acontecerá ainda nesse ano.
Não é para menos, portanto, que os diretores das principais empresas de navegação fluvial do estado consideram que o Caí é o rio gaúcho com melhor potencial de aproveitamento para a navegação. Além de Montenegro, o município de Caxias também aproveitaria um terminal portuário instalado em Montenegro (ou São Sebastião do Caí). Somados estes dois municípios (e outros das regiões do Vale do Caí e da Serra Gaúcha: Caí, Bom Princípio, Feliz, Farroupilha, Bento Gonçalves, Carlos Barbosa, Garibaldi) os terminais hidrorodoviários do Vale do Caí poderiam figurar entre os mais movimentados (e economicamente rentáveis) do país.

184 - Desafio

Centenas de milhões de pessoas passam fome hoje e a população ainda cresce nos países pobres

A meta da ONU é dobrar a produção mundial de alimentos nos próximos 40 anos. É o que se precisa para eliminar a fome no planeta, já que a população deverá chegar a 9,1 bilhões de habitantes no ano de 2050.
Para isso, projetos como o do Cluster Agroindustrial de Alimentos do Vale do Caí serão fundamentais. Afinal, o Cluster é uma forma altamente eficiente de produzir e exportar alimentos nobres (carnes) em grande escala.

segunda-feira, 12 de julho de 2010

183 - A navegação diminui mortes no trânsito

A volta da navegação vai diminuir os caminhões na estrada e as mortes em acidentes

O risco de acidentes nas rodovias brasileiras é muito grande. Eles representam uma das principais causas de morte de pessoas jovens, rivalizando com a criminalidade.
Esse fato representa um forte razão a mais para priorizar o transporte ferroviário e o hidroviário em detrimento do rodoviário. Desenvolver a hidrovia do rio Caí não tem custo nenhum para o governo, se considerarmos que - com ela - diminuirá o fluxo de caminhões na região metropolitana de Porto Alegre e na ponte do Guaíba.
Para a retomada da navegação no Caí, basta reformar uma ponte ferroviária existente perto de Canoas, que é muito baixa e impossibilita a passagem de barcos grandes por baixo dela. Com isso, obras muito mais caras, que precisariam ser feitas no sistema rodoviário da região metropolitana serão dispensadas ou minimizadas.
O custo do seguro (contra roubo e acidente) é muito maior para cargas transportadas em caminhão do que na navegação, aumentando a vantagem do transporte hidroviário.




quinta-feira, 8 de julho de 2010

182 - Montenegro e Pareci Novo terão grandes biodigestores

Dois grandes biodigestores deverão ser implantados na região, já no próximo ano (clique na imagem para ver representação de um biodigestor semelhante aos que estão projetados para a região)

O grande número de pocilgas existentes em alguns municípios da região (especialmente em Tupandi e Harmonia), passou a ser um problema já há alguns anos.
Os porcos produzem muito excremento (líquido e sólido), que não pode ser simplesmente jogado na natureza, pois provoca poluição.
Já há alguns anos, o município de Harmonia apresentou uma proposta de solução para o problema: a construção de um grande biodigestor que receberia os excrementos de dezenas de pocilgas e, fazendo a sua fermentação em ambiente fechado, transformaria as fezes e a urina dos porcos em adubo e gás. Dentro do processo, o gás é queimado e transformado em energia elétrica. Os excrementos, depois de curtidos, seriam usados para, junto com outros resíduos, formar um excelente adubo orgânico.
Biodigestores assim funcionam em várias partes do mundo, especialmente na Alemanha, que conta com consagrada tecnologia neste campo. O projeto de Harmonia não foi adiante. Mas agora as prefeituras de Pareci Novo e Montenegro, juntamente com a UNISC (Universidade de Santa Cruz do Sul).
A secretária municipal de agricultura de Pareci Novo, Neide Schramm, está otimista quanto a rápida concretização do projeto.
Serão construídos dois biodigestores: um em Montenegro e outro no Pareci, num investimento de R$ 1,5 milhão para as duas unidades. Os recursos serão federais, captados no Ministério de Ciência e Tecnologia. Os recursos deverão ser liberados no final do ano e a expectativa é de que os biodigestores estejam funcionando até o final de 2011. As prefeituras deverão administrar as unidades, ao menos de início. Será feita nos mesmos locais a compostagem dos excrementos que saem do biodigestor já fermentados. Misturado com outros resíduos vegetais, como folhas e cascas.
Nesse projeto, que poderá ser fundamental para o desenvolvimento da região, está a mão de Oregino Francisco, prefeito de Pareci Novo e presidente do Consórcio Intermunicipal do Vale do Caí. Oregino está empenhado, também, em outros projetos importantes visando o asfaltamento das estradas do interior e a volta da navegação no rio Caí.