sábado, 26 de junho de 2010
171 - Barcaças
sexta-feira, 25 de junho de 2010
170 - O caminho das águas
Débora Rubin e Geovana Pagel
Barcaças rebocadas navegam em rios pouco profundos e transportam grandes volumes de carga com custo reduzido
O potencial hidroviário para escoar as riquezas brasileiras é imenso. Dos 42 mil quilômetros de vias navegáveis no país, apenas 8.500 quilômetros são exploradas. Apesar de apontadas como alternativas de menor custo, quando o assunto é transporte para grandes volumes e grandes distâncias, as hidrovias são o sistema de menor participação no transporte de mercadorias - somente 13%.
“As hidrovias em uso no Brasil não passam de cinco (Tietê-Paraná, São Francisco, Paraná-Paraguai, Araguaia-Tocantins, Madeira). Muito pouco para um país continental como o nosso”, diz Eugênio Stefanello, analista de economia rural e professor de economia da Universidade Federal do Paraná.
O sistema hidroviário é cinco vezes mais barato do que o rodoviário e três vezes mais econômico que o ferroviário. A competitividade desse modal é explicada principalmente por sua capacidade de carga. Enquanto um caminhão transporta cerca de 35 toneladas, uma barcaça pode carregar 20 mil toneladas.
O desenvolvimento desse transporte, no entanto, esbarra em dois entraves: no impacto ambiental decorrente da implantação do sistema e no grande número de hidrelétricas que não são equipadas com eclusas - obras de transposição necessárias para superar as diferenças de nível das águas. "O problema é que quando a maioria dessas usinas foi construída, nas décadas de 70 e 80, não foi prevista a futura construção de hidrovias", diz Stefanello. Um exemplo é a própria Itaipu.
quinta-feira, 24 de junho de 2010
169 - Aula de logística
O professor Sílvio dos Santos tem enorme conhecimento de logística e os expõe no seguinte artigo, dando uma verdadeira aula, que serve para quem deseja planejar o desenvolvimento de uma região. Aqui se vê as possibilidades de implantação de fábricas ou de distritos industriais junto ao rio Caí, de modo que a produção da fábrica saia por esteira para ser embarcada nos navios que a levem ao porto de Rio Grande. A integração modal na América do Norte A execução dos canais no século XVIII, assim como a implantação das ferrovias no início do século XIX, sempre teve a preocupação de integrar os modos de transporte com a produção de grãos nas pradarias americanas e canadenses. As construções dos primeiros silos mecanizados, popularmente chamados de elevators, por possuírem elevadores para facilitar o carregamento das embarcações e trens, tinham a preocupação de escolher locais nos quais fosse possível concentrar a produção junto aos meios de transporte. Esse princípio fundamental de reunir em um só ponto todas as facilidades de transporte como vias de acesso, armazenagem e equipamentos de transbordo, moldou toda a infra-estrutura de transporte e terminais da América do Norte, pois os Estados Unidos e o Canadá sempre adotaram uma política unificada dentro desse conceito, inclusive com companhias canadenses operando dentro dos Estados Unidos e vice-versa. Esse conceito é utilizado também nos dias atuais, como o acordo da Autoridade Portuária do Rio Fraser no Canadá, com aCanadian Pacific Railway, uma das ferrovias canadense, e aCanadian Pacific Elevators, empresa que opera os terminais. Ele possibilita colocar uma parcela importante da produção de trigo canadense nos portos asiáticos com fretes totais competitivos devido à boa integração de toda a cadeia de transporte doGateway Pacific, conforme planejamento previsto até 2020. Além do uso de vagões especializados para os grãos, o serviço ferroviário integrado permite atender os portos e as grandes cidades americanas com trens expressos de contêineres, transportando todo o tipo de carga geral, integrado com as empresas que fazem as pontas rodoviárias utilizando caminhões. Mais uma vez, deve ser destacada a importância da integração com operadores rodoviários, pois a ferrovia não tem sempre os trilhos conectados a todos os clientes e, para por isso, elaboram acordos recíprocos dos transbordos com outras estradas de ferro e empresas rodoviárias que servem a esses pontos. A ferrovia americana é bem integrada com a hidrovia e a rodovia. Em todo o território do País, milhares de terminais de carga possibilitam a transferência de carga entre os modais, como o terminal hidro-ferroviário da Cargill, cuja foto está apresentada a seguir.
A ferrovia americana é bem integrada com a hidrovia e a rodovia. Em todo o território do País, milhares de terminais de carga possibilitam a transferência de carga entre os modais, como o terminal hidro-ferroviário da Cargill, cuja foto está apresentada a seguir. |
* Sílvio dos Santos é gerente de Transportes Hidroviários e Marítimos da Secretaria de Infra-Estrutura de Santa Catarina e conselheiro suplente dos CAPs dos portos de Imbituba, Itajaí e São Francisco do Sul. Consultor do Laboratório de Transportes da UFSC e mestre em engenharia pela UFSC. Foi engenheiro do Metrô-SP, Fepasa, Ferronorte e Figueiredo Ferraz. Foi professor de Planejamento de Transportes na Poli-USP e no IME. Na UniSantos, exerceu a função de professor de Portos e Navegação Fluvial. Na UFSC, foi professor de Ferrovias e Portos, rios e canais. Na Única-Florianópolis professor de Transportes e Seguros do Curso de Administração em Comércio Exterior. silvio@ecv.ufsc.br |
168 - Polo Intermodal de Montenegro
Integração de ferrovia e hidrovia no porto do rio Fraser, no Canadá
Montenegro tem condições extraordinárias para formar uma estrutura integrada de logística que una os modais rodoviário, ferroviário, aéro e hidroviário. Situado perto de Porto Alegre, Caxias e outras cidades de grande importância econômica, o município conta com amplos espaços para a implantação de indústrias e centros de distribuição. Com a integração, num mesmo local, dos quatro principais modais, estará se formando o Polo Intermodal de Montenegro.
quarta-feira, 23 de junho de 2010
167 - Chineses poderão investir na Ferrosul
A ferrovia, que deverá passar pelo Vale do Caí, ligará o porto de Rio Grande ao oeste do estado, seguindo por Santa Catarina e Paraná até São Paulo e Mato Grosso do Sul
Conforme anunciado, a estatal chinesa CRCC (China Railway Construction Corporation Limited) que foi autorizada pelo Ministério das Ferrovias a participar de projetos no Brasil, estudou os planos de construção da Ferrosul e mostrou grande interesse em participar do projeto.
A companhia também disputa o direito de construir o trem-bala entre Rio de Janeiro e São Paulo e participará da licitação da Ferrovia Leste-Oeste na Bahia, projeto de responsabilidade da Valec, empresa federal vinculada ao Ministério dos Transportes, e sócia minoritária da Ferroeste.
Para Samuel Gomes, presidente da Ferroeste, a aproximação com a China é uma grande oportunidade de negócios e desenvolvimento na área tecnológica de construção e operação de ferrovias sob controle público, voltado ao interesse geral da sociedade.
Segundo ele, a idéia é realizar uma parceria no setor de engenharia e de operação ferroviária. “O Paraná reafirmou na reunião sua decisão de, na construção das obras da Ferrosul, reconstituir a sua parceria com o Exército Brasileiro, que foi exitosa na construção do primeiro trecho da Ferroeste”, destaca."
166 - Rio Grande do Sul adere à Ferrosul
Notícia divulgada pela Rádio Caxias, no último dia 21, informa que está se encaminhando bem o projeto da Ferrosul:
"A governadora Yeda Crusius encaminhou à Assembleia Legislativa na semana passada o projeto de lei que autoriza o Rio Grande do Sul a efetivar participação acionária na Ferrovia da Integração do Sul. O projeto solicita autorização para efetivar a participação do Estado em sociedade de economia mista interestadual de prestação de serviços de transporte ferroviário.
A Ferrosul vai ser constituída em conjunto com Mato Grosso do Sul, Paraná e Santa Catarina - estados integrantes do Conselho de Desenvolvimento e Integração Sul - sob a forma de sociedade anônima. O deputado estadual Jerônimo Goergen (PP), que presidiu na Assembleia gaúcha a Comissão de Representação Externa para Criação da Ferrosul, explica que a empresa vai ter como base física a linha existente da Ferroeste, empresa pública do Paraná, e os novos trechos vão ligar os quatro estados.
O deputado destaca que falta apenas o Rio Grande do Sul votar a legislação que vai aprovar o financiamento de R$ 25 milhões de cada estado para a montagem do traçado da ferrovia, e outra que cria a Companhia de Desenvolvimento do Extremo Sul, órgão que vai ser responsável pela criação de projetos estruturais de desenvolvimento econômico, político e social, além de conduzir medidas comuns nas áreas de segurança pública, saúde e defesa civil.
Jerônimo Goergen afirma que a implantação da Ferrosul vai contar com investimentos da Petrobras e do governo da China, totalizando R$ 5 bilhões.O deputado espera que os líderes de bancada entrem em acordo o mais breve possível, para colocar os projetos na pauta de votação.
Atualmente, 80% da carga transportada no estado, ou 110 milhões de toneladas/ano, deslocam-se por via rodoviária. O uso do transporte ferroviário e a integração modal devem aumentar a competitividade e reduzir o custo logístico."
terça-feira, 22 de junho de 2010
165 - Brasil: agora sim, celeiro do mundo
164 - Porto de Itajaí supera movimentação do de Rio Grande
domingo, 20 de junho de 2010
163 - Navegação, na Europa, é outro nível
Uma boa fonte de informações sobre a navegação fluvial no Rio Grande do Sul é o engenheiro Hermes Vargas dos Santos. Uma amostra do seu trabalho é esta postagem que reproduzimos aqui, extraída do seu blog Hidrovias Interiores - RS
Hidrovias Européias: Calados menores, muita carga!
Quais as características geométricas das hidrovias interiores e das embarcações européias? As vias navegáveis interiores da Europa são classificadas em seis classes, a saber:
Classi III - DEK (Dortmund-Ems-Kanaal), para embarcações maiores, com até 67 metros de comprimento, largura de 8,2 metros e calado de 2,5 metros, com capacidade de até 1.000 toneladas.
Classe IV - RHK (Rhein-Herne-Kanaal), gabarito alemão adotado como norma na Europa Ocidental , no trecho Reno-Herne, para embarcações de até 1.250 toneladas e calado de 2,5 metros.
sábado, 19 de junho de 2010
162 - Montenegro quer o seu porto
Montenegro apresentará, brevemente, o novo plano diretor do município. E ele deverá ter uma grande novidade: será determinado nele o local para a implantação de um porto no rio Caí. O espaço determinado para isso será nas proximidades das grandes indústrias que têm se implantado na região sul do município (Masisa, Hexion, John Deere e Polo Films).
quinta-feira, 17 de junho de 2010
161 - Fogaça propõe desenvolvimento por regiões
Na última quarta-feira, a coligação PMDB-PDT divulgou suas propostas de governo. José Fogaça, candidato a governador, e Pompeo de Mattos, candidato a vice, governarão com dois objetivos básicos: regionalização das ações e qualificação do serviço publico.
quarta-feira, 16 de junho de 2010
160 - Empresas do Cluster são destaque no prêmio Exportação RS
O Vale do Caí brilhou na festa de entrega do Prêmio Exportação RS de 2010. E conseguiu isso graças ao desempenho das empresas do seu Cluster Agroindustrial de Alimentos. Das 30 empresas premiadas, 3 foram do Vale do Caí: a Agrogen, a Oderich e a Frangosul.