domingo, 27 de dezembro de 2009

121 - Conferência pela navegação

Existem planos de um debate visando ativar a navegação no rio Caí

Estuda-se a realização de uma conferência para tratar do retorno da navegação comercial no rio Caí. Rio que é considerado pelas empresas de navegação como o de maior potencial para a navegação comercial no Rio Grande do Sul.
A navegação comercial no rio Caí, além de muito viável, representará uma enorme alavanca para o desenvolvimento da região, pois vai diminuir muito o custo do transporte até o porto de Rio Grande.
Além disto, será importante para o desenvolvimento do turismo na região.

domingo, 20 de dezembro de 2009

120 - Embutidos e conservas

Com mais de 100 anos, a Oderich é uma das mais antigas produtoras de enlatados de carne

Na Europa, um quilo de linguiça custa R$ 50,00. Portanto, as possibilidades de exportação de produtos de qualidade, que respeitem rigorosas normas de higiene e ambientais, são excelentes. O Vale do Caí já se destaca como exportador de carnes, mas vai aumentar muito a sua renda quando conquistar mais mercados nacionais e internacionais com sua produção de embutidos. A região tem grande tradição na produção destes alimentos, mas pode melhorar muito com a implantação de escolas técnicas especializadas e cursos superiores de engenharia de alimentos.
No setor de embutidos, a Cooperativa dos Suinocultores do Caí Superior Ltda (Cooperativa de Harmonia) é uma empresa de grande tradição. Foi fundada em 1935 e passa atualmente por uma fase de expansão e modernização. Seu diretor executivo, Ronei Lauxen, é presidente do Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Rio Grande do Sul - SICADERGS.
A perspectiva é ainda melhor no setor de conservas. A Conservas Oderich SA, fundada em 1909, foi uma das primeiras empresas do mundo a fazer conservas de carnes em lata. Hoje centenária, a Oderich exporta para dezenas de países ao redor do mundo.
Diminuição de custo e ganhos de qualidade serão incentivados pelo cluster (através da navegação fluvial, ramal ferroviário, asfaltamento das estradas do interior, internet banda larga, cursos médios e superiores voltados para a produção de alimentos, estrutura bancária e comercial voltada para a exportação, consultorias etc).
Com isto será agregado valor à produção local, aumentando a geração de riqueza.


119 - Macro e Microcluster

Tupandi é modelo para o desenvolvimento do cluster a nível regional (clique na foto para ampliar)

O Cluster Agroindustrial de Alimentos do Vale do Caí existe em dois planos: o micro e o macroeconômico.
No plano microeconômico ele já tem existência concreta: é o município de Tupandi. Tupandi é um verdadeiro fenômeno. Criado em 1989, tinha renda per capita pouco acima dos 700 dólares, como as nações africanas. Vinte anos depois, a renda per capita do município chega a 25 mil dólares, como a de alguns países europeus. Tupandi passou do terceiro para o primeiro mundo em apenas 20 anos e fez isto com o seu próprio esforço, usando uma estratégia de desenvolvimento simples e eficaz, com pouca divagação teórica e muito esforço prático. Uma vitória obtida por um pequeno grupo dirigente do município liderado pelo prefeito Hilário Junges.
No plano macroeconômico, o Cluster Agroindustrial do Vale do Caí existe, principalmente, como um projeto. A idéia é levar adiante o sucesso de Tupandi aplicando o seu modelo para toda a região à qual pertence Tupandi: o Vale do Caí, no Rio Grande do Sul.
Em muitos aspectos, o projeto do cluster imita o modelo já consagrado em Tupandi, mas propõe também várias novas possibilidades. A idéia do cluster vem fermentando há vários anos, desde a publicação do livro Um Milagre Chamado Tupandi (cujos capítulos principais podem ser lidos no blog Histórias do Vale do Caí, postagens 328 a 315). Ganhou novo impulso com a criação do nome Cluster Agroindustrial do Vale do Caí, surgido no início de 2009, a partir de uma troca de idéias com Daniel Fink e vem tomando maior impulso desde então, com o interesse que líderes municipais como Oregino Francisco, prefeito de Pareci Novo; Vanderley (Mano) Kerscher, prefeito de Tupandi; Mário Rohr, ex-prefeito de São José do Sul e Darci Lauermann, prefeito de São Sebastião do Caí, vêm demonstrando pelo projeto. O Consórcio Intermunicipal do Vale do Caí vem se destacando pelo empenho em desenvolver projetos importantes para a concretização do Cluster Agroindustrial do Vale do Caí, como a restauração da navegabilidade comercial no rio Caí, a implantação de biodigestores e o asfaltamento das estradas interioranas do município.

118 - Sem medo de ser copiado

Hilário Junges tem sua obra reconhecida a nível nacional

Hilário Junges tem feito palestras pelo Rio Grande do Sul e outros estados brasileiros procurando transmitir a sua experiência como prefeito de Tupandi, que redundou no espetacular progresso desse município. Ele não tem receio de ensinar para outros o segredo do sucesso de Tupandi. O ideal para ele seria que o exemplo de Tupandi venha a servir para que municípios do mundo inteiro progridam, melhorando as condições de vida de suas populações.
O mesmo espírito deverá prevalecer no Cluster Agroindustrial de Alimentos do Vale do Caí. Embora o sucesso do cluster dependa dele ter capacidade de produzir alimentos com maior eficiência e menores preços do que os concorrentes do país e do mundo, o temor diante da concorrência não deve impedir a divulgação da estratégia de desenvolvimento do cluster.
Caso o Cluster Agroindustrial de Alimentos do Vale do Caí se desenvolva e venha a ser um grande sucesso, outras regiões do mundo poderão tentar imitá-lo. O desafio para o Cluster Vale do Caí será aperfeiçoar-se cada vez mais, para permanecer sempre à frente da concorrência.

117 - As prefeituras sairão ganhando

Um terminal hidroviário no rio Caí poderá atrair cargas do Vale do Caí e da Serra Gaúcha (clique sobre a foto para ampliá-la).

Assim como as usinas hidroelétricas e os parques eólicos dão grande retorno de impostos aos municípios, também os terminais hidro rodoviários que serão instalados no rio Caí irão beneficiar os municípios nos quais eles serão instalados: Montenegro, Capela, Pareci Novo e Caí.
Os terminais hidroviários também estimulam a implantação de indústrias. É recomendável que as prefeituras instalem distritos industriais junto a eles, pois não faltarão empresas interessadas em se localizarem num local que proporciona grande redução nos custos de transportes.
Com tudo isto, aumentará a receita das prefeituras e a suas possibiliades de proporcionar benefícios à população.

116 - A grande usina geradora de energia

Grandes biodigestores terão capacidade para produzir energia elétrica suficiente para atender a demanda regional e ainda gerar excedentes para outras regiões


Com dez mil aviários e instalações similares funcionando em uma pequena região, o Cluster Agroindustrial de Alimentos terá a possibilidade de gerar enorme volume de energia. O suficiente para abastecer de energia em torno de dois milhões de residências.
Isto será possível graças à implantação de dez grandes aviários que absorverão o estrume gerado em pocilgas, aviários, tambos de leite, criação de gado bovino em confinamento, unidades de cunicultura (criação de coelhos) e similares.
Com isto, e mais a geração de energia proporcionada pela usina hidroelétrica que funcionará na barragem feita para possibilitar a navegação até São Sebastião do Caí, a região se tornará numa das principais geradoras de energia do estado.
A farta produção de energia, seja na forma de eletricidade ou de gás, vai estimular a economia local e dará grande retorno de impostos para os municípios da região.

115 - Uma visão de futuro

Melhoria da estrada de ferro que liga o Vale do Caí às regiões produtoras de soja e milho e mais a implantação de ramais que levem estes produtos até às fábricas de ração fazem parte do projeto

Dentro de dez anos, um ramal ferroviário trará o milho, a soja e outros componentes da ração animal diretamente para as fábricas de ração estabelecidas na região. A ração será levada para os 10 mil aviários que estarão instalados nos 0 municípios do Vale do Caí. Isto representa uma média de quinhentos aviários por município, o que equivale ao número de instalações hoje existentes atualmente em Tupandi, um dos menores municípios da região. Vê-se por aí que a meta de 10 mil aviários, a ser atingida em 10 anos, é perfeitamente alcançável.
Nos aviários, a ração será transformada em carne e em escrementos dos animais.
Estes escrementos, juntamente com outros resíduos serão levados para dez grandes biodigestores instalados na região, em pontos estratégicos para que a distância entre cada aviário e o biodigestor mais próximo não seja maior do que cinco quilômetros.
Processando os resíduos de 10 mil aviários, pocilgas e outras instalações do gênero, os biodigestores fornecerão adubo orgânico de alta qualidade em quantidade suficiente para transformar o Rio Grande do Sul num polo mundial na produção de alimentos vegetais (hortifrutigranjeiros) produzidos de forma natural (livres de adubação química). Um aeroporto internacional especialmente destinado ao transporte de cargas será instalado no interior de Capela de Santana para levar estes produtos frescos para os grandes centros de consumo do mundo, aprovietando a estrutura montada para a exportação de carnes.

114 - Filtro de CO2

O Cluster Vale do Caí terá importante papel no combate à poluição atmosférica que provoca o aquecimento global

Além de produzir adubo, os biodigestores também servem para reduzir a emissão de CO2 na atmosfera.
CO2 é gás que, sendo lançado excessivamente na atmosfera, vem causando o aquecimento global.
A produção de carnes, pela forma precária como é feita atualmente, é uma das fontes da emissão excessiva de CO2 na atmosfera terrestre. O escremento dos animais, exposto ao tempo, passa por processo de fermantação, liberando o gás que se espalha pela atmosfera. Como são bilhões de animais criados no mundo para a produção de carnes este se torna um fator relevante para o aumento de CO2 na atmosfera e o aquecimento global.
No Cluster Vale do Caí isto não acontecerá, pois os escrementos dos animais será todo levado para biodigestores, onde o CO2, ao invés de ser liberado na atmosfera, será aproveitado para a produção de biogás.
O gás natural será usado para a geração de energia elétrica ou para a produção de gás combustível usado em veículos automotores, caldeiras industriais e outros equipamentos.
Com isto, ao invés de aumentar, o cluster irá reduzir a presença de CO2 na atmosfera. Isto porque ele incentivará a produção dos vegetais que compõem a ração (e absorvem CO2 da atmosfera). E os biodigestores evitarão que o CO2 seja lançado novamente na atmosfera. Assim, o processo todo, da produção da ração até a produção da carne, funcionará como um filtro, retirando CO2 da atmosfera.

113 - Municípios inteligentes

Tupandi mostrou o caminho e é exemplo de que administração municipal competente existe

Hoje existem pouco mais de 1.000 aviários e pocilgas no Vale do Caí. Quase metade delas instaladas no pequeno, desenvolvido e inteligente município de Tupandi.
A proposta do projeto Cluster Agroindustrial de Alimentos do Vale do Caí é aumentar o número de viários para 10 mil em dez anos. Para isto, os demais municípios devem seguir o exemplo de Tupandi, como os mais inteligentes deles já vêm fazendo. Para isto não basta que o prefeito queira fazer, embora isto seja muito importante. É necessário que ao menos a parcela mais esclarecida da população se empenhe neste abjetivo. Do contrário, o prefeito, mesmo querendo fazer o melhor para o seu município terá dificuldades para implementar um programa que só começa a dar resultados no médio prazo.

112 - Copenhague

Projetos como o do Cluster Vale do Caí, depois de copiados em vários países, poderão contribuir enormemente para evitar o aquecimento global

A contenção do processo de aquecimento global pode ser feito com bom senso e realismo.
Será necessário, para isto, mudar os hábitos das pessoas e alterar as formas de produzir os bens que são desejados pela população. A necessidade humana que exige maior esforço para ser atendida é a de alimento. Por isto, a produção, beneficiamento, distribuição e comercialização de alimentos é a maior indústria do mundo.
Devido à magnitude do setor agroindustrial de alimentos, o aprimoramento dos seus modos de produção (de maneira que ela seja feita com mais eficiência e menos desperdício), terá impacto tremendamente benéfico para a melhoria do mundo. Tanto do ponto de vista humano (por tornar os alimentos mais acessíveis para as populações carentes) como do ponto de vista ecológico.
O projeto do Cluster Agroindustrial de Alimentos do Vale do Caí tem por isto, um significado muito especial.
A proposta é que a pequena região do Vale do Caí, com 165 mil habitantes, se torne um núcleo de importância mundial na produção de alimentos. E que, dentro deste núcleo, a produção de alimentos seja feita com alta eficiência, mínimo desperdício e elevada consciência ecológica.
Todos os projetos do cluster são benéficos do ponto de vista do meio ambiente:
*A navegação fluvial, substituindo o uso mensal de dezenas de milhares de caminhões e evitando a passagem deles por Porto Alegre, já é um benefício tremendo. Diminuirá a emissão de gases tóxicos na atmosfera.
* A barragem que permitirá o funcionamento de um terminal hidro rodoviário junto a São Sebastião do Caí, será aproveitada também para a geração de energia eletrica.
* A implantação de biodigestores que evitarão a emissão de CO2 para a atmosfera., também servirão para a geração de energia.
* A energia gerada no Vale do Caí com os biodigestores e a hidroelétrica será mais do que suficiente para atender a todas as necessidades da região e regiões vizinhas. Como se trata de energia limpa, vai evitar a necessidade de maior utilização de formas de geração que causam emissão de gases poluentes.
* Em dez anos, a produção de carnes no cluster deverá ser multiplicada por dez. Pelas economias de escala e melhoria na infraestrutura, o preço da carne de frango, suíno, peixe e bovina em confinamento irá baixar. Este modelo poderá ser copiado no mundo inteiro, proporcionando o surgimento de milhares de clusters semelhantes. Isto tornará obsoletas as formas tradicionais de produção de carnes eliminando esta importante fonte de emissão de gases nocivos na atmosfera.
A implantação do cluster não terá custo algum, pois se trata de uma atividade econômica autosustentável.
O dinheiro que o governo gastar, por exemplo, com a implantação da navegação fluvial e os biodigestores retornará a ele (multiplicado) com o pagamento de impostos, pois vai aumentar a produção das empresas integradoras que produzem e comercializam as carnes e outros alimentos produzidos no cluster.
Adotando soluções como o Cluster Vale do Caí, a humanidade pode resolver o problema do aquecimento global sem necessidade de investimento bilionário e sem provocar a queda dos seus PIBs. Os problemas ecológicos podem ser resolvidos com economia, eficiência e planejamento de longo prazo.

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

111 - Luis Roque Klering

O professor Klering, com suas importantes pesquisas sobre desenvolvimento municipal, ajudou a revelar o milagre econômico ocorrido em Tupandi

Luis Roque Klering é professor do Departamento de Ciências Administrativas, nos níveis de graduação e pós-graduação, da Escola de Administração da Universidade Federal do Rio Grande dos Sul. Ele, que é natural de Bom Princípio, é o mais destacado estudioso do desenvolvimento dos municípios gaúchos. Num trabalho de forte embasamento científico, Kleiring divulga os números da economia de todos os municípios do estado ao longo das últimas décadas, permitindo que se faça uma avaliação do acerto das políticas de desenvolvimento adotadas pelos diversos municípios.
Foi graças a este trabalho que se começou a perceber, há dez anos atrás, o acerto da estratégia de desenvolvimento adotada pelo município de Tupandi. O que favoreceu a que outros municípios da região (e também de outras regiões e estados) seguissem o mesmo modelo, alcançando também níveis elevados de crescimento do seu PIB e PIB percapita.
Sem as informações das estatísticas fornecidas pelo professor Klering, Hilário Junges e seu grupo de trabalho teriam mais dificuldade para sustentar a ousada política econômica adotada pela prefeitura de Tupandi e os outros prefeitos não perceberiam facilmente o acerto desta estratégia.
O projeto do Cluster Agroindustrial de Alimentos do Vale do Caí tem nas pesquisas do professor Klering a sua principal base de dados científicos.
Os dados da pesquisa do professor Luis Roque Klering estão acessíveis para todos no site Terra Gaúcha. Infelizmente, a imensa maioria dos prefeitos, asssim como a população e até mesmo a comunidade científica, não está preparada para tirar proveito destes estudos. Eles muito poderiam contribuir para o desenvolvimento do estado.

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

110 - Lição de Jorge Gerdau Johannpeter

É preciso investir

Conforme diz Jorge Gerdau Johannpeter, o crescimento da China se deve aos investimentos feitos por aquele país, pois o crescimento só é possível com investimento. Nas empresas, a compra de novas máquinas e a ampliação dos prédios é necessária para que haja crescimento. Nos países, investimentos como a construção de portos, ferrovias, usinas de energia e rodovias são fundamentais para o crescimento.
O projeto do Cluster Agroindustrial de Alimentos do Vale do Caí segue este princípio óbvio. A empresa privada faz a sua parte, haja visto, os investimentos que empresas como a Oderich e a Agrosul vêm fazendo atualmente. Se o governo também fizer a sua parte (como acontece na China e em Tupandi) o progresso será uma consequência natural.
Retorno da navegação comecial ao rio Caí, implantação de biodigestores, asfaltamento das estradas do interior, ramal ferroviário para transportar soja e milho para as fábricas de ração e, principalmente, incentivo à implantação de mais aviários e pocilgas são meios seguros de impulsionar o cluster, tornando o Vale do Cai um grande polo de desenvolvimento.

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

109 - Escola do SENAI

São Sebastião do Caí terá sua escola técnica

Escolas técnicas são fundamentais para o desenvolvimento econômico e social. Mais importante que o ensino muito acadêmico, teórico e humanista, que predomina no Brasil, o ensino técnico favorece o aumento da produção e o desenvolvimento da economia. As melhorias nos campos cultural, social e na qualidade de vida vem como consequência natural. Como ensina Hilário Junges, é preciso primeiro aprender a ganhar dinheiro. Com isto se torna mais fácil conquistar a saúde, a educação e o bem estar.
Nos próximos dias será assinado o convênio entre a prefeitura do Caí, empresas da região e o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) para a implantação de uma escola técnica que irá funcionar no grande prédio em que funcionou a fábrica Leitz Ferramentas até recentemente. Situada no bairro Navegantes, perto do centro da cidade, a escola deverá representar uma importante alavanca para o desenvolvimento industrial e para a melhoria social de milhares de jovens que ali irão estudar ao longo dos anos. Fazer um curso no SENAI significa um bom emprego garantido.
Inicialmente, os cursos oferecidos serão os de eletrotécnica e mecânica, que servem para todo tipo de indústria. Mais adiante serão oferecidos cursos voltados para a indústria da alimentos, metalúrgica, moveleira, do vestuário e outros setores que são fortes na região.
Seria importante, agora, que a Universidade de Caxias do Sul implantasse o curso de Engenharia de Alimentos no seu núcleo do Vale do Caí.

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

108 - 16 metros de calado

Aprofundamento do canal, no porto de Rio Grande, resultará em redução no custo do frete

O canal de acesso para o porto de Rio Grande está sendo aprofundado. Uma draga, que antes operava em Dubai, na implantação das famosas ilhas em forma de palmeira, foi contratada e, em menos de um ano deverá concluir o trabalho, permitindo que os grandes navios pós-panamá (grandes demais para passar no Canal do Panamá) possam operar no porto gaúcho com a sua capacidade máxima. Isto fará do porto de Rio Grande um dos melhores do continente, com a consequência de diminuir o custo do frete nas viagens de Rio Grande aos principais destinos do mundo.
Um grande reforço para a viabilidade do Cluster Agroindustrial de Alimentos do Vale do Caí, que se tornará ainda mais competitivo a nível mundial.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

107 - Boas notícias no Fato Novo

O prefeito Oregino Francisco (à esquerda) e a secretária Kellen Almeida têm conseguido grandes vantagens para a região

O jornal Fato Novo, que se dedica muito à análises sobre o desenvolvimento do Vale do Caí, publicou notícia muito alviçareira na sua edição 2286, de 9 de dezembro de 2009 (acessivel pela internet). Escrita pelo joranalista Guilherme Schaurich Baptista, a matéria fala sobre a captação de recursos federais para o projeto de implantação de biodigestores na na região.
Diz a matéria:
"Nove municípios do Vale do Caí estão encaminhando ao Governo Federal uma solicitação de recursos para a instalação de biodigestores. O equipamento poderá transformar dejetos de suínos em energia elétrica ou combustível (biogás). Entre os municípios integrados ao projeto estão Montenegro, Pareci Novo, Salvador do Sul, Tupandi, Harmonia, São Pedro da Serra, Brochier, Maratá e São José do Sul.
O projeto deverá ser entregue hoje ao Ministro do Meio Ambiente Carlos Minc, em Brasília, pelo prefeito Oregino Francisco (de Pareci Novo) e pela secretária Kellen Almeida. O investimento seria de cerca de R$ 20 milhões.
Prefeitos e secretários dos nove municípios estiveram reunidos no Consórcio Intermunicipal (CIS-Caí) juntamente com representantes da empresa Eniplan, que elaborou o projeto, e da Companhia de Gás do Estado (Sulgás), interessada na compra do gás. Além dos benefícios ecológicos que o biodigestor proporciona (evita a emissão de CO2 para a atmosfera), a queima do gás metano proporciona geração de energia e os dejetos animais, depois de passarem pelo processo de compostagem, transformam-se em excelente adubo orgânico.

sábado, 5 de dezembro de 2009

106 - Produtor rural é empresário

Uso intensivo de tecnologia não acontece somente nas grandes propriedades

O produtor rural que possui dois, três ou mais aviários, pocilgas ou outras instalações em regime de integração não pode ser considerado um "colono", se usarmos esta palavra no sentido de camponês ignorante, que trabalha usando métodos de produção obsoletos e pouco produtivos.
O produtor rural que trabalha em regime de integração se parece mais com um empresário. Seus modernos aviários ou pocilgas exigem investimento maior até do que o de muitas indústrias de pequeno porte. Este produtor tem uma boa casa, carros e seus filhos podem frequentar a universidade.
Uma propriedade com dois aviários ou mais é uma empresa e o seu proprietário é um empresário. Para subsistir, ele precisa utilizar métodos modernos de produção, equipamentos avançados e alta tecnologia. As empresas integradoras ajudam muito neste aspecto, dando instrução e exigindo o cumprimento das normas.

105 - As idéias vão se tornar projetos

Navegação, biodigestores e asfalto são prioridades para o Cluster Agroindustrial do Vale do Caí

A união dos municípios da à região um maior poder de reivindicação.
Por isto são muito animadoras as perspectivas que surgem através do Consórcio de Municípios do Vale do Caí.
O prefeito Oregino Francisco, de Pareci Novo, tem alcançado grande sucesso na captação de recursos federais e estaduais para o seu município e região. Ele conta, para isto, com a competência da secretária Kellen Almeida, que tornou-se uma verdadeira expert na elaboração e encaminhamento de projetos. A parceria funciona tão bem que mais de 40 milhões em verbas já foram conseguidos para a região. Com destaque para a obra da rodovia Transcitrus, que já se encontra bem adiantada.
Como presidente do Consórcio, Oregino está assumindo a responsabilidade de tocar alguns projetos de valor estratégico para o desenvolvimento da região. Entrosado com a idéia do Cluster Agroindustrial de Alimentos do Vale do Caí, ele definiu como prioridades da sua administração alguns projetos que são básicos para o desenvolvimento do cluster e o progresso da região:
1 - Retomada da navegação comercial no rio Caí - Prevê a implantação de terminais hidrorodoviários em Montenegro, Pareci Novo e São Sebastião do Caí, além da construção de uma barragem com eclusa que possibilite a navegação comercial até São Sebastião do Caí. Possibilitará a navegação com barcos capazes de transportar 200 containers, reduzindo enormemente os custos de transporte até o porto de Rio Grande. A barragem, além disto, vai gerar energia elétrica.
2 - Implantação de biodigestores - Sua principal função é dar aproveitamento adequado aos dejetos de pocilgas e aviários, eliminando problemas de poluição do lençol freático e a liberação de gás carbônico na atmosfera. Além do que os biodigestores irão produzir adubo orgânico, gerar energia elétrica e gás combustível. Tornarão a região autosuficiente tanto na produção de adubo quanto na de energia e ainda irão gerar excedentes comercializáveis.
3 - Implantação de uma usina de asfalto - Iniciativa que terá por objetivo reduzir os custos nas obras de asfaltamento das estradas municipais. O que vai representar, também, redução de custos para as atividades produtivas, pois o custo do transporte entre as propriedades rurais e as indústrias beneficiadoras (Doux, Agrosul, Oderich, Naturovos, Cooperativa de Harmonia, Ecocitrus, Doces Ledur etc) serão menores com boas estradas. Elas proporcionam menor consumo de combustível e desgaste dos veículos.
Somente com a implantação destes três projetos (que já estão nos planos de Oregino Francisco) o Vale do Caí já daria um enorme salto no seu desenvolvimento. Eles aumentariam muito a geração de renda, o emprego e o retorno de impostos para a prefeitura.
Com eles, as empresas já instaladas na região poderiam crescer muito e, inclusive, outras empresas poderão se instalar na região.


104 - Não esquecer o principal

Produção primária de aves e suínos é o principal fator de desenvolvimento da região

Uma lição que a história econômica do Vale do Caí nos ensina, e que nunca deve ser esquecida, é a seguinte:
A produção primária de alta produtividade e em regime de integração (caso dos aviários e pocilgas) é a atividade econômica que mais impulsiona o desenvolvimento na nossa região.
O município de Montenegro, que tem grandes indústias (inclusive a Doux) não está tão bem como Tupandi (que tem os aviários e pocilgas).
Portanto, cada município deve empenhar-se muito em incentivar a implantação de mais aviários, pocilgas e instalações semelhantes (produção de carne de gado em confinamento, leite, coelhos, perus etc), contanto que haja uma empresa integradora ligada a estas atividades, para fornecer tecnologia, controlar a produtividade e salubridade da produção e a emissão de nota de tudo que for produzido.
A atividade rural em regime de integração é o grande segredo do sucesso de municípios como Tupandi, pois ela permite extraordinária produção sem a necessidade de "importar" mão de obra, como acontece no caso das indústrias.
Outras atividades poderiam ser desenvolvidas na região aproveitando este filão, como é o caso da piscicultura. Mas ela só será atraente se houver uma empresas integradora interessada em atuar com os produtores de forma semelhante à que ocorre nas integradoras voltadas para a produção de carne de frango e suínos, ovos etc.

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

103 - Um instante de descontração

Para ficar na memória

O nome Tupandi (município pioneiro do Cluster Agroindustrial de Alimentos do Vale do Caí) foi dado por influência dos padres jesuítas, que gostam muito das línguas indígenas. Significa Luz do Céu.
Mas tem gente, inspirada em coisas mais modernas, que descobriu um outro significado desta palavra. Ela seria uma espécie de sigla (ou um anagrama), sintetizando a seguinte frase:

Trabalhando
Unidos, nas
Pocilgas e
Aviários,
Nos
Desenvolvemos com a
Integração

É só uma brincadeira, mas serve para lembrar o que a criação de aves e suinos, com alta tecnologia e produtividade, foi (e continua sendo) a principal alavanca do milagre de desenvolvimento ocorrido neste município.

sábado, 28 de novembro de 2009

102 - O que é bom tem que continuar

O retorno de impostos proporcionado pela avicultura e suinocultura deu a Tupandi características de primeiro mundo

A região do Vale do Caí já é reconhecida hoje como uma das mais desenvolvidas do país. Instituições de destaque, como a Confederação Nacional dos Municípios, o Sebrae e a Fundação Getúlio Vargas atestam esta realidade. A revista Veja chegou a fazer uma grande reportagem de oito páginas mostrando como o Vale do Caí se distinguia do resto do país, mostrando características de primeiro mundo.
E os estudos feitos até aqui apontam também para o fato de que a avicultura e suinocultura em regime de integração é o principal fator que distingue a economia da região. Várias das principais empresas do Vale do Caí (Doux, Naturovos, Agrogen, Agrosul, Cooperativa de Harmonia) são do ramo. Mas é principalmente na produção primária dos frangos, perus, suínos e ovos, que a região mais se distingue. É pela força econômica deste setor e pelo retorno de impostos que proporciona, que as prefeituras têm conseguido mais recurso para melhorar as condições de vida da população, proporcionando serviços de primeiro mundo, inclusive na saúde e educação.

101 - Novos passos para o projeto

Municípios unidos estão criando a estrutura necessária para o desenvolvimento

No Vale do Caí, muito foi feito nas últimas décadas, mas as possibilidades de desenvolvimento da produção de alimentos em regime de integração pode ir ainda muito além.
Já está formado na região um cluster voltado para a produção de alimentos. Ele já tem até uma nome: Cluster Agroindustrial de Alimentos do Vale do Caí.
Cluster é uma aglomeração de empresas que atuam dentro de um mesmo ramo de atividade, numa mesma região. Esta aglomeração favorece estas empresas no que diz respeito à sua capacidade de competir no mercado. Exemplos de cluster são o polo calçadista do Vale do Sinos, o moveleiro de Bento Gonçalves e o turístico de Gramado.
Em Novo Hamburgo, por exemplo, existe fartura de mão de obra com aptidão para trabalhar com o calçado, cursos técnicos e universitários voltados para as necessidades da indústria calçadista e até uma feira (a FENAC) para divulgar e estimular as vendas. Lá existem agências bancárias e transportadoras preparadas para atuar no comércio internacional e toda uma grande estrutura de apoio à atividade dos calçadistas. O projeto do Cluster Agroindustrial do Vale do Caí visa implantar na região condições estruturais para que a produção primária de aves, suínos e outros alimentos e a indústria de beneficiamento dos mesmos se tornem mais competitivas e se desenvolvam mais.
Para tanto, é necessário que as empresas, as prefeituras e outras forças da região (sindicatos, ACIs e CDLs etc) se unam em torno da conquista de benefícios que venham a aumentar a capacidade produtiva da região. É perfeitamente possível, por exemplo, fazer com que a navegação comercial retorne no Vale do Caí, o que resultaria em redução de custos no transporte de mercadorias até o porto de Rio Grande.
É possível, também, implantar biodigestores na região, que aumentariam a renda dos produtores, produziriam adubo e energia elétrica (ou gás).
É possível, ainda, implantar um ramal da ferrovia Ferrosul para tornar mais barato o frete dos grãos componentes da ração animal.
E poderão ser implantados cursos universitários e escolas técnicas de nível médio voltadas para a produção de alimentos.
Fazendo negociação conjunta, os municípios poderão asfaltar suas estradas com custos menores.
Estes são apenas alguns exemplos de benefícios que poderão ser alcançados se houver união e organização em torno desse propósito. E tudo isto fará com que a produção de alimentos no Vale do Caí se torne menos onerosa. E, com isto, os produtos do Vale serão mais competitivos.
Com o cluster, o Vale do Caí poderá progredir ainda muito mais e se tornar um exemplo para o mundo.

100 - Tupandi continua dando o exemplo

As lições do "professor" Hilário Junges deveriam ser aproveitadas por todos os prefeitos

Uma boa idéia seria criar, em Tupandi, uma Escola Superior de Administração Pública.
Tupandi é um fenômeno mundial. E, numa prova de que é verdadeira a máxima de que ninguém é insubstituível, mesmo com a saída de Hilário Junges, o município continua sendo excelentemente administrado. Pelo que se vê, este município, que já é o mais rico da região, continua evoluindo fortemente e a tendência é que a diferença entre ele e os demais aumente, ao invés de diminuir.
Apesar de ser um município pequeno, Tupandi tem um número incomparavelmente maior de aviários, pocilgas e instalações semelhantes do que os demais municípios da região. Por isto, quando este blog estipulou metas para o número de instalações de cada município, levou em consideração que Tupandi já estava bem servido e moderou no estabelecimento da sua meta: 500 aviários no prazo de 10 anos.
Os produtores e a administração de Tupandi, não deram atenção ao nosso blog e, até o mês de novembro, implantaram mais 24 aviários e 9 pocilgas. Neste ritmo, a meta estabelecida será atingida em menos de três anos.
Enquanto isto, outros municípios continuam marcando passo.
Segundo levantamento feito pela prefeitura de Tupandi em novembro de 2009, o município contava então com 329 aviários, 130 pocilgas, e dois galpões para cunicultura (criação de coelhos). Portanto, sem contar os modernos e tecnificados tambos de leite e criação de gado em confinamento, Tupandi conta hoje com 461 instalações dedicadas à pecuária em regime de integração.
Por isso, o valor da produção primária de Tupandi duas vezes maior do que a da indústria. E o seu peso vem aumentando. Considerando-se ainda que o retorno de impostos proporcionado pela produção primária é muito maior que o do setor industrial, pode se ter uma idéia do enorme benefício que este setor vem proporcionando para o município.
Hoje Tupandi é, disparadamente, o município mais rico da região (foi um dos dois mais pobres, há 20 anos). E, no futuro, a diferença entre Tupandi e os demais será ainda maior.

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

99 - Grandes projetos

A antiga ponte da RS-124 é estreita e se torna necessária a construção de uma nova ponte

O prefeito de Pareci Novo, Oregino Francisco, foi reeleito presidente do Consórcio dos Municípios do Vale do Caí. Não é para menos. Ele tem conseguido grandes benefícios para a região, inclusive a rodovia Transcitrus, que já está bem adiantada e vai ligar Poço das Antas e o Vale do Taquari a Pareci Novo.
Na sua nova gestão ele pretende trabalhar, entre outras coisas, pela retomada da navegação comercial no rio Caí, por uma usina de asfalto que permita aos municípios asfaltar suas estradas municipais, pela implantação de biodigestores e por uma nova ponte ligando Pareci Novo ao Caí.
São grandes objetivos que mostram a ousadia e visão de futuro do prefeito Oregino. E ninguém duvida da sua capacidade de concretizar tais projetos.
As três obras, se concretizadas, darão grande impulso ao progresso da região.

98 - Cisternas

A construção de cisternas é recomendável, como modo de aproveitar melhor a água da chuva

O prefeito de Harmonia Sílvio Specht foi quem trouxe para a região a idéia da implantação de grandes biodigestores para resolver o problema ecológico e permitir a expansão da produção de suínos no seu município e nos vizinhos. Agora ele traz uma outra proposta, também muito correta do ponto de vista ecológico para resolver o problema da falta d'água nos períodos de estiagem.
Como os aviários e pocilgas precisam de muita água, podem ocorrer problemas sérios devido à sua falta.
Por isto Sílvio Specht está preocupado em alertar os produtores para a construção de cisternas, para armazenar água nas épocas de chuva e garantir, assim, que ela não vá faltar nos tempos de seca. Pode ser uma ótima idéia e seria muito interessante que as administrações municipais incentivassem as primeiras iniciativas neste sentido. Principalmente nas localidades e propriedades que ficam mais sujeitas ao problema.
São providências como estas que, através de um constante aperfeiçoamento dos recursos usados na produção, vão garantir a competitividade e o vigor da avicultura e suinocultura na região.

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

97 - Onde os biodigestores?

Um dos grandes biodigestores da região deverá localizar-se no município de Feliz

Os biodigestores são peça fundamental para o sucesso do Cluster Agroindustrial do Vale do Caí.
O projeto prevê a implantação de cinco grandes instalações, de modo que todos os 10 mil aviários, pocilgas e estádulos previstos no projeto fiquem a pequena distância de uma das cinco instalações.
Embora isto deva ser ainda melhor estudado, em princípio a localização dos biodigestores poderia ser a seguinte:
1. Em Montenegro, atendendo aos aviários, pocilgas etc de Montenegro, Brochier e Maratá, num total de 2.600 potenciais instalações.
2. Em Harmonia, atendendo Harmonia, Tupandi, São José do Sul e Pareci Novo, com 2.150 potenciais instalações.
3. No Caí, atendendo Portão, Capela de Santana, Caí e São José do Hortêncio, com 2.150 instalações.
4. Na Feliz (foto), atendendo Feliz, Bom Princípio, Alto Feliz, Vale Real, São Vendelino e Linha Nova, com 1.900 instalações.
5. Em São Pedro da Serra, atendendo também Salvador do Sul e Barão, com 1.550 instalações.

96 - Energia e sustentabilidade

Os biodigestores evitam poluição local e aquecimento global, além de produzirem energia e adubo

O fato de uma região, como o vale do Caí, concentrar grande número de aviários e pocilgas torna viável a o funcionamento econômico de grandes biodigestores. Estas instalações são capazes de gerar energia em grande escala (tanto na forma de energia elétrica como na de biogás). Com isto haverá uma sensível diminuição na emissão de gás carbônico na atmosfera, ajudando a enfrentar o problema do aquecimento global.
Uma barragem construída entre os municípios de Pareci Novo e Capela de Santana, além de permitir a navegação fluvial até São Sebastião do Caí, também funcionaria como hidroelétrica, gerando mais energia. Outra forma de energia limpa.
O biodigestor tem outra vantagem adicional. Depois do processo de fermentação, os excrementos das aves e suínos transformam-se em adubo orgânico de excelente qualidade, permitindo uma intensa e qualificada produção de alimentos vegetais orgânicos de alta qualidade, a preço muito competitivo. O mesmo adubo serve para a produzir o plancton, que alimenta os peixes em açudes.
O projeto do Cluster Agroindustrial do Vale do Caí, concentrando mais de 10 mil aviários, pocilgas e açudes em um território pequeno, sem problemas de poluição, vai ajudar a eliminar o problema da fome no mundo, além de contribuir para o equilíbrio ecológico no planeta. Por isso deverá merecer atenção e apoio dos governos e demais organismos nacionais e internacionais.
Uma vez implantado com sucesso no Vale do Caí, o modelo poderá ser copiado em outras regiões do Brasil e do mundo.

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

95 - Navegação Aliança

Empresa do município de Taquari produz grandes barcos apropriados para a navegação no rio Caí

Sediada em Taquari, cidade banhada pelo rio de mesmo nome, a Navegação Aliança é uma das maiores empresas do setor no estado. Além de trabalhar com transporte de cargas pelas hidrovias do estado, a empresa tem estaleiro próprio e fabrica grandes barcos. Atualmente está construindo o Frederico Madörin, um investimento de R$ 16,5 milhões. Este barco deverá começar a operar no próximo mês de março. A previsão da empresa é de crescimento de 20 % no volume de cargas movimentadas pela navegação fluvial gaúcha, em 2010.
Seu diretor, Ático Scherer, considera que o Caí é o rio gaúcho que oferece melhores perspectivas para o desenvolvimento da navegação. Bastando, para isso, que seja solucionado o problema da ponte baixa construída para a estrada de ferro que passa pelo Polo Petroquímico em direção a Canoas.
O Frederico Madörim é o segundo barco de uma série de três cujos nomes homenageiam os fundadores da empresa. O primeiro, chamado Germano Becker, já está em operação e o próximo a ser construído deverá chamar-se João Mallmann. Cada um desses barcos mede um pouco mais de 100 metros de comprimento e tem capacidade para transportar em torno de 5 mil quilos de carga.
Segundo Ático Scherer, sendo feita a adaptação necessária na ponte ferroviária próxima ao Polo, a navegação fluvial no rio Caí se tornará possível até o ponto em que existia a Barragem Rio Branco, no município de Pareci Novo.

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

94 - Camargo Corrêa


O município de Capela de Santana está na expectativa de receber uma nova indústria

A Essencis, empresa ligada ao grupo Camargo Corrêa, adquiriu uma grande área de terras junto à RS-240, na qual deverá ser implantada, brevemente, uma unidade dessa empresa. A Essencis já opera em vários estados brasileiros e processa resíduos industriais que poderiam causar poluição do meio ambiete, transformando-os em produtos úteis.

Com isso, a Camargo Corrêa, que é uma das maiores empresas construtoras do país (e do mundo) passa a integrar-se mais ao Vale do Caí. Isso poderá ajudar na realização de algumas obras importantes, como a reforma na ponte ferroviária sobre o rio Caí (próxima ao Polo Petroquímico), que atualmente impede a navegação comercial de porte pelo mesmo rio.

Esta obra, como já foi exposto neste blog, terá enorme repercussão econômica, pois o rio Caí é o mais propício do estado para o desenvolvimento da navegação comercial de alto rendimento. Isso porque os produtos das empresas da região (especialmente a Doux) são muito apropriados para o transporte fluvial.

É de lembrar que grandes empresas, como a Camargo Corrêa, têm capacidade para conseguir até mesmo os recursos para uma obra como esssa. E ela opera também como concessionária no setor de transportes (com rodovias pedagiadas, por exemplo).
Na foto, a usina hidroelétrica de Porto Primavera, em São Paulo. Obra realizada com a participação da empresa.

sábado, 14 de novembro de 2009

93 - Setor primário com alta produtividade

As pessoas pensam que grandes indústrias trazem desenvolvimento, mas o setor primário pode ter efeito ainda mais positivo

O retorno de ICMS é a principal fonte de receita para as prefeituras. Ele se baseia no valor da produção dentro do município e a produção primária é a que mais contribui para o aumento da receita municipal. Prefeitos da região calculam que o retorno aos cofres municipais proporcionado por um aviário equivale ao obtido com uma indústria com 100 funcionários.
Sendo assim, o retorno obtido pela prefeitura de Tupandi (com seus 400 aviários e pocilgas) equivale ao que obteria caso tivesse indústrias com 40 mil funcionários. O que é fantástico, pois Tupandi, na verdade, tem apenas 4.000 habitantes.
Por isto, a situação do município de Tupandi (que foi um dia um pobre distrito montenegrino) hoje é muito melhor do que a da sua ex-sede municipal. Tupandi ganhou mais tendo os aviários do que Montenegro com a Doux/Frangosul instalada no seu território.
Vários outros municípios do Vale do Caí, seguindo o exemplo de Tupandi, já descobriram as vantagens de incentivar a implantação de aviários e, com isto, progrediram significativamente. Harmonia, São José do Sul, Pareci Novo e Maratá são bons exemplos disto.
O município do Caí, que conta agora com uma integradora, a Agrosul, planeja incentivar a implantação de aviários. Mas precisará implantar muitos aviários para alcançar a renda percapita de um país de primeiro mundo (acima de US$ 20 mil). No Vale do Caí, a produção de aves e suínos é a única atividade econômica capaz de elevar a renda per capita a este nível. O que é fácil de compreender. Um único trabalhador é capaz de cuidar de dois aviários. Imagine-se o que produz este trabalhador e a diferença que existe entre a sua produção e a de um operário ou de um comerciário.

92 - Quantidade

Se não fosse pela grande quantidade de aviários e pocilgas no município, Tupandi não teria chegado onde chegou

A qualidade é sempre muito importante. Mas a quantidade também é fundamental num projeto econômico. É ela que proporciona as economias de escala.
Como sempre, é o município de Tupandi que nos ensina esta lição. Nos anos de 1993 e 1994, o prefeito Hilário Junges - com o seu forte plano de incentivo aos produtores - conseguiu que fossem instalados 198 aviários e pocilgas no município. Para os padrões de hoje, eram instalações pequenas e precárias. Para a época, no entanto, eram modernas e altamente produtivas. A produção destas 198 unidades teve um impacto tão violento na economia do município que o PIB chegou a crescer 93 % em apenas um ano (1994). E foi com aviários e pocilgas, cada vez maiores, mais modernos e mais produtivos, que Tupandi cresceu economicamente, passando de uma situação de desenvolvimento africana para a outra de primeiro mundo. A renda per capita, que era de US$ 776,16 em 1989, subiu para US$ 22.239,26 em 2006. Proeza que, possivelmente, nenhum município no mundo conseguiu alcançar por esforço próprio. Sem a contribuição de um fato exógeno como, por exemplo, a implantação de um polo petroquímico ou de uma usina hidroelétrica.
O projeto do Cluster Agroindustrial do Vale do Caí pretende, basicamente, dar maior amplitude e continuidade à fantástica experiência administrativa ocorrida no pequeno município de Tupandi, aproveitando suas lições. É algo que já está ocorrendo e que precisa ser melhor orientado, para ganhar ainda maior amplitude.
Com a união dos 20 municípios do Vale do Caí, se pretende criar as condições para implantar a infraestrutura física e intelectual necessária para um desenvolvimento muito maior. Os municípios do Vale do Caí terão força para construir estradas (como já está acontecendo no caso da rodovia Transcitrus) e restaurar a navegação no rio Caí, que tornará o produto local muito mais competitivo.
Para tanto, se propõe, que o número de aviários e pocilgas instalados na região passe a ser de 10 mil e que toda uma estrutura esteja montada na região para tornar a produção local mais qualificada, mais segura e feita com menores custos. Em síntese, maior e mais competitiva.

91 - Instalações por município

Mais de dez mil aviários e pocilgas podem ser instalados no pequeno Vale do Caí

Numa estimativa modesta, estabelecemos como meta que Tupandi passe das atuais 400 instalações para 500. O que, na verdade, está muito aquém das suas possibilidades.
Para os outros municípios as metas são ainda mais modestas (considerando-se as suas disponibilidades de área e quantidade de propriedades rurais). Levou-se em conta outros fatores, como o interesse maior ou menor das administrações municipais no projeto e o fato de que os outros municípios não atingiram o grau de eficiência de Tupandi na implementação de instalações agropecuárias.

Ficam estabelecidas, assim, as metas para cada município da região. O prazo é de dez anos.
O primeiro número após o nome do município corresponde ao número de propriedades rurais existentes no mesmo.
A letra revela a sua situação quanto à distância das empresas integradoras (Doux, Agrosul, Naturovos, Cooperativa de Harmonia), sendo que a letra A representa a menor distância e C a maior.
O número seguinte indica a área do município em quilômetros quadrados.
E o último número (grifado) respresenta a meta de instalações para o município.

Montenegro 2.408 A 416 1.400
São Sebastião do Caí 1.171 A 111 800
Pareci Novo 517 A 58 550
São José do Sul 477 A 67 550
Harmonia 549 A 48 550
Maratá 628 B 78 500
Brochier 1.175 B 113 700
São José do Hortêncio 522 B 56 350
Tupandi 493 B 59 500
Salvador do Sul 911 B 90 700
Capela de Santana 467 B 182 300
Feliz 979 B 182 600
Bom Princípio 870 B 90 500
Linha Nova 442 B 66 250
Vale Real 492 B 53 250
Alto Feliz 564 C 81 200
São Vendelino 250 C 39 100
São Pedro da Serra 330 C 35 150
Barão 1097 C 118 700
Portão 1054 C 157 700

Total da região 10.350

Trata-se aqui de uma estimativa, que pode ser muito alterada de acordo com a vontade política das administrações municipais.
Tupandi, certamente, vai superar em muito a meta estabelecida, pois no ano de 2009 foram instalados em torno de 40 novos aviários e pocilgas. A continuar neste ritmo, a meta estabelecida para o município (500) será atingjda em 2010.



90 - Dióxido de carbono

O Cluster Vale do Caí poderá dar significativa contribuição para a diminuição da poluição e do efeito estufa

O dióxido de carbono, ou anidrido carbônico, ou gás carbônico é um composto químico constituído por dois átomos de oxigénio e um átomo de carbono. O dióxido de carbono foi descoberto pelo escocês Joseph Black em 1754 e a sua representação química é CO2

Estruturalmente o dióxido de carbono é constituído por moléculas de geometria linear e de carácter apolar. Por isso as atracções intermoleculares são muito fracas, tornando-o, nas condições ambientais, um gás. Daí o seu nome comercial gás carbônico.

O dióxido de carbono é essencial à vida no planeta, pois é um dos compostos necessários para a realização da fotosíntese. Mas a sua excessiva presença na atmosfera vem causando um sério problema, que é o aquecimento global. Fenômeno que se estima ser capaz de causar grandes transtornos para a humanidade.

Por isto existe uma mobilização cada vez maior no sentido de evitar a liberação de CO2 na atmosfera.

O Cluster Agroindustrial de Alimentos do Vale do Caí dará uma enorme contribuição para a redução deste tipo de emissão, pois ele prevê a implantação de 10 mil aviários e pocilgas produzindo carnes para o mundo, com alta eficiência, economia e apuro tecnológico. E uma das características marcantes do projeto é o total aproveitamento dos escrementos dos animais (e outros resíduos orgânicos) para a produção de adubo e energia através de biodigestores. Devido à grande escala, torna-se perfeitamente viável a produção de energia elétrica ou de biogás em escala comercial. Assim, os detritos que poderiam representar grave problema ecológico (com a contaminação do lençol freático) passam a ser úteis e rentáveis.

Outro grande problema dos detritos animais é a liberação do CO2. Deixado ao tempo, os escrementos dos animais liberam o gás carbônico para a atlmosfera e isto ocorre em milhões de pocilgas e aviários existentes pelo mundo afora.

A produção racional e ecologicamente correta dentro do Cluster Agorindustrial do Vale do Caí irá substituir a produção feita de modo danoso.

Os consumidores vão preferir o produto que tem esta vantagem e organismos internacionais preocupados com a preservação do meio ambiente irão apoiar a implantação do projeto.

Com o tempo, a tecnologia desenvolvida no Cluster do Vale do Caí será usada em outros países e as conseqüências benéficas para a preservação do planeta serão significativas.



89 - 500 visitantes

Através deste blog, as idéias do Cluster Vale do Caí chegam a estudiosos do mundo inteiro

O interesse pelo Cluster Vale do Caí aumenta dia a dia. Chegamos agora a mais de 20 postagens em um só dia. O que não é pouco, quando se trata de um assunto tão especializado. Hoje, digitando-se no google as palavras cluster agroindustrial, a primeira opção apresentada é o nosso Cluster Vale do Caí.
Isto mostra a força da idéia que aqui é defendida.
Mestres em economia têm recomendado o nosso endereço nos seus blogs e, com isto, ele vem ganhando mais visitantes, inclusive no exterior.
Falta, talvez, que mais pessoas se liguem a esta idéia no Rio Grande do Sul e na própria região do Vale do Caí.
Mas, de qualquer forma, a semente está lançada e vinga vigorosamente. Foram necessários quase meio ano de trabalho, com 88 postagens, para chegarmos ao atual número de 500 visitantes. Muitos dos nossos visitantes se tornaram assíduos e isso tem garantido uma média superior a 30 visitas diárias.
Isto significará que a idéia do Cluster Agroindustrial do Vale do Caí já é uma idéia fervilhante no meio daqueles que pensam, e planejam, o desenvolvimento econômico sustentável.
O próximo passo será fazer com que os principais agentes de planejamento (prefeituras, governos estadual e federal, associações de municípios, universidades, empresas, entidades de classes...) se engagem na idéia e ela passe para a fase de execução. Mas tudo tem de acontecer ao seu tempo e pode se dizer que o processo já começa a ganhar aceleração.

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

88 - O aspecto ecológico

A riqueza proporcionada pelo cluster ajudará a preservar a exuberante natureza que ainda se encontra intacta na região

O Cluster Agroindustrial do Vale do Caí, uma vez que chegue a ser completamente implantado, trará enormes vantagens. E não apenas para o desenvolvimento da região e para a melhoria das condições de vida do povo local.
Usando de todos os recursos possíveis para aumentar a produtividade, reduzir custos e garantir qualidade, o Cluster estará, em primeiro lugar, proporcionando bons alimentos a preços acessíveis, com condições de atender as necessidades de qualquer país do mundo.
Mas é muito interessante notar que o cluster também trará grande benefício do ponto de vista ecológico.
A produção de carnes no Vale do Caí, com o Cluster na sua plenitude, não causará dano ao meio-ambiente. Pelo contrário: irá proporcionar um grande benefício. Em muitos países do mundo a carne é produzida de forma precária e os escrementos dos animais (especialmente os dos suínos), quando deixados ao ar livre, liberam enorme volume de gás carbônico para a atmosfera. No Cluster isto não irá acontecer devido à utilização de biodigestores. Com eles o gás é queimado para transformar-se em energia. Uma energia, por sinal, muito mais limpa que a gerada pela queima do carvão ou do petróleo.
Utilizando ferrovias para trazer o milho, soja e outros componentes da ração animal para a região do cluster e a navegação para transportar a carne aos seus locais de consumo, também se estará usando meios de transportes muito mais corretos, do ponto de vista ecológico, do que os caminhões que geralmente são empregados nos atuais processos de produção.
A produção de carnes nos 10 mil aviários e pocilgas que deverão, um dia, fazer parte do Cluster do Vale do Caí, substituirão muitas outras instalações que, ao redor do mundo, produzem de forma precária e danosa ao meio-ambiente.
Além disto, com o grande lucro proporcionado pela produção de carnes dentro do sistema do cluster, será possível cuidar bem da belíssima região do Vale do Caí e do seu magnífico rio. Situada junto a grandes áreas metropolitanas (Grande Porto Alegre e Caxias do Sul) o Vale do Caí poderá ser conservado como um verdadeiro parque. A produção de carnes em aviários, pocilgas, açudes e estábulos não exige muito espaço e também não faz uso intensivo de mão de obra.
O cluster poderá possibilitar, portanto, que o Vale do Caí continue com população relativamente escassa e a natureza seja zelosamente preservada.

sábado, 7 de novembro de 2009

87 - Distâncias

O Vale do Caí é pequeno e os municípios que o compõem estão, cada vez mais, conectados por uma moderna rede rodoviária

Não existem fontes totalmente confiáveis sobre as distâncias entre as sedes municipais da região.As informações atualmente encontradas na internet não são coerentes. Visando suprir esta carência, começamos aqui uma pesquisa, para a qual pedimos a colaboração dos nossos leitores no sentido de corrigir e complementar.
Caí - Porto Alegre: 66 km
Bom Princípio - Caí: 10 km (Bom Princípio - Porto Alegre: 76 km)
Bom Princípio - São Vendelino: 11 km (São Vendelino - PA: 87 km)
Bom Princípio - Feliz: 6 km (Feliz - Porto Alegre: 82 km)
Feliz - Alto Feliz: 11 km (Alto Feliz - Porto Alegre: 93 km)
Feliz - Vale Real: 13 (Vale Real - Porto Alegre: 95km)
Feliz - Linha Nova: 12 km (Linha Nova - Porto Alegre: 94 km).
São José do Hortêncio - Caí: 17 km (São José do Hortêncio - PA, via Caí: 83 km)
Harmonia - Caí: 8 km (Harmonia - Porto Alegre: 74 km)
Pareci Novo - Caí: 8 km (Pareci Novo - Porto Alegre: 74 km, pelo Caí)
Tupandi - Bom Princípio: 8 km (Tupandi - Porto Alegre: 84 km)
Tupandi - Harmonia: 4 km (Tupandi - Porto Alegre: 78 km, pelo Caí)
Montenegro - Porto Alegre: 66 km
Montenegro - Brochier: 25 km (Brochier - Porto Alegre, via Montenegro: 91 km)
Brochier - Maratá: 6 km (Maratá - Porto Alegre, via Montenegro: 97 km)
Salvador do Sul - Montenegro: 36 km ( Salvador - PA via Montenegro: 102 km)
Salvador do Sul - Tupandi: 11 km (Salvador - Porto Alegre via Bom Princípio: 95 km
Salvador do Sul - Harmonia: 14 km via São José do Sul e 15 km via Tupandi.
Salvador do Sul - Caí, via São José do Sul: 22 km (Salvador do Sul - PA, via Caí: 88 km)
São Pedro da Serra - Salvador do Sul: 2 km
Barão - Salvador do Sul: 9 km
Tupandi - Salvador do Sul: 11 km
Tupandi - Harmonia: 4 km
Tupandi - Bom Princípio: 8 km
São José do Sul - Harmonia: 7 km
São José do Sul - Montenegro: 29 km
São José do Sul - Salvador: 7 km
Caí - São Leopoldo: 33 km.
Portão - Porto Alegre: 48 km
Portão - Caí: 17 km
Portão - São Leopoldo: 16 km
Pareci Novo - Caí: 8 km (Pareci Novo - PA, via Caí: 74 km)
Pareci Novo - Montenegro: 8 km (Pareci Novo - PA, via Montenegro: 74 km)

A distância de Montenegro ou do Caí até o Porto de Rio Grande é de 375 quilômetros (por via rodoviária).

86 - Consórcio dos Muncípios

A construção da estrada Transcitrus é um marco inicial de uma nova era de cooperação dos municípios para a realização de grandes projetos

A união entre os municípios é fundamental para que sejam alcançados alguns objetivos fundamentais para impulsionar o progresso da região e do Cluster Agroindustrial de Alimentos do Vale do Caí. Principalmente naquilo que se refere a empreendimentos de porte, que precisam da participação do governo federal. Exemplo disto, são a retomada das condições de navegabilidade do rio Caí (principalmente com a reforma da ponte da estrada de ferro que impossibilita a navegação comercial com barcos de porte) e a integração da região à projetada ferrovia Ferrosul.
Felizmente, a região do Vale do Caí já deu um grande passo no sentido de integrar os esforços dos municípios no sentido de conseguir benefícios para a região.
O Consórcio Inteermunicipal do Vale do Caí foi criado para unir os municípios nas suas compras de remédios. Adquiridos em grandes quantidades, os remédios custam muito mais baratos. Os preços caem quase à metade. A partir deste sucesso, o Consórcio desenvolveu-se e vem alcançando outros objetivos importantes. Exemplo disto é o asfaltamento da rodovia Transcitrus (de 49 quilômetros, ligando Pareci Novo a Poço das Antas e, dali, ao Vale do Taquari e à região norte do estado - que é produtora dos grãos que compõem a ração das aves e suínos). As obras avançam rapidamente e há a expectativa de ficarem prontas no próximo ano.
O prefeito de Pareci Novo, Oregino Francisco, atual presidente do Consórcio Intermunicipal, destaca outras conquistas obtidas pela região graças ao consórcio, como o Sistema de Videomonitoramento, que obteve verba federal de R$ 15 milhões e vai aumentar as condições de segurança na região. Outros projetos importantes já estão em andamento, como o dos biodigestores, para o aproveitamento dos dejetos das criações de suínos, gerando energia e adubo. E também o da Usina Verde, que vai fazer o reaproveitamento do lixo sólido. Com estes projetos, tanto o lixo como os dejetos animais vão ser transformado em riqueza para a região.
Contar com este eficiente Consórcio Municipal é mais um diferencial em favor da região do Vale do Caí e uma importante ferramenta para fazer o Cluster Agroindustrial do Vale do Caí à sua plenitude.

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

85- Ferrosul

A ferrovia que ligará o porto de Rio Grande às regiões produtoras de soja deverá passar pelo Vale do Caí

O projeto da Ferrosul, ferrovia a ser implantada pelos estados do Mato Grosso do Sul, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul poderá ser extremamente benéfico para o desenvolvimento do Cluster Vale do Caí.
Conforme tem sido divulgado, a Ferrosul ingressaria no Rio Grande do Sul por Nonoai, no extremo norte do estado, dirigindo-se para Porto Alegre. Ela passaria por grandes regiões produtoras dos grãos (milho e soja) que são a base da ração para aves, suínos, bovinos e peixes que são produzidos no Cluster Vale do Caí.
A ferrovia seria moderna, com bitola dupla, possibilitando velocidades de 120 a 160 quilômetros por hora. Com isto, baixaria o custo de frete dos componentes da ração a ser utilizada nos aviários, pocilgas, tambos e açudes do Vale do Caí. Isso reduziria o custo na produção de carnes, ovos, leite, peixes do Cluster e tornaria estes produtos mais competitivos.

84 - Histórias do Vale

A história do Vale do Caí é exposta de forma ampla e dinâmica no blog Histórias do Vale do Caí

Neste blog é discutido, principalmente, o progresso futuro do Vale do Caí.
Caso você se interesse também em conhecer o passado da região (o que é fundamental para compreendê-la melhor), visite o blog Histórias do Vale do Caí (facilmente acessável pelo Google).

83 - Ciência é diferencial de produtividade

Universidades ligadas ao Vale do Caí já desenvolvem pesquisas importantes, que contribuem para o aprimoramento da produção de alimentos

A coordenadora do Laboratório de Ornitologia da Unisinos, doutora Maria Virgínia Petry, apresentou recentemente pesquisa realizada a respeito da passagem de aves migratórias pela região do Vale do Caí e os riscos que isto representa quanto à contaminação da gripe aviária. O estudo ajuda a prevenir contra estes riscos, dando mais segurança para a região neste aspecto.
É uma amostra do quanto a ciência pode ser útil para o desenvolvimento econômico da região.
Imagine-se a vantagem competitiva que tem uma regiao produtora de frangos que, através do apoio científico, consegue manter-se livre de um problema tão sério como é a gripe aviária.
Quando houver crise numa outra região afetada, a produção da região protegida ganhará mercado.
O Vale do Caí está cercado de Universidades, algumas delas com núcleos instalados na própria região. E começa a tirar proveito disto. Pesquisas destinadas diretamente a desenvolver as pesquisas visando impulsionar a produção local já estão sendo realizadas no núcleo regional da UCS. Assim, a possibilidade de desenvolvimento de tecnologia própria começa a se tornar um diferencial a mais em favor dos produtores da região. Nossas universidades estão acordando para a necessidade de desenvolver pesquisas que favoreçam a produção. Está passando o tempo em que o ensino superior era apenas livresco e teórico.

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

82 - A grande fábrica de adubo

Uma das vantagens do Cluster é a produção de enormes quantidades de adubo orgânico de excelente qualidade

No futuro, a região do Vale do Caí será um ponto para o qual enormes quantidades de milho e soja serão tranportados por via fluvial. Ali estes produtos serão transformados em ração, que vai alimentar frangos, suínos, bovinos e peixes que serão criados em 10 mil aviários e pocilgas, além de milhares de estábulos e açudes. Os escrementos destes animais poderiam se transformar num enorme problema ambiental. Mas este problema será evitado com a instalação de biodigestores (alguns grandes ou muitos pequenos). Com isto, ao invés de ser problema ecológico, o Cluster Agroindustrial será solução, pois ao contrário do que acontece com a agropecuária da maior parte do mundo (que gera gás carbônico liberado na atmosfera), no Vale do Caí este gás será transformado em energia (gerando energia elétrica ou biogás para ser usado como combustível).
Os biodigestores têm um custo inicial de implantação elevado, mas acabam se pagando, porque tanto o gás como o adubo orgânico de alta qualidade (que resulta do processo de fermentação dos escrementos) geram receita.
Com o cluster na sua plenitude, o Vale do Caí se tornará uma enorme fábrica de adubo orgânico, disponível a preços muito acessíveis para os produtores de frutas, hortaliças e flores da região. O Vale se transformará em grande exportador, também, destes produtos. A mesma estrutura exportadora montada para a venda de carnes servirá para a venda dos demais produtos da região.

81 - Círculo virtuoso

É necessário ter espírito positivo para a implantação de um grande projeto de desenvolvimento

Infelizmente, a maioria das pessoas é pessimista. Palavra que, em certo sentido pode ser considerada como um sinônimo de acomodada ou preguiçosa. Prova disto é que a expressão círculo vicioso é muito mais popular do que a sua oposta: círculo virtuoso.
O projeto do Cluster Agroindustrial de Alimentos representa a criação de um círculo virtuoso na região do Vale do Cai. Isto quer dizer que se trabalha pela criação ou aprimoramento de diversosav fatores positivos ao desenvolvimento da região. Por exemplo:
- Apoio dos governos municipal, estadual e federal aos donos de aviários e pocilgas, assim como às empresas integradoras.
- Reativação da navegação fluvial no rio Caí.
- Asfaltamento das estradas municipais, proporcionando diminuição nos custos do transporte entre a integradora e os aviários.
- Implantação de ensino técnico voltado para a avicultura, suinocultura e industrialização de alimentos.
- Apoio à pesquisa nas universidades locais dentro desta mesma área.
- Atração de bancos e empresas voltadas para comércio internacional.
- Implantação nos municípios do serviço de licenciamento ambiental.
- aprimoramento dos meios de comunicação, em especial a intrnet banda larga de alta velocidade.
- Implantação de biodigestores, para eliminar problemas de dano ecológico e obter ganhos com a produção de energia e adubo orgânico.
O desenvolvimento de cada um destes fatores positivos influi sobre o crescimento dos demais, formando um círculo virtuoso que conduz ao rápido desenvolvimento. Como já aconteceu em Tupandi, fazendo este município (que era muito pobre há vinte anos) chegar a uma situação de primeiro mundo.
Mas isto dá trabalho e muita gente prefere entregar-se aos prazeres do vício. Ou seja, à preferência pela lânguida pachorra do círculo vicioso, no qual nada se faz porque tudo é difícil e existem sempre desculpas para deixar as coisas do jeito que estão. Por piores que sejam.



segunda-feira, 26 de outubro de 2009

80 - Municipalização do meio ambiente

De nada adianta gerar aumento da produção e riqueza se isto não vier acompanhado de preservação do meio ambiente e melhoria na qualidade de vida

Para se construir um aviário ou pocilga, é necessário obter a licença do órgão responsável pelo controle do meio ambiente. Por incrível que pareça, no Brasil é necessário esperar e pagar muito para fazer algo tão benéfico. É, normalmente, o governo estadual que concede a licença. Mas, felizmente, no Rio Grande do Sul, o estado transfere aos municípios o poder de fazer o licenciamento. Uma atitude admirável, pois geralmente um governo gosta de deter o poder e não transferi-lo a outros. Com isto, em 237 municípios gaúchos já aconteceu a municipalização do controle de meio ambiente. Fora do Rio Grande do Sul, pouquíssimos municípios contam com tal autonomia.
No Vale do Caí, os municípios com administração mais dinâmica já providenciaram a municipalização há muitos anos. Mas alguns ainda não haviam tomado esta providência. Agora o Caí, Alto Feliz, Linha Nova, São Pedro e Vale Real estão prestes a receber a autorização para fazer o licenciamento ambiental. O que isto representa em redução de custos (ou até isenção) e agilidade, resulta em mais um diferencial da região, que a torna mais competitiva como produtora de frangos, suínos e ovos.