quarta-feira, 23 de setembro de 2009

73 - O Pareci quer chegar lá

Pareci está seguindo o exemplo de Tupandi e o seu progresso também está sendo espetacular

O prefeito de Pareci Novo, Oregino Francisco, está determinado a levar o seu município à condição de primeiro mundo. E quer fazer isto durante o seu atual mandato. Ou seja: até o final do ano de 2012. Não vai ser fácil, pois o PIB per capita do município, em 2008, foi de 11 mil dólares. E, para ser considerado de primeiro mundo, o Pareci precisa chegar a 20 mil.
Mesmo assim, o prefeito Oregino considera este objetivo como meta principal do seu governo.
E quem o conhece não se arrisca a duvidar. Oregino é muito determinado e um trabalhador incansável. No seu primeiro mandato, criou as bases para o desnvolvimento acelerado do município e, colhendo os resultados no segundo mandato, não é impossível que alcance a audaciosa meta que propôs para o seu município.
O principal instrumento com que ele conta para isto é o desenvolvimento da avicultura e da suinocultura no município. A mesma ferramenta usada por Hilário Junges para fomentar o crescimento extraordinário de Tupandi. Como se sabe, em Tupandi, na década de 90, o PIB chegou a crescer 93 % em apenas um ano. Portanto, não há porque duvidar da possibilidade de Oregino conseguir crescimento semelhante para o Pareci Novo em quatro anos.

72 - Rumo ao primeiro mundo

Prosperidade com preservação do meio ambiente e da qualidade de vida são os objetivos principais do projeto Cluster Vale do Caí

Em janeiro de 2007, quando o jornal Fato Novo comemorava seu 25º aniversário, convidou os prefeitos do Vale do Caí para uma reunião e lançou um desafio:
o de promover o planejamento estratégico para os municípios da região de modo que a maioria deles chegasse à condição de primeiro mundo dentro de dez anos.
Na ocasião, o diretor do jornal determinou que ficaria convencionado o PIB nominal per capita de 20 mil dólares como meta a ser atingida para que um município fosse considerado de primeiro mundo. Mostrou que Tupandi já estava muito próximo de atingir tal meta e comentou a estratégia daquele município para chegar onde chegou. Basicamente, austeridade administrativa para obter sobra de recursos para investimento e uma estratégia de desenvolvimento baseada no incentivo à implantação de aviários e pocilgas que operem em regime de integração com grandes empresas do ramo de carnes.
Já na época alguns municípios vinham seguindo o exemplo de Tupandi e, de lá para cá, os demais também foram se convencendo da necessidade de seguir caminho semelhante para levar seus municípios ao desenvolvimento.
O objetivo do jornal Fato Novo era mostrar aos prefeitos que levar seus municípios a uma situação e primeiro mundo era algo realizável.
Em 2008, conforme estimativa elaborada pelo Fato Novo com base no índice de retorno de ICMS dos municípios, recentemente divulgada pelo governo estadual, Tupandi deverá atingir o PIB nominal per capita de 24.940 dólares. Os municípios que mais se aproximam da meta de 20 mil dólares de PIB per capita são os seguintes:

Maratá - 15.403
Salvador do Sul - 14.486
São José do Sul - 13.438
Harmonia - 12.817
São Vendelino - 12.164
Montenegro - 12.105
São Pedro da Serra - 11.364
Pareci Novo - 11.000
Bom Princípio - 10.308

71 - De mil para dez mil

Dez mil aviários e pocilgas situados próximos das empresas integradoras, da ferrovia que traz os grãos e da hidrovia que leva a carne, tornarão a região imbatível em produtividade e competitividade

O Vale do Caí conta, atualmente, com pouco mais de 1.000 aviários. E teria perfeitas condições técnicas de ampliar este número para 10 mil.
Isto seria possível com a implantação da navegação comercial no rio Caí e outras providências previstas no projeto do Cluster Agroindustrial de Alimentos do Vale do Caí.
A Doux, Agrosul, Naturovos e Cooperativa de Harmonia vêm fazendo um excelente trabalho na absorção da produção dos aviários do Vale. Mas é bom saber que existem outras empresas com condições de virem a instalar abatedouros no nosso Vale e, com isto, possibilitar a implantação de mais aviários.
As duas maiores empresas mundiais deste setor são brasileiras: a JBS Friboi e a Brasil Foods. A criação de um terminal hidrorodoviário no rio Caí (que diminuirá o custo do transporte até o superporto de Rio Grande), juntamente com o apoio que as prefeituras do Vale dão à avicultura e outras vantagens locais, tornará atrativo para estas empresas instalar frigoríficos na região.
Com a implantação de 10 mil aviários no Vale (todos próximos dos abatedouros, o que também representa diminuição de custo) todos os municípios da região poderiam chegar ao estatus de primeiro mundo. O que já acontece com Tupandi, que deve a sua situação privilegiada aos mais de 400 aviários e pocilgas que existem no seu pequeno território.

70 - Estados Unidos poderá abrir mercado para frango brasileiro

A carne produzida no Cluster será a mais saudável e saborosa do mundo, sem ser cara, e todos os mercados se abrirão para ela

As empresas brasileiras dominam o mercado mundial da carne de frango.
O grupo brasileiro JBS-Friboi comprou a empresa americana Pilgrim's Pride e, com isto, aumenta a sua penetração no mercado americano. A Pilgrim's se dedica à produção e comercialização de carnes (especialmente a de frango). Com isto o JBS-Friboi, que já é a maior empresa mundial no setor de carnes, começa a se interessar pela carne de frango.
Por outro lado a Brasil Foods, que é o resultado da fusão da Sadia e Perdigão, tem como meta abrir as portas do mercado norte-americano para a carne de frango que produz no Brasil. Para tanto, pretende trabalhar pela queda das barreiras sanitárias que, até hoje, têm impedido a penetração do frango brasileiro nos Estados Unidos.
Estas notícias dão uma idéia do quanto a produção de carne de frango pode crescer no futuro.

69 - Marolinha

O setor de alimentos foi o que menos sofreu com a crise

O mundo passou por uma grave crise mundial. No Brasil, porém, os seus efeitos foram menos graves e já se percebe fortíssimos indícios de que, aqui, ela está próxima de terminar. O país e as empresas que são fortes na produção de alimentos, no final, vão se sair bem desta crise. Como se costuma dizer, o setor de alimentos é o que menos sofre numa crise.
O mesmo vale para o nosso Cluster Agroindustrial de Alimentos. A crise, por aqui, foi branda. As empresas e aviários diminuiram a sua produção. Mas ninguém quebrou ou fechou e agora a produção já voltou ao normal e começa a ser ampliada novamente.
O presidente Lula disse que, no Brasil, a crise seria apenas uma marolinha. Ele não estava completamente errado.

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

68 - História universal

No passado, a tecnologia era menor e a produtividade pouca. No futuro, mais tecnologia vai gerar mais produtividade

Se você se interessa por este blog, provavelmente irá gostar - também - do blog Histórias do Vale do Caí ( historiasvalecai.blogspot.com ). Ali você poderá participar de uma grande aventura. A descoberta do passado de uma rica região. Uma história que é peculiar ao Vale do Caí, mas que, ao mesmo tempo, é univesal, porque é humana. Nenhuma outra região do mundo tem história igual a esta. Mas esta história, a do Vale do Caí, se assemelha em muito à história de qualquer região do planeta.

domingo, 13 de setembro de 2009

67 - A idéia se propaga

Milhares de pessoas já tomaram conhecimento das idéias propagadas por este blog

O blog Cluster Vale do Caí foi criado no dia 23 de maio deste ano. Dois meses e quatro dias depois, o número de visitantes chegava a 100. Um resultado que foi comemorado, pois o assunto aqui abordado não é dos mais populares. Hoje, passados mais um mês e meio, o número de visitantes já chega a 250. Sinal de que a idéia do cluster está contagiando as pessoas e mais gente está se interessando por ela. Sinal de que é uma idéia forte.
As sementes germinam e o cluster - que hoje é um conceito - tem tudo para se tornar uma brilhante realidade. Colabore para isto difundindo a idéia (e o blog) junto a pessoas com capacidade para entender o seu alcance e com condições de contribuir para o desenvolvimento do projeto.
Já foram postados 67 textos no blog. Para quem está chegando agora, recomenda-se a leitura das postagens mais antigas, nas quais são explicados os conceitos básicos do projeto. O que vai facilitar a compreensão da idéia geral que aqui se defende.

66 - A volta da banha

Banha de porco (usada com moderação) é mais saudável do que a margarina

Houve um tempo, no final do século XIX e início do século XX, em que a produção de banha foi a maior riqueza do Vale do Caí. Alguns dos maiores grupos empresariais gaúchos (Mentz, Ritter, Trein e Renner) tiveram a produção de banha como base inicial do seu sucesso.
Foi a aproximadamente 50 anos que a margarina, feita de soja, surgiu como substituta da banha, com a vantagem de ser muito mais barata e a fama de ser mais saudável.
Na época os criadores de suínos preferiam raças com propenção a engordar, como a Macau, Pelada e Mineira. Estas raças são chamadas de porco-banha. Com a queda de consumo da banha, elas foram substituidas por outras raças, as de porco-carne, como a Pollan China e a Duroc Jersey.
Hoje, a margarina está em descrédito, pois se constatou que a gordura trans é mais prejudicial do que a banha. E está se reforçando a tese de que a banha de porco (consumida com moderação) é mais saudável. Além, é claro, de mais saborosa.
Portanto, a produção de banha é uma boa possibilidade a ser explorada pelas empresas do Cluster Agroindustrial de Alimentos do Vale do Caí. Recomenda-se, porém, que ela seja oferecida em embalagem pequena e sofisticada. E acompanhada de receitas, pois as donas de casa precisarão aprender a usar este alimento que, hoje, tornou-se uma raridade.

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

65 - Postos de biogás

A produção de biogás é uma das possibilidades oferecidas pelos biodigestores

A produção de suínos tem um sério problema. Os porcos produzem enorme quantidade de escrementos que, se não forem tratados de forma adequada, podem causar sérios problemas de poluição ambiental.
Mas o estrume pode, também, ser transformado em grande riqueza. A prefeitura de Harmonia já manteve contatos com uma empresa alemã que detém tecnologia avançada na produção de biodigestores. O que ela propos foi um grande biodigestor capaz de absorver o estrume produzido em centenas de pocilgas. O gás gerado nesta unidade seria suficiente para gerar energia elétrica suficiente para suprir boa parte das necessidades do Vale do Caí. Energia esta que seria vendida à distribuidora local. Mas esta não é a única possibilidade. O gás produzido por uma unidade deste porte poderia ser comercializado, também, como gás combustível para abastecer automóveis e caminhões. A Sulgás já manifestou interesse em estudar esta possibilidade.
A produção de gás combustível no Vale do Caí se torna mais viável pelo fato de que existem rodovias na região, como a RS-122 (que liga Porto Alegre a Caxias do Sul), com grande movimento de veículos. Seria possível, portanto, instalar o biodigestor próximo da rodovia e instalar um posto de abastecimento que ficasse a poucas centenas de metros da fonte geradora do gás. Uma simples tubulação faria o transporte do biodigestor ao posto de abastecimento, reduzindo a quase zero o custo do transporte.

64 - Solução para as enchentes

A dragagem do rio, necessária para a navegação, teria efeito positivo também sobre as enchentes

A cidade de São Sebastião do Caí é famosa pelas suas enchentes. Sempre que as chuvas se tornam mais intensas, o nível do rio Caí sobe e dezenas de casas são invadidas. E isto proporciona boas imagens para o noticiário da TV. Caiques navegando por ruas inundadas, casas com água até o meio da parede (ou até o telhado).
Todo ano ocorrem enchentes, como consequência natural da cidade haver nascido e crescido em função do seu porto fluvial.
E o mesmo acontece com Montenegro. As duas principais cidades do Vale do Caí enfrentam este problema há mais de um século e nada é feito para solucioná-lo.
Técnicos ensinam que a dragagem do rio seria uma forma de solucionar ou, ao menos, diminuir o problema. Com a dragagem o água flui mais livremente, escoa mais depressa e o seu nível não sobe tanto. A história confirma esta afirmação, pois na época em que houve navegação no rio Caí (e na qual o rio foi dragado) não ocorreram enchentes tão grandes como as acontecidas antes e depois deste período.
Não é viável arcar com os custos da dragagem apenas em razão do problema das enchentes. Porém, se fosse implantada a navegação no rio Caí, estes dois benefícios se somariam, justificando a dragagem.
A diminuição do problema das enchentes, portanto, é uma razão a mais para que seja implantada a navegação no rio Caí.

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

63 - Horizontes ampliados

Criação de cabras tem grande potencial de desenvolvimento na região

Na medida em que o Cluster Agroindustrial de Alimentos do Vale do Caí for se desenvolvendo, novas oportunidades serão criadas para a produção regional. Quando a região contar com um terminal hidrorodoviário de cargas, escolas técnicas e cursos universitários voltados para a produção de alimentos, empresas especializadas em exportação, prefeituras e outras entidades preparadas para apoiar novas iniciativas nesta ára, será muito mais viável produzir e exportar alimentos de qualquer tipo. E as possibilidades são inúmeras.
Um exemplo disto é a possibilidade de exportação do leite e, principalmente, do queijo de cabra.
Esta parece ser uma possibilidade distante. No entanto, é um fato concreto a existência, no Caí, de uma cabanha dedicada à produção de caprinos que é uma das mais avançadas do país. A Cabanha PS do Mafrário fornece material genético para os melhores criadores do país e teve brilhante participação na última expointer, ganhando seis dos nove grande prêmios destinados aos caprinos.
Ário Soares, proprietário da cabanha, considera que a região tem excelentes condições de produzir leite de cabra em pequenas propriedades (a partir de dois hectares) nas quais os donos das mesmas cuidem pessoalmente da criação. Ário diz que as possibilidades de exportação se tornam ainda maiores quanto ao queijo feito de leite de cabra, que tem excelente aceitação no mercado internacional.
Com as condições oferecidas pelo cluster, esta seria mais uma riqueza que poderia se desenvolver na região.