313 - Boas administrações são um trunfo da região

Dizer que os políticos e administradores públicos brasileiros são pouco competentes é uma obviedade. Se não fosse assim, o país já estaria muito mais adiantado.
Mas muita gente lembra que, como é o povo que escolhe os políticos e governantes, em eleições livres, o povo também é culpado, por escolher mal seus governantes. O que também faz sentido.
Felizmente, os administradores municipais do Vale do Caí estão num nível bem melhor que a média nacional. O que os exime um pouco, assim como aos nossos eleitores. A região do Vale do Caí, com apenas 20 municípios tem um número excepcional deles situado entre os melhores do país.
O município de São José do Hortêncio foi apontado como sexto melhor do estado, o de Feliz como 14°, e o de São José do Sul como 18°. Dos trezentos melhores municípios do país,, nove são do Vale do Caí. O que é muito, considerando o tamanho e população da região. Mais uma vez uma pesquisa aponta nossa região como a que tem os melhores administradores públicos. E, é claro, os melhores eleitores.
Mas também é verdade que o povo não pode escolher bem se estiver mal informado quanto à qualidade da administração nos seus municípios.
Como a realidade tem demonstrado que a qualidade das administrações é fundamental para o progresso dos municípios, o Fato Novo tem se empenhado em divulgar pesquisas que objetivam medir a qualidade das administrações municipais.
ÍNDICE FIRJAN
Não existe, ainda, um índice geral para medir a qualidade das administrações. Mas existem alguns índices que avaliam aspectos da administração. Esse é o caso, por exemplo, do Índice Firjan de Gestão Fiscal, que acaba de ser divulgado.
Para melhor compreender e aproveitar esse índice para a avaliação das administrações devemos lembrar que os números levados em consideração na pesquisa são referentes ao ano de 2010. Em 2011, a situação em cada município pode ter se alterado: para melhor ou para pior.
Em segundo lugar, devemos observar que a pesquisa não pretende avaliar a qualidade da administração no seu sentido amplo, mas apenas um aspecto dela: a gestão fiscal.
O que significa isso?
O índice da FIRJAN considera apenas o equilíbrio financeiro da administração municipal.
O equilíbrio fiscal é muito importante para o sucesso de uma administração. Mas não é o principal. Sabe-se de empresas (e municípios), que são muito certinhos no pagamento das contas - o que é bom - mas que não progridem satisfatoriamente.
Prova disso é o caso de São José do Hortêncio. Não é de hoje que esse município é um exemplo de gestão financeira. O seu progresso, no entanto, fica muito abaixo do de Tupandi. Apesar de Tupandi ter uma situação fiscal não tão admirável.
O que distingue Tupandi é o fato de que a administração criou um bom plano de desenvolvimento e o executou com grande competência.
O bom equilíbrio financeiro sempre foi uma característica da administração de Tupandi e, certamente, a ajudou a alcançar o êxito formidável ue obteve. A boa gestão fiscal (financeira) é muito positiva. Mas não é o principal. O que realmente importa são os resultados que a administração alcança em progresso para o município e bem estar para a população.

312 - O aeroporto decola

O aeroporto 20 de Setembro, no município de Portão, será maior do que o de Guarulhos

As últimas notícias deixaram o secretário de infraestrutura do estado, Beto Albuquerque, empolgado.
O presidente da Infraero, Gustavo do Vale, lhe disse que está decidido a fazer um novo aeroporto na região metropolitana de Porto Alegre e a opção preferencial é pelo Aeroporto 20 de Setembro, situado nos municípios de Portão e Nova Santa Rita. O aeroporto será tão grande que se estenderá de um município ao outro. Será maior que o de Guarulhos, perdendo apenas para o de Brasília.
Mesmo assim, a Infraero pretende investir em melhorias no Aeroporto Salgado Filho. Mas, mesmo com as melhorias possíveis, o aeroporto de Porto Alegre não dará conta da demanda por muitos anos. Por isso, a construção do 20 de Setembro precisa ser iniciada o quanto antes. A idéia do presidente da Embraer é ter o 20 de Setembro pronto em seis anos. Ou seja, em 2018.
Com a experiência que temos de obras do governo, a projeção parece inacreditável. Mas existe  uma solução para isso: a privatização. Veja-se como está andando rápido a obra da Arena do Grêmio. E é para essa solução rápida e simples, que o presidente da Infraero pretende apelar. Será feito, brevemente, um leilão para decidir quem vai construir a obra e, depois, administrá-la, recebendo lucros na operação. Desta forma, a obra precisa ficar pronta depressa, pois as empresas que o construírem terão o interesse (e a necessidade) do lucro.

311 - Aeroporto Internacional poderá ficar pronto em oito anos

Ao invés de ampliar o aeroporto de Porto Alegre (foto), a Infraero poderá optar por construir o novo aeroporto, no Vale do Caí

Todos os aeroportos do Brasil precisam ser ampliados e melhorados. O transporte aéreo cresce muito e se providências não forem tomadas, o congestionamento nos terminais aeroviários, que já é grande, vai piorar muito.
Por isso o governo federal já fez a concessão à iniciativa privada de três aeroportos, em São Paulo e Brasilia. E cogita fazer novos contratos deste tipo para a ampliação dos aeroportos existentes e a construção de novos.
O aeroporto de Porto Alegre é o que mais preocupa e, em recente entrevista, o presidente da Infraero, Gustavo do Vale, anunciou que o governo deverá conceder à iniciativa privada a construção de três novos aeroportos: os de Porto Alegre, Recife e Salvador.
Quanto ao de Porto Alegre, a Infraero cogita de ampliar a pista do aeroporto Salgado Filho, mas sabe que isso não resolverá o problema. Mesmo com essa obra, o Salgado Filho não se prestará para o pouso de grandes aviões de carga e, além disto, é um local muito sujeito a nevoeiros, devido á proximidade com o Guaíba. De qualquer forma, um novo aeroporto precisará ser construído.
Por isso a melhor opção talvez seja partir logo para a construção do novo. E com urgência, pois o Salgado Filho, mesmo com reforma, chegará à saturação em dez anos.
Quanto ao local para a construção de um novo aeroporto, o local que tem sido considerado é uma grande área entre os municípios de Portão e Nova Santa Rita (no Vale do Caí). Muito próxima da divisa com Capela de Santana e a aproximadamente 15 quilômetros, em linha reta, da cidade de Montenegro e 17 do Caí. A cidade de Capela de Santana fica a aproximadamente sete quilômetros do local cogitado.
Este aeroporto tem sido muito debatido e tem até um bonito nome provisório: 20 de Setembro. Através  da Rodovia do Parque, que seria prolongada até a cidade de Portão, o acesso do aeroporto ao centro de Porto Alegre seria bastante facilitado. A distância do aeroporto a Porto Alegre, em linha reta, será de aproximadamente 25 quilômetros, em linha reta.
Ainda neste semestre, segundo Gustavo do Vale, deverá ser tomada uma decisão quanto ao que fazer no caso do aeroporto de Porto Alegre.
Se a opção for a de partir para o aeroporto novo, o leilão para a escolha de um parceiro privado poderá ser realizado muito brevemente e, em oito anos, o aeroporto poderá estar funcionando.
A construção do novo aeroporto, com pistas longas capazes de permitir o pouso e a decolagem de aviões cargueiros de grande porte, representará um forte estímulo para a economia do Vale do Caí Com o uso dos superaviões cargueiros o frete fica mais barato e as exportações mais competitivas. Será possível, por exemplo, exportar produtos à base de carnes de frango, suínos ou bovinos para os principais mercados mundiais.