segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

135 - Alimentação, negócio seguro

Quando uma crise acontece, o setor de alimentos é o que menos sofre

Segundo a FAO (Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação), será necessário investir US$ 83 bilhões por ano na agricultura somente em países em desenvolvimento, para elevar a produção mundial de alimentos em 70% nos próximos 40 anos. Só assim se poderá atender às necessidades da população mundial, que chegará a 9 bilhões de habitantes.
Falta alimento no mundo. Tanto que, depois de uma leve queda nos preços durante a crise mundial, a cotação dos alimentos no mercado internacional já começa a aumentar significativamente.

domingo, 21 de fevereiro de 2010

134 - Combate à fome


O sofrimento dos que passam fome é uma chaga que a humanidade precisa curar

Um cluster que se dedique à produção mais racional, econômica e eficiente do alimento tem um alto valor social. Apesar do forte progresso econômico, social e político conseguido pela humanidade nos últimos 65 anos (desde o término da Última Grande Guerra), ainda hoje estima-se em 800 milhões o número de pessoas que padecem o flagelo da subalimentação.
O desenvolvimento de um Cluster Agroindustrial de Alimentos, que poderá depois servir de modelo a outros, poderá representar uma contribuição enorme para a luta pela erradicação desta chaga social que ainda denigre a espécie humana.
O Cluster Agroindustrial de Alimentos do Vale do Caí poderá disponibilizar containers frigoríficos contendo alimentos saborosos e de alto valor alimentar, vendendo-os a preços extremamente acessíveis e os entregando em qualquer lugar do mundo. Comerciantes, governos e organizações não governamentais de assistência poderão adquirir estes alimentos e vendê-los a preço baixou ou doá-los a pessoas que, hoje, não têm acesso suficiente a alimentos de qualidade.
Graças à substancial redução de custos proporcionada pelo funcionamento do Cluster, os containers contendo 28 toneladas de carne de frango, mesmo vendidos a preço baixo, proporcionarão lucro suficiente para remunerar devidamente os entes econômicos (empresas, produtores rurais, transportadores etc) envolvidos na sua produção.
Isto será possível devido às condições que serão oferecidas aos produtores no Vale do Caí. Nesta região, as prefeituras dão forte incentivo aos produtores e os ajudam a conseguir financiamento e outros benefícios dos governos estadual e federal.
Nos municípios mais dinâmicos, as redes trifásicas servem todo o território habitado, existe fornecimento de água encanada para os produtores rurais e as estradas interiores (mesmo as menos movimentadas) estão sendo asfaltadas. Tudo isto diminui os custos de produção. A concentração de milhares de aviários na região faz com que se reduza o custo de transporte para as empresas integradoras (Doux, Oderich, Agrosul, Naturovos, Cooperativa de Harmonia, Doces Ledur, Ecocitrus, Laranjas Vale do Cai, Comercial Nedel, Comercial Wunder, Irmãos Birnfeld e outras). Outras conquistas são viáveis e começa a ser trilhado o caminho para chegar a elas. Um destaque é a navegação fluvial pelo rio Caí, que reduzirá enormemente o custo do transporte de containers entre o Vale do Caí e o superporto de Rio Grande. A construção de um ramal ferroviário colocará a soja e o milho diretamente no pátio das fábricas de ração. Outra conquista fundamental - também a caminho - é a instalação de grandes biodigestores para transformar os escrementos de suínos e aves na produção de energia elétrica, gás natural e adubo. Fundamental, também, é o desenvolvimento de escolas técnicas para aprimorar a produção rural e a industrialização dos produtos. Outros investimentos previstos são a melhoria do serviço de internet banda larga. Empresas exportadoras serão instaladas na região e os bancos terão carteiras dedicadas ao comércio exterior nas suas agências locais.
Tudo isto, e outros fatores mais (como o desenvolvimento de pesquisas nos núcleos universitários locais) fará com que o custo do alimento produzido no Vale do Caí se reduza e com que o volume da produção aumente. O que permitirá que as empresas locais fornecam milhares de containers, ajudando a humanidade a eliminar um dos problemas que mais a envergonha e desmerece: o fato de que quase um bilhão de pessoas ainda estejam sujeitas ao terrível sofrimento da fome.
Nota adicional: os mais graves problemas de fome se concentram no continente africano, que é muito próximo e acessível para navios que partem do porto de Rio Grande.