sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

307 - Municípios do Vale do Caí em fase de grande desenvolvimento


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O progresso é alcançado através do conhecimento e a forma mais rápida de chegar a ele é aprender com aqueles que sabem mais do que nós.
O Vale do Caí tem a rara vantagem de contar com um município que é exemplo de sucesso para mundo. Um case quase surpreendente. Quase inacreditável. Provavelmente nenhum município do mundo conseguiu sucesso tão rápido e espetacular. Em apenas duas décadas, a renda per capita de Tupandi saltou de 750 para 37.547 dólares.
As lições de Tupandi são claras: administração austera (evitando empreguismo e gastos supérfluos) e adoção de um plano estratégico de desenvolvimento viável e executado com eficiência e persistência.
INTEGRAÇÃO
O boom de desenvolvimento de Tupandi aconteceu depois que o prefeito Hilário Junges, no ano de 1994, implantou no município o sistema de forte incentivo à produção de aves e suínos.
Ele viajou até o oeste catarinense para conhecer melhor o sistema de integração entre uma grande indústria frigorífica, que funciona  como integradora, e o produtor rural, que é o integrado.
Este sistema já era muito avançado no Oeste Catarinense, onde surgiram os frigoríficos Perdigão (em 1940) e o Sadia (em 1944).
Em Montenegro já havia o frigorífico Frangosul e Hilário, encantado com o que viu em Santa Catarina, resolveu apostar todas as suas fichas no desenvolvimento de aviários e pocilgas dentro do regime de integração. Desde então, grande parte dos recursos da prefeitura foram destinados ao incentivo a colonos na construção de aviários e pocilgas. Mesmo que para isso tenham sido adiados outros investimentos e o atendimento a outras aspirações do povo.
A aposta deu cem por cento certo e hoje se pode ter certeza disso. Que diria, há 18 anos, que o pobre distrito de Bom Princípio que começou a sua vida emancipada em 1989 teria hoje mais capacidade produtiva do que a rica, culta, abnegada e tecnológica Alemanha?
E foi a produção integrada de aves e suínos que fortemente incentivada e conduzida pela administração municipal que produziu esse milagre.
A tabela do PIB per capita não deixa dúvida quanto à grande virtude da agropecuária integrada sobre o outro modelo de desenvolvimento, focado na indústria.
Nos anos de 2009 e 2010, já sob o governo do prefeito Mano Kercher, Tupandi teve crescimento extraordinário do seu PIB. Nada menos que 36 % ao ano. Com esse percentual de crescimento o município leva pouco mais de dois anos para dobrar o seu PIB. Ou seja, em pouco mais de dois anos Tupandi dobra o tamanho da sua economia. Mano Kerscher, continua incentivando os aviários e pocilgas, mas busca também a diversificação da economia municipal. A empresa Kappesberg é um verdadeiro fenômeno e está contribuindo bastante para o progresso do município. Ainda mais que a empresa está sediada em Tupandi, gerando riqueza e impostos para o município, mas a maioria dos seus funcionários residem em outros municípios. O que aumenta o PIB per capita de Tupandi.
Observe-se que o município que mais progrediu nas últimas décadas, depois de Tupandi, foi São José do Sul. Em apenas dez anos ele saltou da 16ª para a 4ª posição na tabela dos municípios mais ricos. São José é um município sem indústria. Tem a sua economia quase inteiramente dedicada à agropecuária de integração.
DORMITÓRIO
No passado se acreditava que a melhor forma (ou até mesmo a única) forma de desenvolver um município era atrair indústrias.
A tabela do PIB per capita demonstra que a opção pelo modelo da agropecuária integrada é a mais eficaz para o desenvolvimento.
Os municípios que mais progrediram nas últimas décadas foram aqueles que investiram na agropecuária integrada. Os cinco mais ricos da região são Tupandi e quatro outros que seguiram o seu modelo de incentivo aos aviários e pocilgas: Maratá, Salvador do Sul, São José do Sul e Harmonia. Montenegro, Caí, Bom Princípio e Feliz, que investiram na atividade industrial, ficaram para trás.
No estágio mais baixo do desenvolvimento ficaram os municípios que nem deram forte investimento na agropecuária integrada e nem conseguiram atrair boas indústrias.
Este é o caso de Capela de Santana e de Vale Real. Os dois são municípios dormitórios, pois grande parte da sua população trabalha em indústrias instaladas em outros municípios. Elas contribuem para o desenvolvimento dos municípios em que trabalham, mas o município em que moram fica condenado à pobreza.
Para esses municípios, atrair indústrias seria um fator de progresso.

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