sábado, 23 de agosto de 2014

345 - Consórcio Verde-Brasil produz gás veicular a partir de dejetos da avicultura, suinoculltura e citricultura

Consórcio da região apresenta o Gás Natural Verde

Usina pode ser a solução para destinação de dejetos orgânicos

Biogás já está sendo utilizado em veículos do Consórcio Verde-Brasil
O sonho de uma destinação adequada para os dejetos orgânicos da citricultura e da criação de aves e suínos, pode se realizar na forma combustível limpo em pouco tempo. Uma iniciativa do consórcio Verde-Brasil, formado pela Ecocitrus – Cooperativa dos Citricultores Ecológicos do Vale do Caí, e a emprea Naturovos, de Salvador do Sul, conta com o apoio da Companhia de Gás do Estado – Sulgás, que vai comprar e revender a produção de GNVerde, um combustível alternativo e 100% renovável. 

O produto já está sendo testado em veículos e em dezembro passará a ser testado também em uma indústria. A Sulgás apresentou a novidade durante a Renex South America, feira internacional de energias renováveis, que aconteceu de 27 a 29 de novembro, no Centro de Eventos da Fiergs, em Porto Alegre. A primeira usina de transformação de dejetos orgânicos em GNVerde está montada em Montenegro, junto à Usina de Compostagem da Ecocitrus.
Pureza
Os experimentos buscam a produção de um gás com alto teor de metano (acima de 96%), que atenda a especificação técnica exigida pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). O primeiro projeto que conseguiu cumprir com esse requisito é este do Consórcio Verde-Brasil, em parceria com a Sulgás. O GNVerde, gerado a partir de dejetos de aves poedeiras e de resíduos agroindustriais, alcançou o índice de 98% de metano em sua composição química.

No momento o projeto ainda depende de alguns trâmites burocrátcos junto à ANP (Agência Nacional do Petróleo), mas tecnicamente está pronto para ser comercializado. O total produzido atualmente é de 5 mil m³/dia, o suficiente para abastecer 500 veículos. Cada veículo roda de 12 a 15 quilômetros com um metro cúbico de GNVerde. Ainda não há preço definido para o comércio, mas certamente será bem abaixo dos combustíveis comuns.

Não poluente
O gás natural apresenta o que se chama de combustão limpa, ou seja, uma queima quase perfeita, com baixíssima emissão de poluentes, sendo um forte aliado na luta pela preservação do meio ambiente e pela melhoria na qualidade do ar das grandes cidades. O uso do combustível no RS iniciou com a conclusão do gasoduto Bolívia-Brasil, em 2000, quando a Sulgás começou a atender os primeiros clientes industriais na Região Metropolitana. 

O gás natural, hoje, é parte integrante fundamental na matriz energética do Estado, abastecendo mais de 100 indústrias de diversos segmentos produtivos, 366 estabelecimentos comerciais, 81 postos de combustíveis e mais de 13 mil residências.
Matéria de JB Cardoso publicada no jornal Fato Novo em 29 de novembro de 2013

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