Enquanto houve navegação no rio Caí, não aconteceram grandes enchentes |
Hoje dispomos de bastante informações sobre a história do Vale do Caí e temos condições de afirmar que as enchentes no rio Caí eram menores no tempo em que funcionava a navegação.
A maior enchente ocorrida até hoje no rio Caí foi ocorreu no ano de 1879. Depois disto, ao longo de todo o século XX, nunca se teve enchentes tão altas. Tanto que, na medida em que a memória daquela grande enchente era esquecida, as pessoas se animaram a construir suas casas em lugares menos elevados.
Assim, quando voltou a ocorrer uma enchente grande, em 1982, as muitas pessoas ficaram surpresas ao terem suas casas invadidas pelas águas do rio.
De lá para cá o nível das enchentes tem aumentado e, na primeira década do novo milênio, ocorreram enchentes que se aproximaram, ou até igualaram, o nível da enchente de 1879.
Foi no fim do século XIX que a navegação se tornou relevante no rio Caí e o seu período áureo foi nas primeiras décadas do século XX. Mas, a partir da metade desse século, a navegação entrou em forte decadência e, na década de 1960, com a barragem Rio Branco já desativada, os barcos deixaram de navegar até São Sebastião do Caí.
A razão pela qual os caienses se viram poupados de grandes enchentes durante um século é clara: com a navegação, a calha do rio se mantinha mais profunda. A própria circulação dos barcos aprofunda a calha do rio e, também, quando era necessário usavam-se dragas para tirar a areia de dentro do rio, nos pontos em que ela trazia problemas para a navegação.
Os agricultores que têm roças em encostas de morros entendem bem o que acontece. Eles abrem valos para direcionar a água que cai nas chuvas. Com isso impedem que ela corra por sobre as plantações, danificando as plantas.
Sempre que há sinais de que vem uma chuva forte, o agricultor cuida de limpar os valos. Usando uma enchada, ele os deixa mais limpos e profundos. Com isto, a água desce com mais velocidade e não chega a transbordar do valo para as plantações.
Como nos mostra a história, no rio acontece o mesmo fenômeno: enquanto a navegação era ativa, a calha do rio mantinha-se limpa, funda e permitia que a água circulasse mais velozmente. Depois que a navegação terminou, a calha do rio foi sendo entulhada com areia e outros detritos, fazendo a água correr mais lentamente e tornando mais fácil o transbordamento, que chamamos de enchente.
Foi no fim do século XIX que a navegação se tornou relevante no rio Caí e o seu período áureo foi nas primeiras décadas do século XX. Mas, a partir da metade desse século, a navegação entrou em forte decadência e, na década de 1960, com a barragem Rio Branco já desativada, os barcos deixaram de navegar até São Sebastião do Caí.
A razão pela qual os caienses se viram poupados de grandes enchentes durante um século é clara: com a navegação, a calha do rio se mantinha mais profunda. A própria circulação dos barcos aprofunda a calha do rio e, também, quando era necessário usavam-se dragas para tirar a areia de dentro do rio, nos pontos em que ela trazia problemas para a navegação.
Os agricultores que têm roças em encostas de morros entendem bem o que acontece. Eles abrem valos para direcionar a água que cai nas chuvas. Com isso impedem que ela corra por sobre as plantações, danificando as plantas.
Sempre que há sinais de que vem uma chuva forte, o agricultor cuida de limpar os valos. Usando uma enchada, ele os deixa mais limpos e profundos. Com isto, a água desce com mais velocidade e não chega a transbordar do valo para as plantações.
Como nos mostra a história, no rio acontece o mesmo fenômeno: enquanto a navegação era ativa, a calha do rio mantinha-se limpa, funda e permitia que a água circulasse mais velozmente. Depois que a navegação terminou, a calha do rio foi sendo entulhada com areia e outros detritos, fazendo a água correr mais lentamente e tornando mais fácil o transbordamento, que chamamos de enchente.
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