domingo, 17 de abril de 2011

239 - Fato Relevante

João José Machado traz novas luzes para a viabilização da navegação no rio Caí
Um fato novo e relevante aconteceu recentemente, que será capaz de dar novo impulso ao projeto do Cluster Agroindustrial de Alimentos do Vale do Caí. Especialmente, no que tange à implantação de um sistema de transporte fluvial que ligue a região do Vale do Cai ao porto de Rio Grande.
Recentemente, dia 4 de abril, entrou em contato conosco um grande conhecedor do transporte hidroviário e das suas possibilidades no estado. Trata-se de João José de Oliveira Machado, experiente advogado, escritor e tradicionalista, que vem estudando o assunto há décadas e reúne enorme raro cabedal de conhecimentos sobre o tema. 
Tomando conhecimento do projeto defendido neste blog, Machado nos tem escrito e transmitiu várias noções importantíssimas para o desenvolvimento do projeto.
Resumidamente:
1) A navegação no rio Caí (até Montenegro) poderia ser desenvolvida facilmente, usando-se comboios compostos por um empurrador e quatro barcaças. Conjunto capaz de levar 48 containers até o porto de Rio Grande a cada viagem.
2) A ponte ferroviária existente entre Canoas e o Polo Petroquímico não seria obstáculo para um comboio assim constituido, pois tanto as barcaças como o empurrador são de pequena altura.  Além disso, como estas embarcações são, também, de pequeno calado e são interligadas de forma articulada, o que ajuda tanto no contorno de curvas do rio, como no enfrentamento à ondulações ou turbulências da Lagoa dos Patos. O comboio proposto, portanto, navegaria tanto no Rio Caí, como na Lagoa dos Patos e passaria por baixo da ponte ferroviária sem problemas.
3) Não serão necessárias obras de engenharia ou intervenção governamental importante para efetuar a navegação do porto de Rio Grande até Montenegro.
4) Machado, que já estudou nosso rio e as potencialidades de carga da nossa região ( e também da Serra Gaúcha ) não tem dúvidas quanto à viabilidade econômica do protesto.
5) A implantação do projeto poderia ser feita através da iniciativa privada (possivelmente com a criação de uma empresa de navegação, da qual as empresas que mais utilizarão seus serviços poderiam ser sócias).
6) A dependência com relação aos governos estadual e federal neste projeto, seria pequena.


O que Machado propõe é uma fórmula capaz de implantar o porto em Montenegro num curto espaço de tempo e com grande viabilidade econômica. Ele considera, também, que o porto em São Sebastião do Caí também será muito viável, numa segunda etapa. Cada um destes portos poderia despachar dois comboios por dia, levando um total de 96 containers. As empresas exportadoras do Vale do Caí e da Serra teriam seus custos de transprote sensivelmente diminuídos e quase 100 caminhões pesados deixariam de congestionar a BR-116 e a ponte do Guaíba.

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