A contenção do processo de aquecimento global pode ser feito com bom senso e realismo.
Será necessário, para isto, mudar os hábitos das pessoas e alterar as formas de produzir os bens que são desejados pela população. A necessidade humana que exige maior esforço para ser atendida é a de alimento. Por isto, a produção, beneficiamento, distribuição e comercialização de alimentos é a maior indústria do mundo.
Devido à magnitude do setor agroindustrial de alimentos, o aprimoramento dos seus modos de produção (de maneira que ela seja feita com mais eficiência e menos desperdício), terá impacto tremendamente benéfico para a melhoria do mundo. Tanto do ponto de vista humano (por tornar os alimentos mais acessíveis para as populações carentes) como do ponto de vista ecológico.
O projeto do Cluster Agroindustrial de Alimentos do Vale do Caí tem por isto, um significado muito especial.
A proposta é que a pequena região do Vale do Caí, com 165 mil habitantes, se torne um núcleo de importância mundial na produção de alimentos. E que, dentro deste núcleo, a produção de alimentos seja feita com alta eficiência, mínimo desperdício e elevada consciência ecológica.
Todos os projetos do cluster são benéficos do ponto de vista do meio ambiente:
*A navegação fluvial, substituindo o uso mensal de dezenas de milhares de caminhões e evitando a passagem deles por Porto Alegre, já é um benefício tremendo. Diminuirá a emissão de gases tóxicos na atmosfera.
* A barragem que permitirá o funcionamento de um terminal hidro rodoviário junto a São Sebastião do Caí, será aproveitada também para a geração de energia eletrica.
* A implantação de biodigestores que evitarão a emissão de CO2 para a atmosfera., também servirão para a geração de energia.
* A energia gerada no Vale do Caí com os biodigestores e a hidroelétrica será mais do que suficiente para atender a todas as necessidades da região e regiões vizinhas. Como se trata de energia limpa, vai evitar a necessidade de maior utilização de formas de geração que causam emissão de gases poluentes.
* Em dez anos, a produção de carnes no cluster deverá ser multiplicada por dez. Pelas economias de escala e melhoria na infraestrutura, o preço da carne de frango, suíno, peixe e bovina em confinamento irá baixar. Este modelo poderá ser copiado no mundo inteiro, proporcionando o surgimento de milhares de clusters semelhantes. Isto tornará obsoletas as formas tradicionais de produção de carnes eliminando esta importante fonte de emissão de gases nocivos na atmosfera.
A implantação do cluster não terá custo algum, pois se trata de uma atividade econômica autosustentável.
O dinheiro que o governo gastar, por exemplo, com a implantação da navegação fluvial e os biodigestores retornará a ele (multiplicado) com o pagamento de impostos, pois vai aumentar a produção das empresas integradoras que produzem e comercializam as carnes e outros alimentos produzidos no cluster.
Adotando soluções como o Cluster Vale do Caí, a humanidade pode resolver o problema do aquecimento global sem necessidade de investimento bilionário e sem provocar a queda dos seus PIBs. Os problemas ecológicos podem ser resolvidos com economia, eficiência e planejamento de longo prazo.
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