O retorno de ICMS é a principal fonte de receita para as prefeituras. Ele se baseia no valor da produção dentro do município e a produção primária é a que mais contribui para o aumento da receita municipal. Prefeitos da região calculam que o retorno aos cofres municipais proporcionado por um aviário equivale ao obtido com uma indústria com 100 funcionários.
Sendo assim, o retorno obtido pela prefeitura de Tupandi (com seus 400 aviários e pocilgas) equivale ao que obteria caso tivesse indústrias com 40 mil funcionários. O que é fantástico, pois Tupandi, na verdade, tem apenas 4.000 habitantes.
Por isto, a situação do município de Tupandi (que foi um dia um pobre distrito montenegrino) hoje é muito melhor do que a da sua ex-sede municipal. Tupandi ganhou mais tendo os aviários do que Montenegro com a Doux/Frangosul instalada no seu território.
Vários outros municípios do Vale do Caí, seguindo o exemplo de Tupandi, já descobriram as vantagens de incentivar a implantação de aviários e, com isto, progrediram significativamente. Harmonia, São José do Sul, Pareci Novo e Maratá são bons exemplos disto.
O município do Caí, que conta agora com uma integradora, a Agrosul, planeja incentivar a implantação de aviários. Mas precisará implantar muitos aviários para alcançar a renda percapita de um país de primeiro mundo (acima de US$ 20 mil). No Vale do Caí, a produção de aves e suínos é a única atividade econômica capaz de elevar a renda per capita a este nível. O que é fácil de compreender. Um único trabalhador é capaz de cuidar de dois aviários. Imagine-se o que produz este trabalhador e a diferença que existe entre a sua produção e a de um operário ou de um comerciário.
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