quinta-feira, 23 de junho de 2011

281 - Dias melhores para os produtores de alimentos

O ministro da Agricultura da França, Bruno Le Maire, recebe  e o presidente do Banco Mundial, Robert Zoellick, participaram das negociações
Veja.com deu destaque a um acordo firmado entre as principais economias mundiais no sentido de aumentar a produção de alimentos no planeta. Um meio de evitar a escassez de alimentos. O acordo poderá ser muito proveitoso para o Vale do Caí, uma das regiões do mundo com melhores condições para produzir carnes e outros alimentos.


"O governo brasileiro viu com bons olhos o acordo aprovado pelo G20 nesta quinta-feira para tentar conter a expressiva volatilidade dos preços das commodities agrícolas. De acordo com nota divulgada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), as novas diretrizes não significam controle de preços – possibilidade que chegou a ser cogitada no passado por alguns integrantes do bloco, sobretudo os europeus –, mas sim melhores condições para ampliar a oferta de alimentos.
“Isso (o novo acordo) não significa que venhamos a controlar os preços”, disse o ministro da agricultura, Wagner Rossi. “O único mecanismo que existe para reduzir os preços é ampliar a oferta de alimentos”. Rossi desembarcou em Paris nesta terça-feira para participar das reuniões do G20 – a primeira com titulares das pastas de agricultura de todos os países do grupo, que respondem por 85% da produção agrícola mundial.
A decisão coincide com a posição do governo brasileiro, que é favorável à criação de instrumentos que ajudem a garantir a segurança alimentar “Estamos dispostos a ampliar a nossa participação na oferta de alimentos, em condições justas, mas sem imposição de barreiras”, argumentou Rossi.
Para o ministro, a especulação é uma das grandes vilãs do alto preço das commodities. “Não se deve deixar  pontas soltas porque uma financeirização das commodities pode gerar especulação”, admitiu.
O Brasil tem se destacado pela defesa de uma regulação mais eficiente das transações financeiras que têm como base contratos que envolvem produtos agrícolas, pois estes tendem a aprofundar tendências de alta ou de baixa das cotações que são intrínsecas a esta atividade – em suma, essas operações ampliam a volatilidade dospreços. Da mesma forma, o país é ferrenho opositor de propostas para o controle de preço, como imposição de limites e formação de estoques reguladores, pois esses instrumentos, em última instância, poderiam inibir a produção. Ampliar a oferta é tida pelo governo brasileiro como fator crucial para solucionar a crise existente hoje no segmento.
Outro fator benéfico do acordo ao Brasil é o fato de que o país é um dos poucos do mundo com condições de ampliar a oferta de produtos agrícolas para abastecer o mercado interno e também garantir suprimento a outros mercados. Atualmente, o Brasil destina parte do seu excedente agrícola a 180 países. “Quando há competição justa, o país ganha nove em cada dez disputas”, apontou Rossi."

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