Houve um tempo, no final do século XIX e início do século XX, em que a produção de banha foi a maior riqueza do Vale do Caí. Alguns dos maiores grupos empresariais gaúchos (Mentz, Ritter, Trein e Renner) tiveram a produção de banha como base inicial do seu sucesso.
Foi a aproximadamente 50 anos que a margarina, feita de soja, surgiu como substituta da banha, com a vantagem de ser muito mais barata e a fama de ser mais saudável.
Na época os criadores de suínos preferiam raças com propenção a engordar, como a Macau, Pelada e Mineira. Estas raças são chamadas de porco-banha. Com a queda de consumo da banha, elas foram substituidas por outras raças, as de porco-carne, como a Pollan China e a Duroc Jersey.
Hoje, a margarina está em descrédito, pois se constatou que a gordura trans é mais prejudicial do que a banha. E está se reforçando a tese de que a banha de porco (consumida com moderação) é mais saudável. Além, é claro, de mais saborosa.
Portanto, a produção de banha é uma boa possibilidade a ser explorada pelas empresas do Cluster Agroindustrial de Alimentos do Vale do Caí. Recomenda-se, porém, que ela seja oferecida em embalagem pequena e sofisticada. E acompanhada de receitas, pois as donas de casa precisarão aprender a usar este alimento que, hoje, tornou-se uma raridade.
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