sábado, 28 de agosto de 2010

199 - O biodigestor vem aí

Mano Kerscher (à esquerda) está empenhado em trazer para o Brasil a tecnologia já consagrada na Alemanha

Há muito que se vem falando dos biodigestores como importante ferramenta para o desenvolvimento dos municípios da região. Municípios pequenos, como Tupandi e Harmonia, enfrentam alguma limitação para a implantação de novas pocilgas devido à grande quantidade de pocilgas já existentes. A grande população de suínos numa área pequena pode causar um problema ecológico devido à geração de estrume em excesso, causando poluição ambiental.
O biodigestor, que transforma o estrume em adubo orgânico e biogás, é a solução óbvia para esse problema. Uma solução que nos países europeus, especialmente na Alemanha, já é utilizada há muito tempo.

Há alguns anos o prefeito Sílvio Specht, depois de uma viagem à Alemanha, começou um projeto para a implantação de um grande biodigestor no seu município. Esforços foram realizados para isso, mas o projeto não se concretizou.

Agora o prefeito Carlos Vanderlei (Mano) Kerscher, de Tupandi, abraçou a causa.

Juntamente com o secretário municipal da agricultura Walmor Sicorra, ele participou de um curso sobre aproveitamento de dejetos de suínos para a geração de energia. O curso, realizado em Florianópolis, foi organizado pela Eletrosul e pela GTZ (empresa alemã de tecnologia).

Nos dias 26 e 27 de agosto, representantes da Eletrosul e da GTZ estiveram em Tupandi e Harmonia para avaliar o potencial desses municípios para sediar um projeto piloto de biodigestor. A Eletrosul se propõe a fazer parceria com a prefeitura de Tupandi para a implantação de um biodigestor a ser implantado na localidade de Morro da Manteiga, onde existe notável concentração de pocilgas e aviários.

Morro da Manteiga tem a peculiaridade de estar situada muito perto da RS-122, rodovia de intenso movimento. Não é de se despresar, portanto, a possibilidade de instalação de um posto de abastecimento de biogás na RS-122, que seja diretamente ligada ao biodigestor a ser implantado naquela localidade. O modo mais comum de aproveitamento do gás gerado pelos biodigestores é a produção de energia elétrica, que pode ser vendido para distribuidoras como a AES Sul, RGE e CEEE.

Nenhum comentário:

Postar um comentário