A Certel, que tem experiência em construir hidroelétricas, pode ser parceira na barragem do rio Caí
A Cooperativa Regional de Teutônia tem estreitos laços com o Vale do Caí. É ela que distribui energia para parte da região (em Salvador do Sul, por exemplo). E sua rede de lojas, a Certel, tem filiais em várias cidades do Vale. Além disto o seu presidente, Egon Hoerlle, é natural de Pareci Novo. Mais exatamente, da localidade de Matiel. Egon nasceu de família humilde, numa casinha situada bem próxima ao rio Caí, onde costumava tomar banho quando menino.
Com a conclusão do asfaltamento da estrada Transcitrus, Teutônia ficará muito mais integrada à região.
A Certel constroi hidroelétricas para gerar a eletricidade que distribui e, ainda neste ano, vai iniciar a construção de mais duas: a de Rastro de Auto e a de Cazuza Ferreira. A usina de Rastro do Auto será construída entre São José do Herval e Putinga e a de Cazuza Ferreira em São Francisco de Paula.
Como as hidroelétricas não causam emissão significativa de gás carbono na atmosfera (ao contrário das usinas temoelétricas, que queimam carvão ou petróleo).
Por isso, a Certel vai se beneficiar de créditos de carbono. Para cada tonelada de CO2 que deixa de ser emitida em virtude da geração de energia limpa, a Certel receberá um valor significativo a ser pago pelos países ricos, que assinaram o Protocolo de Kyoto. As duas usinas da Certel deverão evitar a emissão de 20 mil toneladas de gás por ano.
A empresa Enerbio Consultoria faz a captação dos créditos de carbono neste projeto. Integrante do grupo Enerbio, do engenheiro Luis Antônio Leão, tem sua sede em Porto Alegre.
A Certel, que constrói usinas exemplares, como a de Salto Forqueta, no rio Forqueta, pode ser parceira na construção da usina integrada à barragem do rio Caí, no município de Pareci Novo. E a captação de créditos de carbono pode ser importante para o financiamento da obra.
O principal objetivo da barragem será permitir a navegação até a cidade de São Sebastião do Caí ou além. Mas o funcionamento de uma usina hidroelétrica na mesma barragem aumenta a viabilidade econômica da obra. E, com captação de créditos de carbono, a viabilidade se torna ainda maior. A Certel pode ser parceira.
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